Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain [2]


TEMAS DE CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS EM ESCOLAS ESTADUAIS DO RIO DE JANEIRO: NOTAS DE UM PROJETO EXTENSIONISTA



Introdução
Este trabalho é resultado do projeto de extensão “Sociologia, Juventude e Cidadania”, inscrito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desde agosto de 2017. A partir de temas que apontam para o desenvolvimento do pensamento crítico e a formação cidadã de estudantes do ensino médio, o projeto tem realizado palestras e oficinas em colégios estaduais do Rio de Janeiro. As atividades do projeto são, inclusive, uma oportunidade de ampliação para debates temáticos com os quais os estudantes já podem ter tido contato em sala de aula, seja em Sociologia, seja em disciplinas transversais da área de humanidades.

O tema a ser desenvolvido em cada uma dessas atividades é negociado entre o colégio e os membros do projeto, o qual deve preferencialmente constar entre racismo, população indígena, gênero, violência doméstica, sexualidade, trabalho, tecnologia, política, democracia, justiça, desigualdades, cultura, meio ambiente, preconceito e intolerância, bullying, direitos humanos, educação e redes sociais, nada impedindo que outras temáticas sejam desenvolvidas.

Do ponto de vista da formação técnico-científica, os temas podem, ainda, dar suporte à preparação dos estudantes para os vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), haja vista contribuir para as provas de Ciências Humanas e para a argumentação das provas de Redação.

Como um dos públicos alvos deste projeto é o estudante de licenciatura em Ciências Sociais da UERJ, levando-os a alguns desses eventos e futuramente pretendendo inclui-los na realização de algumas das atividades desenvolvidas, possibilita-se ao futuro docente de Sociologia a observação da atuação da disciplina em múltiplos espaços de realização educacional de forma diferente das aulas tradicionais. Com isso, gera-se o estímulo para que ações semelhantes sejam realizadas pelo futuro docente quando estiver exercendo sua profissão.

Em tempos de conturbação política, lenta recuperação econômica e expansão de valores conservadores difusos pela sociedade brasileira, faz-se necessário apresentar debates lastreados na valorização dos direitos humanos e na cidadania. Esse lastro está na base do projeto de extensão ao qual este trabalho é remetido, acreditando na importância do diálogo e da formação cidadã como auxílio da educação na sociedade na qual a universidade está inserida.

Sobre o projeto: objetivos e base teórica
O projeto tem pretendido:

1) Promover a articulação entre universidade e sociedade, objetivo que embasa os projetos de extensão, recorrendo ao apoio de profissionais de dentro da UERJ e de outras instituições que visem debater temas relacionados direta ou indiretamente ao currículo de Sociologia e de demais disciplinas de Humanas e que ajudem na formação cidadã de estudantes de escolas públicas do Estado;
2) Auxiliar escolas públicas a realizar atividades de discussão social dentro do seu próprio espaço, reunindo alunos da educação básica, professores e corpo administrativo em torno de uma proposta de cidadania;
3) Estabelecer redes de contato e de trabalho entre professores membros do projeto e docentes de escolas estaduais do Estado fluminense;
4) Estimular a participação de estudantes de licenciatura em Ciências Sociais da UERJ junto a um projeto extensionista, conhecendo, já na formação universitária, a realização de um trabalho que articula teoria e prática ao levá-los para a realidade das escolas visitadas.

Este projeto de extensão parte de uma perspectiva do papel da Sociologia articulado à vertente humanitária e não-tradicional de educação, entendendo o saber como uma prática que pode ser construída a partir de formas alternativas e complementares de ensino.

As Orientações Curriculares para o Ensino Médio, na parte de Sociologia [BRASIL, 2006], alertam para função da disciplina como um instrumento de desenvolvimento da cidadania. A esse respeito, diz o documento:

“Muito se tem falado do poder de formação dessa disciplina, em especial na formação política, conforme consagra o dispositivo legal (LDB nº 9.394/96, Art. 36, § 1o, III) quando relaciona “conhecimentos de Sociologia” e “exercício da cidadania”. Entende-se que essa relação não é imediata, nem é exclusiva da Sociologia a prerrogativa de preparar o cidadão. No entanto, sempre estão presentes nos conteúdos de ensino da Sociologia temas ligados à cidadania, à política em sentido amplo (quando, muitas vezes no lugar da Sociologia stricto sensu, os professores trazem conteúdos, temas e autores da Ciência Política) e mesmo contrastes com a organização política de sociedades tribais ou simples (quando, então, é a Antropologia que vem ocupar o lugar da Sociologia), ou ainda preocupações com a participação comunitária, com questões sobre partidos políticos e eleições, etc. Talvez o que se tenha em Sociologia é que essa expectativa - preparar para a cidadania - ganhe contornos mais objetivos a partir dos conteúdos clássicos ou contemporâneos – temas e autores” [BRASIL, 2006, p. 104].

