UMA CIÊNCIA PARADIGMÁTICA: DA TEOLOGIA ÀS TEORIAS DA
HISTÓRIA
No processo de consolidação da história como ciência, muitas
questões surgem para os pensadores, e a indagação norteadora é o intuito da
história como conhecimento humano, o significado da história que não está
declarado nos fatos, bem como os diversos métodos de conhecê-la e transmiti-la.
Nesse sentido de subjetividade, como veremos na sequência, a teologia e a
filosofia vão argumentar a respeito, e mais tarde, de igual maneira as teorias
da história.
Em oposição à percepção cíclica de história para os gregos,
surgiu a teologia da história com uma concepção linear, com um começo, meio e
fim, e com a participação e desígnio providencial de Deus, cuja destinação é a
salvação. O começo é quando Deus cria o mundo, o meio é a encarnação, e o fim é
o juízo final. Essa ideia cristã
influenciou rigorosamente a forma como foi compreendida a história,
considerando que o processo histórico é designado por Deus.
”Todo agente humano sabe o que quer e procura atingir o seu
objetivo, mas não sabe por que razão o quer: a razão porque o quer está no fato
de Deus o ter levado a querê-lo, a fim de fazer avançar o processo de
concretização dos Seus desígnios.“ (COLLINGWOOD, p. 67).
Em Santo Agostinho essa propriedade providencialista terá
seu ápice teórico. No seu livro "A Cidade de Deus" concluído na
primeira metade do século V, ele perguntou se havia algum sentido na evolução
histórica da humanidade, se havia um sentido na história, ou se a história
teria um fim. Concluiu que sim, e encontrou a resposta a esta importante
pergunta na vontade de Deus.
Essa reflexão com solução divina para natureza histórica de
Santo Agostinho mantém-se até o final do século XVIII, e é a precursora do debate
da Filosofia da História. Nessa, a clareza da história se dá a partir do homem
e de suas atuações atreladas propriamente as suas vontades, ou seja, a partir
da razão humana, e não da intervenção divina. Mas ainda permanece a concepção
de um objetivo final para a história.
‟A teologia da história não desapareceu quando os filósofos
criaram a expressão “filosofia da história”. Ela continua viva e atuante até os
dias atuais, pois transcende em muito o campo de atuação dos teólogos e se
assinala a sua presença entre os fiéis do cristianismo. Mas ao lado dela, e
tentando uma superação, os filósofos criaram uma filosofia da história a qual,
apesar da pluralidade de suas expressões, se estruturou segundo uma coerência
interna que pretendia envolver, não só o já acontecido, mas o próprio futuro,
ambos pensados de um ‘ponto de vista cosmopolita’, tópico credenciado pela
suposição da índole perfectível da humanidade e de sua consequência maior: o
progresso indefinido.“ (CATROGA, 2003, p. 12)
Os iluministas romperam com a ideia providencialista cristã
e passaram a procurar leis gerais que regessem a história. Para Voltaire, o fim
da história é o progresso, Deus e a Providência dão lugar a razão humana e seu
desenvolvimento; Turgot não descarta o cristianismo, mas reconhece sua
importância para suavizar os impulsos selvagens do homem (PECORARO, 2009, p.
24), embora o fim da história seja a perfeição das mentes, ou seja, progresso;
Condorcet, um matemático, defende a capacidade de prever as ações humanas
matematicamente, e assim chegar ao fim da história: a libertação do homem, ou
seja, progresso social e político.
Um filósofo desta época que será de grande importância
dentro do campo das filosofias da história é Immanuel Kant (1724-1804), que
embora estivesse no cenário do iluminismo alemão, argumentava que não bastava
negar as autoridades, mas que sempre estaremos sujeitos a leis. Para Kant, todo
indivíduo é capaz de pensar por si próprio, mas é impedido pela preguiça e
falta de coragem. Isto é devido à “menoridade do homem” que o faz necessitado
de tutores que pensem por ele, colocando-o numa posição cômoda, pois é mais
fácil obedecer do que racionar.
A linha de pensamento de Kant, de que cada forma singular
compõe um conjunto homogêneo que funciona adequadamente, leva ao universalismo.