Na educação básica a Sociologia tem por objetivo a análise crítica das relações sociais, despertando no aluno a “imaginação sociológica” descrita pelo sociólogo norte-americano Wright Mills [1975], propondo o uso da disciplina como forma de entender o indivíduo e suas ações perante as estruturas sociais. Seguindo a perspectiva da imaginação sociológica, trilha-se o entendimento segundo o qual os seres humanos só podem compreender sua existência e analisar seu futuro percebendo-se parte de um determinado contexto, de maneira que nossas ações influenciam e são influenciadas pela dinâmica social.

O exercício de “transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico” proposto pelo antropólogo Roberto DaMatta [1987] é um caminho eficiente para despertar a imaginação sociológica, o que significa problematizar o que é cotidiano, reafirmando sua historicidade, e, portanto, sua materialidade.

Ademais, só é possível tomar certos fenômenos como objeto da disciplina na medida em que sejam submetidos a um processo de estranhamento e desnaturalização, demonstrando que os fenômenos de ordem social não passam de construções ligadas à história e às relações de força presentes nas dinâmicas sociais.

Diante disso, o ensino de Sociologia deve auxiliar a emancipação do indivíduo para além da sala de aula, valendo-se, por exemplo, de outros espaços no âmbito das escolas, conforme defendido por Paulo Freyre [1993]. Inspirando-se no autor de Pedagogia do Oprimido, Frago e Escolano [2001], salientam que no modelo de escola contemporânea, a sala de aula vai além de um ambiente delimitado por paredes, porta e janelas, onde estão dispostas inúmeras carteiras e cadeiras. O ambiente escolar deve ser um espaço no qual se devem acolher as diferenças, os questionamentos, as dúvidas e os saberes.  Com isso:

“[...] a escola transforma-se num lugar no qual é permitido ir além dos limites de uma apostila/livro conseguindo alcançar o diferente, pois as vivências normais e comuns são esquecidas num piscar de olhos, enquanto aquelas significativas serão lembradas e relembradas por décadas e décadas” [SCHLICKMANN; SCHMITZ, 2015, p. 5].

Nesse sentido, o ensino para o jovem tende a ser mais atraente quando abordado segundo uma atividade mais dinâmica, afinal o indivíduo procura estar em locais onde há satisfação pessoal e intelectual.

Por fim, os temas propostos pelas atividades deste projeto extensionista referem-se a assuntos candentes da sociedade brasileira, marcada pela indecisão entre o moderno e o tradicional [HOLANDA, 1995], levando a práticas de “jeitinho brasileiro” e corrupções cotidianas; e pela cidadania inconclusa [CARVALHO, 2002], que impede a totalidade da sociedade do alcance dos direitos fundamentais garantidos, por exemplo, pela Constituição Federal de 88.

Colégios visitados e atividades desenvolvidas

Depois do início da vigência do projeto em fins de 2017, realizamos contato com colégios visando sua efetivação em 2018, período utilizado como base de elaboração deste artigo. Para 2019 o projeto foi renovado e em breve as atividades terão novos desdobramentos.

Com 13 atividades em 12 colégios estaduais do Rio de Janeiro, além de um pré-vestibular comunitário (o PVNC-Caxias), totalizando 14 em 2018, presenciamos diferentes realidades socioeconômicas, perfis variados de estudantes e compartilhamos a percepção de que a juventude fluminense carece do debate de uma série de temas que estão no currículo de Sociologia e demais disciplinas de humanidades e que falem diretamente às suas realidades, levando-os a rever comportamentos e combater preconceitos.

Os temas trabalhados, diretamente e de forma interconectada, foram: cultura e cidadania; diversidade e tolerância; fake news e meios de comunicação; direitos humanos; política; preconceito e discriminação; gênero, classe e raça; indústria cultural; violência doméstica; e educação no Brasil.

Suas definições se deram a partir de demandas dos colégios em negociação com os partícipes do projeto e foram postas em prática pelos próprios professores membros e por colaboradores vindos de outras instituições (caso dos Professores de Sociologia Vinicius Mayo Pires e Natália Braga de Oliveira, ambos do Colégio Pedro II, e Denis T. S. de Barros, do INES). No caso de atividades realizadas pelos componentes do projeto, destacam-se os professores de Sociologia do CAp-UERJ Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain, e o Professor Alberto Alvadia Filho, do IFRJ, unidade São João de Meriti.

As cidades envolvidas, e a quantidade de atividades, foram: Rio de Janeiro (6), Petrópolis (3), Duque de Caxias (2), São Gonçalo (1), Niterói (1), Paty do Alferes (1). Na capital, os bairros envolvidos foram Cordovil, Brás de Pina, Campinho e Rio Comprido.

Salienta-se que o CAp-UERJ foi escolhido para receber uma oficina em duas turmas do primeiro ano, pela Professora Natália B. de Oliveira, do CPII, sobre gênero e violência doméstica, por ser a origem do projeto. O Instituto de Aplicação ainda tem envolvido a formação de professores por meio do estímulo à participação de licenciandos em Ciências Sociais nas atividades desenvolvidas. Foi o caso da ida de alunos em algumas das atividades realizadas no Rio de Janeiro, bem como da roda de conversa coordenada
pela estudante de Licenciatura em Ciências Sociais da UERJ Fernanda Azevedo no PVNC (Pré-Vestibular para Negros e Carentes), núcleo Caxias, onde ela atua como docente voluntária, cujo tema versou sobre a educação brasileira nos tempos atuais e a perspectiva de entrada do estudante pobre e negro na universidade.

Em todas as instituições visitadas registramos os acontecimentos com fotos permitidas pelos envolvidos e assinatura de lista de presença, assim como certificação dos organizadores por parte do CAp-UERJ.

Alguns exemplos de atividades:

Colégio Estadual Hélio Rangel  (Jardim Primavera/Duque de Caxias – 20 de março de 2018):

Numa região carente socioeconomicamente, o Professor do CAp-UERJ vinculado ao projeto, Rodrigo Pain, realizou palestra com o título “Cultura e Cidadania”, na qual abordou-se assuntos sobre as condições da juventude nas periferias das grandes cidades, em especial da região da baixada fluminense, assim como da importância de os jovens atentarem para as características do mercado de trabalho, os direitos sociais e a política nacional em ano de eleições. O evento foi realizado na parte da manhã e contou com 31 estudantes do segundo e do terceiro ano.




Imagem 1:
Prof. Rodrigo Pain no Colégio Hélio Rangel

Colégio Estadual Teresa Cristina (Brás de Pina/Rio de Janeiro - 03 de abril de 2018 a primeira atividade):

Na primeira visita neste colégio, a Professora de Sociologia Nathalia Oliveira, do Colégio Pedro II, especialista em gênero, diversidade e direitos humanos, realizou no turno da noite a oficina “A dignidade é um olhar: tolerância e diálogo na construção de uma cultura democrática” para alunos do NEJA (Jovens e Adultos) e do terceiro ano do ensino médio, com 37 presentes.

Partindo da reflexão “Eu me sinto diferente porque...” os estudantes foram levados a pensar na necessidade de valorização da diversidade e da tolerância como forma de superação do ciclo de violência e dos discursos de ódio presentes na sociedade brasileira.


Imagem 2:
Profa. Nathalia Oliveira no Colégio Teresa Cristina

Colégio Estadual Professora Maria Terezinha de Carvalho Machado (Campinho/Rio de Janeiro - 20 de abril de 2018):

Devido à integração cada vez maior dos jovens ao universo da internet e à propagação das fake news pelas redes sociais, inclusive ameaçando a idoneidade das notícias em contexto eleitoral, foi realizado pelo Professor de Sociologia Walace Ferreira, coordenador deste projeto, a oficina “Os desafios da informação na era da Internet: o caso das Fake News” em duas turmas do segundo ano do ensino médio, na parte da manhã, envolvendo 52 estudantes na primeira turma e 33 alunos na segunda.
O professor já lecionou nessa instituição entre 2015 e 2016, o que favoreceu o diálogo para a realização da atividade nesta unidade escolar.

Após explanação inicial sobre indústria cultural e a necessidade de termos uma visão crítica acerca dos meios de comunicação de massa, diferentes casos conhecidos de fake news foram distribuídos aos grupos, que tentaram descobrir se as notícias eram verdadeiras ou não. Ao final do debate intragrupos, cada qual expôs seu caso e o professor explicou por que consistiam em notícias falsas e como elas prejudicam a democracia. Os casos envolviam assuntos de cultura brasileira, política, economia e costumes. A atividade contou com a presença de alunos da licenciatura em Ciências Sociais da UERJ, que ajudaram na realização dos trabalhos.

O modelo de aplicação de oficinas tem soado útil no sentido de estimular os estudantes à produção de uma atividade como resultado da exposição inicial sobre a temática.