Ou seja, embora cada povo ou Estado tenha seu modo de funcionar, há uma
estrutura única formada ao final, há uma lógica na história, por isso crê que
existam leis para definir a História de todos os povos. Nesse sentido, as “filosofias
da história, como Kant, constatam que, no conjunto, o movimento da humanidade
segue ou tem tendência a seguir tal ou tal caminho e que esta orientação é
devida a causas concretas” (VEYNE, 1998, p.19). Aqui entra sua principal
diferença com seu aluno, Herder.
Johann Gottfried Herder (1744-1803), pastor protestante,
obviamente irá discordar que é preciso se livrar da ideia de Deus para alcançar
a “maioridade”, o que irá contra todo o pensamento iluminista. Próximo a uma
visão “particularizante”, reconhece que cada povo tem sua singularidade e deve
ser visto de acordo com ela, pois a formação de cada um deles “depende
primordialmente do tempo e do lugar em que nasce, das partes que o compõem e
das circunstâncias exteriores que o rodearam” (HERDER apud GARDINER, 2004,
p.51); e ainda, vê como necessário cada povo diferente que formou a Europa,
outra diferença grande entre Herder e os iluministas; enquanto estes chamariam
a Idade Média de “Idade das Trevas”, Herder defenderá que “os rudes povos da
Idade Média” foram necessários. Essa tendência de valorizar cada povo com suas
características próprias que descendem de fatores internos e externos dará
origem ao nacionalismo e, mais tarde, dará base à História Social.
Em relação à liberdade de pensamento, para Herder as ações
humanas são “subordinadas ao lugar e à época” (HERDER apud GARDINER, 2004, p.
43), portanto, liberdade completa o homem não tem se está subordinado a alguma
coisa, mesmo que seja ao lugar e a época em que vive. Logo, o historiador não é
imparcial. Se Kant julgava viver em uma época de esclarecimento, rumo ao status
de “esclarecida”, Herder acreditava que o homem não iria amadurecer tão cedo.
Kant e Herder compartilharam o mesmo cenário de pensamento,
cada um desenvolveu sua filosofia da história, mas havia divergências notáveis
em seus pensamentos, principalmente ao que Barros descreveu como
“universalizante” e “particularizante”. É importante notarmos que não existe um
monopólio de pensamento, mas há tendência a surgir reações a ele. Vejamos o
Romantismo, movimento do século XVIII que surge como reação ao Iluminismo. Além
da crítica ao racionalismo iluminista, o Romantismo exalta a tradição e a
nacionalidade, portanto, não tem a mesma perspectiva “universalizante” do
Iluminismo, mas valoriza a história de um povo, sendo então, “particularizante”
na visão de Barros já exposta.
Enquanto o Iluminismo olha para o passado apenas em busca de
leis para alcançar o progresso no futuro, o Romantismo exalta esse passado:
enquanto a Idade Média é a Idade das Trevas para os iluministas, é a Idade das
Luzes para os românticos; enquanto os iluministas apostam apenas na
racionalidade para o progresso da humanidade, os românticos respeitam a
singularidade e a bondade humana, como quando Rousseau diz, em “Emílio ou da
educação” (1968), que a sociedade corrompe o homem.
Romantismo e Iluminismo não são escolas teóricas, mas
movimentos mais abrangentes que possuem suas próprias visões acerca da
História. Entretanto, é importante conhecermos suas principais divergências a
fim de entendermos a importância dos movimentos filosóficos que darão base para
a formação da história científica. Veremos mais a frente o Historicismo e o Positivismo,
paradigmas historiográficos desenvolvidos no século XIX, “o século da
História”, e embora ambos recebam influência iluminista, se contrapõem em
questões fundamentais. Entretanto, iremos nos atentar primeiro a filosofia da
história de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) e sua contribuição para a
construção da Teoria da História, que para Rüsen (2015, p. 247), é a “teoria da
história como ciência”.
Mesmo afirmando em sua “A Razão da História” que o
historiador não tem competência para escrever História porque ela é filosófica,
Hegel traz conceitos que serão absorvidos pelas escolas históricas. Para
demonstrar sua preocupação com a escrita da História, observemos os três
métodos de escrever História que ele expõe no início de seu livro.
A “História Original”
é feita pelo próprio historiador que está envolvido na História, por isso
proporciona uma visão imediata e limitada da História, como o caso de Heródoto,
Tucídides e Júlio César, por exemplo; em seguida, a “História Reflexiva” ultrapassa
o historiador, que escreve sobre outras épocas e outras culturas; por fim, a
História Filosófica busca compreender o sentido da História por meio da Razão.
É curioso observar como Hegel dá maior credibilidade ao método filosófico de
escrever História enquanto é contemporâneo do Positivismo, um paradigma que
objetiva excluir completamente a metafísica do saber historiográfico, portanto,
“devemos notar que a “era das filosofias da história” não é substituída
totalmente pela “era das teorias da História”, como se uma cancelasse
definitivamente a outra” (BARROS, 2012, p. 368). Entretanto, seu pensamento não
pode ser visto como rejeitado pelas escolas teóricas, pelo contrário, a
dialética de Hegel deu base para o trabalho do historiador.
Embora somente a partir do século XX a historiografia tenha
exigido do historiador uma história feita a partir de análise, além da
narrativa no século XIX, Droysen já disse que “o ponto de partida de toda
pesquisa é a pergunta histórica” (DROYSEN apud BARROS , 2011, p. 62), ou seja,
a problematização. A dialética de Hegel propõe a problematização por meio da
tese, antítese e síntese, e de fato o Materialismo Histórico irá aprimorar esse
conceito, além de marxistas posteriores. O próprio pensamento de Hegel é a
síntese de suas influências: aceita a ideia de razão iluminista (tese), mas não
descarta a ideia de Deus que é ainda sustentada pelos românticos (antítese).
Entretanto, embora a dialética tenha sido utilizada por escolas teóricas da
historiografia, a filosofia da História de Hegel é apenas dele, e não pode ser
modificada.
Embora as Teorias da História se preocupem com a escrita da
História de forma científica e com métodos próprios, isso não quer dizer que
não houvesse divergências. Como proposto anteriormente, analisemos rapidamente
o cenário do Positivismo e do Historicismo.
O Positivismo de August Comte não propõe uma História
Ciência, mas uma Física Social. Assim como o Iluminismo, busca explicar a
sociedade por meio de leis, mas vê a necessidade de uma ciência que estude a
própria sociedade, elaborando assim a teoria dos três estados: Teológico, onde
a humanidade busca explicações no sobrenatural; Metafísico, que substitui a
religião pela reflexão filosófica, o abstrato; e o Positivo, onde “todas as
atividades humanas tiverem se convertido ao método científico” (PERCORARO,
20019, p.32). Ao contrário do Iluminismo, o Positivismo acaba se tornando
conservador e autoritário, pois justifica a hierarquia social enquanto trabalha
com a hipótese de leis de progresso exatas.
”O dogma fundamental do positivismo é este: só o sensível é
objeto do conhecimento, só o sensível é real. De sua natureza, o homem está
condenado a ignorar tudo o que ultrapassa a ordem empírica. Qualquer
investigação que pretende elevar-se acima dos fatos, indagando-lhes a origem, o
fim e as causas está de antemão condenada a irremediável esterilidade. O homem
só tem um modo de conhecer: o positivo, isto é, o sensível. (...) A metafísica
é impossível. Possível é só a ciência positiva.“ (FRANCA, 1978, p. 192)
Em oposição ao Positivismo
Francês com descendência iluminista, temos o Historicismo alemão- que fornece
uma contribuição determinante para a identidade da historiografia atual, num
cenário de consolidação dos Estados-Nacionais do século XIX.
”No fundo, tanto o Positivismo
como o Historicismo foram, à partida, frutos de uma mesma necessidade de época,
representada pelo paradoxo de encaminhar uma modernização política que
viabilizasse aquele desenvolvimento industrial que atenderia às exigências da
burguesia triunfante, e ao mesmo tempo conservar alguns privilégios sociais da
nobreza.“ (FONTANA, 2004, p.222).
Apesar de partirem de um ponto
em comum, esses paradigmas permeiam caminhos distintos. Enquanto o Positivismo
vai à direção de uma história universalizante das sociedades humanas, de
análise geral, onde os métodos das leis naturais são válidos para os fenômenos
humanos em qualquer povo que exista no mundo, o Historicismo se atem as
especificidades de cada povo, reconhecendo a pluralidade dos homens e dos
tempos.