Imagem 3:
Prof. Walace Ferreira no Colégio Maria Terezinha

Colégio Estadual Dom Pedro II (Centro/Petrópolis - 14 de maio de 2018):

Neste tradicional colégio estadual do centro de Petrópolis, com razoável infraestrutura e contando com um público de maioria branca, o professor de Sociologia do Colégio Pedro II, com experiência pessoal na vida política da cidade petropolitana, Vinícius Mayo, realizou a oficina “Política: para além do amor, do ódio e do estereótipo”, mostrando aos alunos como a política está no cotidiano de todos nós e se manifesta de várias maneiras.

Para estimular a visão crítica dos 26 alunos de uma turma de segundo ano, turno da tarde, após a exposição que abordou a relação entre público e privado na teoria sociológica, o professor os dividiu em grupos e lhes entregou reportagens que abordavam assuntos como racismo, privilégios, aumento da passagem de ônibus, manifestações populares em torno da democracia, dentre outras. Ao fim das discussões com as reportagens, os grupos foram à frente da sala e apresentaram os assuntos analisados, evidenciando clareza no que tange ao ponto central da oficina e entendendo a importância de se ver a política cotidiana como instrumento fundamental de exercício da democracia.


Imagem 4:
Prof. Vinícius Mayo no Colégio Dom Pedro II

Colégio Estadual Edmundo Peralta Bernardes (Lot. Ville D'monte Alegre/Paty do Alferes - 21 de maio de 2018):

Intitulada “Preconceito e Discriminação: um debate necessário”, a palestra realizada no turno da manhã pelo Professor de Sociologia Alberto Alvadia Filho do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), unidade São João de Meriti, contou com 62 alunos do primeiro ano.

O tema foi previamente definido em conjunto com a direção e o corpo técnico do colégio, tendo em vista a ocorrência recente de episódios de discriminação entre estudantes da educação básica. O Professor Alberto, membro do projeto, já lecionou nesse colégio e foi convidado não apenas para essa palestra, mas também para uma reedição que contemple o restante de alunos do ensino médio da escola.

A atividade foi realizada num refeitório, cuja adaptação costuma ocorrer para eventos dessa natureza, até mesmo para viabilizar o uso do data show.


Imagem 5:
Prof. Alberto no Colégio Edmundo Peralta Bernardes

CIEP 239 – Professora Elza Vianna Fialho (Vista Alegre/São Gonçalo – 29 de agosto de 2018):

Especialista na temática “gênero”, a Professora Nathalia Oliveira, do Colégio Pedro II, realizou a oficina “Desmanipulando a mídia: indústria cultural e violência doméstica” para duas turmas do 2º ano, numa atividade única que contou com 55 presentes ao todo. Além de debater o tema e apresentar variados exemplos de manipulação da mídia com relação à violência doméstica, à predominância do patriarcalismo e do machismo na sociedade brasileira, foi realizado um trabalho que visava a reelaboração de reportagens que inicialmente reforçavam preconceitos. Após a realização dos trabalhos os alunos colaram as novas reportagens e estenderam o produto num mural da escola.


Imagem 6:
Profa. Nahalia no CIEP Elza Vianna Fialho

Considerações Finais
Com as experiências adquiridas até o momento pretendemos expandir o projeto a outras unidades escolares neste ano de 2019, algumas das quais já estamos fazendo contato - principalmente intermediados por ex-alunos da licenciatura em Ciências Sociais da UERJ e que agora estão lecionando em colégios da rede estadual -, realizar atividades diferenciadas, envolver outros especialistas e aumentar as temáticas abordadas.

Este projeto extensionista parte de uma perspectiva do papel da Sociologia
articulado à vertente humanitária de educação, pensando o saber como uma prática que pode ser construída a partir de formas alternativas e
complementares de ensino.

Nesse horizonte, avança-se para além dos muros da universidade, articula-se com outras instituições no propósito de formação crítica do aluno da escola pública e de sua consequente formação cidadã. Ao promovermos atividades sobre assuntos candentes das Ciências Humanas contribuímos para o aprendizado desses temas por parte de alunos da educação básica e no desenvolvimento de percepções críticas diante de uma realidade em que esses assuntos estão postos frequentemente.

Com o desenvolvimento do projeto, ainda esperamos estimular a formação do estudante da licenciatura no que tange à observação da Sociologia em múltiplos espaços de realização educacional e de modo diferente das tradicionais aulas. Abre-se espaço, além disso, para a pesquisa que o licenciando pode realizar a partir dessa vivência.