Portanto, não apenas os povos
seriam singulares, mas também os historiadores, e estão muito distantes de
serem objetivos e neutros, partindo do pressuposto de que cada ser tem sua
própria história, seus costumes, suas subjetividades, e está inserido em
determinada cultura, classe social, contexto histórico. Desta forma, a história
é entendida como uma ciência específica, com métodos próprios.
É importante destacar que,
ainda que os modelos do Positivismo e Historicismo sejam inversos, o
historiador não precisa estar necessariamente dentro de um ou de outro; suas
perspectivas podem ser articuladas na análise de um dado assunto. Da mesma
maneira que, como citado anteriormente, essas duas teorias da história – o
Positivismo e o Historicismo – relacionaram-se com a Filosofia da História de
Hegel, ainda que após a Nova História dos Annales, a maneira mais considerável
de conduzir uma análise e interpretação histórica seja através das Teorias da
História, isso não faz que de maneira alguma com que a Filosofia da História
deixe de existir, e até mesmo a Teologia da História não permaneça entre os
fiéis do cristianismo.
Ainda que para muitos a História seja consolidada como uma
ciência, e exista todo um processo para ela ter essa caracterização, a
Teologia, Filosofia e a Teoria da História se fazem todas presentes, e estão
diretamente interligadas entre si. De uma maneira ou de outra, toda produção é
válida e a historiografia utiliza-se ainda hoje de algum aspecto dessas três maneiras
de dar sentido à História. Nesse sentido afirma Barros:
Na verdade, a relação entre a historiografia e a filosofia é
muito íntima, e, a não ser que se pretenda elaborar uma história meramente
factual e descritiva – o que de resto é rejeitado nos dias de hoje – pode-se
dizer que a historiografia em sentido moderno ampara-se necessariamente em uma
Teoria da História e, por que não dizer, em uma Filosofia da História, que
corresponde à especulação dos historiadores sobre o seu próprio ofício (Id. p. 71).
Para melhor demonstrar esse
ponto, analisemos a Filosofia e Teoria da História de Marx. Há quem confunda,
de modo simplista e em senso comum, o paradigma do Materialismo Histórico com a
Filosofia da História de Marx e Engels. Ambos desenvolveram esses dois aspectos
de um mesmo pensamento, sendo ainda sua Filosofia politicamente pensada, e
portanto, assim engajada. Entretanto, um historiador que se diz marxista, pode
o ser apenas ao optar pelo Materialismo Histórico como base de análise de seu
trabalho, e não necessariamente ser ativo politicamente ou mesmo concordar com
a Filosofia da História marxista.
Essa Filosofia propõe que no
curso da história, os trabalhadores se unirão e formarão uma ditadura do
proletariado, que culminará em uma sociedade comunista, assim sendo, ações
políticas devem ser tomadas para que isto aconteça, e requer do seu adepto não
apenas concordância, mas engajamento. Entretanto, Marx e Engels não concordam
que a filosofia da história possa explicar toda e qualquer sociedade, tão
quanto não queriam colocar sua Teoria da História como um modelo a ser seguido
– embora muitos marxistas ortodoxos tenham tentado fazê-lo – mas como propõe
Barros, sua Teoria da História é um espaço de reflexão para outros
historiadores (2012, p. 370). Vejamos alguns historiadores que se utilizaram
deste paradigma não de forma dogmática, mas de forma reflexiva.
As críticas ao Materialismo
Histórico, ainda conforme Barros, se referem ao determinismo econômico e à
dicotomia base/estrutura. Maurice Godelier (1934-), contra o determinismo,
mostra que as relações de produção nem sempre são econômicas como no caso da
sociedade capitalista, mas que com os aborígenes australianos eram relações de
produção de parentesco, na Atenas do século V eram políticas, no Antigo Egito
eram político-religiosas. Em relação à dicotomia base/estrutura, Antonio
Gramsci (1891-1937), além de se preocupar com a esfera cultural ao invés de
somente a econômica, apontava que a ideologia não era apenas um reflexo da
base. Thompson argumenta que essa
dicotomia pode levar a situações políticas absurdas, como no caso de Stalin que
almejou uma sociedade de base industrial e uma estrutura social que se
construísse sozinha a partir dela. Já Raymond Williams (1921-1988) defende que
Marx não via como dicotomia, mas como uma relação, e tudo fora disso foi desvio
de marxistas posteriores. Essa relação, defendida por Raymond, é como a
construção de um edifício: o prédio precisa de uma base para ser construído, da
mesma forma que a política e a cultura da sociedade precisam de uma base para
serem edificadas, sendo essa base econômica.
Por fim, Edward P. Thompson
(1924-1993) acusa o Materialismo Histórico de reducionista, afirmando que não
há produção sem cultura, por isso ele e a Escola Inglesa do Marxismo, do qual
faz parte (inclusive Gramci, já citado), contribuem para a Teoria levando em
consideração o aspecto cultural de uma sociedade. Thompson ainda defende que
classe social não é uma estrutura, mas uma instância cultural (Ibid., p. 123),
reflexo do seu afastamento do determinismo econômico e aproximação da realidade
cultural.
Como vimos, historiadores que
se dizem marxistas reformulam conceitos do próprio marxismo, acrescentando
pontos de análise não pensados pelos autores da Teoria do Materialismo
Histórico, como fez a Nova Escola Inglesa com a dimensão cultural e Pierre
Vilar (1906-2003) com as condições geográfica e a demografia para analisar o
modo de produção, apontando que somente “a produtividade não é suficiente para
a transformação histórica”.
Enfim, podemos compreender que as múltiplas faces da
História convivem, são reanalisadas e reinterpretadas, seja por filósofos ou
historiadores, e que, portanto, a consolidação da História como ciência ainda é
um processo relativamente novo e constante; e como nas palavras de Certeau: “a
"relatividade histórica" compõe, assim, um quadro onde, sobre o fundo
de uma totalidade da história, se destaca uma multiplicidade de filosofias
individuais, as dos pensadores que se vestem de historiadores” (CERTEAU, 2000,
p. 66-67).
REFERÊNCIAS
Isabele Fogaça de Almeida é Mestranda em História,
Identidade e Cultura na UEPG.
BARROS, J. A.
Historicismo e Positivismo: confronto entre dois paradigmas. Dezembro,
2010. Disponível em: <http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/historicismo-e-positivismo>.
Acesso em: 15 de janeiro de 2018.
_____. Teoria da
História: os primeiros paradigmas - Positivismo e Historicismo. Petrópolis:
Editora Vozes, 2011.
_____. “Teorias da História” e “Filosofias da História”:
Considerações sobre o contraste entre dois espaços de reflexão sobre o fazer
histórico. Anos 90, Porto Alegre, v. 19, n. 36, p. 367-400, dez. 2012.
_____. Teoria da
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VEYNE, P. Como se
escreve a história/ Foucault revoluciona a história. 4 Ed. Brasília: UnB,
1998,
Isabela Fogaça, Boa noite!
ResponderExcluirDiante da concepção de “História Original” de Hegel, gostaria de saber se existiria para o autor a impossibilidade de se fazer História Contemporânea? Ou, se essa possibilidade existiria somente através do método filosófico, em que a compreensão da história por meio da razão seria um meio de se desviar da “visão imediata e limitada da história” de quem a vive.
Matheus Fernandes Gregório Abreu.
Olá Matheus!
ResponderExcluirPelas leituras que tenho, a História Original, conforme as categorias estabelecidas por Hegel,contempla o fazer História Contemporânea; dela fazem parte as reflexões feitas por um historiador que observa ou mesmo participa dos acontecimentos do seu próprio tempo.
-Isabele Fogaça de Almeida
Olá, Isabele. Seu texto é instigante. Parabéns!
ResponderExcluirMinha pergunta vai direcionada sobre a relação entre a Filosofia da História e a Teoria da História. Necessariamente se estabelece de imediato o trabalho historiográfico de um historiador com elementos filosóficos? A historiografia fica mais completa com base em seu método histórico apontando para uma "compreensão" e menos para "especulação"?
Ass: FLÁVIO PEREIRA BASTOS