Referências
Walace Ferreira é doutor em Sociologia pelo IESP/UERJ e Professor Adjunto de Sociologia do CAp-UERJ. E-mail: walaceuerj@yahoo.com.br

Rodrigo de Souza Pain é doutor em Ciências Sociais, na área de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA-UFRRJ) e Professor Adjunto de Sociologia do CAp-UERJ. E-mail: rodrigo.pain@gmail.com

BRASIL. MEC. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brasília, DF, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_03_internet.pdf

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

DAMATTA, Roberto da. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1987.

FRAGO, Antônio Viñao; ESCOLANO, Augustín. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MILLS, Wright. A Imaginação Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

SCHLICKMANN, Luciane.; SCHMITZ, Lenir Luft. “Da escola tradicional à escola contemporânea: algumas considerações sobre a constituição do espaço escolar”. In: Anais do 6º SEMIC do Curso de Pedagogia da FAI Faculdades. 2015. Disponível em: http://faifaculdades.edu.br/eventos/SEMIC/6SEMIC/arquivos/resumos/RES27.pdf

5 comentários:

  1. Prezados Walace e Rodrigo, primeiramente gostaria de parabenizá-los pelo projeto. A relação entre ensino universitário e instituições de educação básica é uma medida de grande relevância, pois representa uma grande oportunidade para os estudantes da rede pública terem contato com alguns conhecimentos do ensino universitário, o que pode contribuir para os processos seletivos de vestibulares ao fim do ensino médio, assim como para os profissionais da universidade, que aprendem a construir novas maneiras de popularizar o conhecimento acadêmico, realizando assim uma transposição de uma linguagem academicista para uma linguagem escolar. Tendo em vista as discussões acaloradas em torno do tema dos direitos humanos na atual conjuntura, gostaria de saber qual a importância que vocês atribuem ao esclarecimento dessas ideias ao público mais jovem e qual tem sido a receptividade desses estudantes em relação a essa temática.

    Agradeço desde já. Obrigado!

    Abraços,
    Diego Cavalcanti de Santana

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    1. Prezado Diego, agradecemos sua questão/reflexão. O tema dos direitos humanos é um desafio e ele tem sido trabalhado de várias maneiras nesse projeto. Já houve uma oficina que versava diretamente sobre direitos humanos, cujo objetivo era demostrar aos estudantes que não há tendência política na valorização dos D.H. Ao contrário, sua defesa está num dos pilares da civilização ocidental pós-segunda guerra e representa a luta contra a desigualdade social, a aceitação da pluralidade étnica, o combate à fome e à miséria, a valorização da democracia, dentre outros aspectos. A temática também aparece quando os assuntos abordados referem-se a estas questões especificamente. O trabalho pela conscientização do jovem e pela reflexão crítica em busca da cidadania é um trabalho de direitos humanos segundo nosso entendimento. Quanto à receptividade às palestras, oficinas e rodas de conversa, temos encontrado públicos muito interessados e participativos. O mesmo tem se dado na recepção dos colégios às nossas atividades.

      Att,
      Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain.

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    2. Obrigado pela pergunta Diego.

      Realmente o projeto tem como objetivo aproximar o jovem do Ensino Médio aos conteúdos trabalhados na Universidade. Além disso, percebemos também que os professores sentem-se valorizados com os debates que o Projeto proporciona. No caso dos Direitos Humanos, percebemos muita falta de informação sobre essa importante temática. Em época de notícias falsas com interesses políticos, esse tema acabou sofrendo interpretações equivocadas, e percebemos facilmente isso ao trabalhar com a temática. Os jovens demonstram entusiasmo ao participar do projeto, e ao perceber que a Universidade, através dos Licenciandos e professores, está mais próximo deles. É um grande incentivo para esses jovens estudantes entrarem em um curso superior.

      Rodrigo de Souza Pain e Walace Ferreira.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Obrigado pela pergunta Diego.

    Realmente o projeto tem como objetivo aproximar o jovem do Ensino Médio aos conteúdos trabalhados na Universidade. Além disso, percebemos também que os professores sentem-se valorizados com os debates que o Projeto proporciona. No caso dos Direitos Humanos, percebemos muita falta de informação sobre essa importante temática. Em época de notícias falsas com interesses políticos, esse tema acabou sofrendo interpretações equivocadas, e percebemos facilmente isso ao trabalhar com a temática. Os jovens demonstram entusiasmo ao participar do projeto, e ao perceber que a Universidade, através dos Licenciandos e professores, está mais próximo deles. É um grande incentivo para esses jovens estudantes entrarem em um curso superior.

    Rodrigo de Souza Pain e Walace Ferreira.

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