PATRIMÔNIO CULTURAL E MULHERES: UM VIÉS
DECOLONIAL
Na historiografia oficial, durante muito
tempo as mulheres foram relegadas e esquecidas. Em meados do século XX, os estudos culturais
rompem com a hierarquização das culturas que até então prevalecia, direcionando
também para estudos de outros grupos, incluindo chamadas minorias ou
subculturas. No campo da História, o surgimento da Nova História Cultural
contribui “para o debate de temáticas vinculadas a grupos sociais até então
excluídos historicamente, como os operários, camponeses, mulheres, escravos,
pluralizando-se os objetos de investigação histórica” (CARMO e PEREIRA, 2015,
p.23418). Essa nova corrente surge em um momento importante da historiografia aonde
o macrossocial, em sua busca por uma história globalizante, não dava atenção
aos atores sociais e suas experiências cotidianas.
A aproximação do campo da História com a
Antropologia, a partir da década de 1970, fortaleceu as pesquisas científicas
baseadas nas micro-histórias. A história do gênero feminino foi “apoiada à explosão do feminismo e articulada ao
crescimento da antropologia e da história das mentalidades, incorporando as
contribuições da história social e dos aportes das novas pesquisas sobre
memória popular.” (DAUPHIN et all,2000, p.2)
Os movimentos feministas fazem parte dos
movimentos sociais que surgiram após o término da Guerra Fria pertencendo ao
contexto da Nova Ordem Mundial. Nesse momento o movimento feminista estava atrelado
à política sendo influenciado pelas teorias marxistas sobre o mundo do
trabalho. A partir da década de 1980, os estudos sobre o tema passam a ser
considerados objeto de análise de gênero na sociedade. Esses estudos buscavam
principalmente construir uma História das Mulheres.
Essa construção vai ao encontro de uma
busca pela identidade e da reflexão sobre a relação de gêneros. Uma identidade
não se constrói sem a relação com o outro, ou seja, o reconhecimento do outro,
analisando o contexto em que a identidade está inserida. Assim, os estudos
sobre as mulheres começam a retratar aquelas que sempre foram silenciadas e apagadas,
refletir sobre suas trajetórias e contribuir para que elas sejam porta voz de
suas próprias histórias. Por fim, preencher lacunas da historiografia oficial
sobre a temática feminina e a participação das mulheres na história.
Também nesse sentido, pretendemos contribuir
com a reflexão sobre as mulheres como protagonistas de sua própria história
através da utilização de um tema considerado transversal no campo da História:
o patrimônio cultural. Para tanto iremos abordar a concepção de patrimônio, discutir
os conceitos de colonialidade e decolonialidade nessa área e, finalmente,
abordar os bens culturais registrados pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional) que são mantidos e praticados exclusivamente
por mulheres.
A concepção de patrimônio brasileiro
A política de patrimônio cultural no Brasil tem sua história
narrada a partir do início do século XX, no período da Era Vargas (1930-1945),
em um contexto em que intelectuais e políticos discutiam sobre a identidade
brasileira. O decreto de lei nº 25 da Constituição de 1937 denomina como
patrimônio histórico e artístico nacional “o conjunto dos bens móveis e imóveis
existentes no País e cuja conservação seja de interesse político, quer por sua
vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional
valor arqueológico ou etnográfico bibliográfico ou artístico” (Decreto de lei
nº 25 de 30 de novembro de 1937).
Nas
primeiras décadas de século passado, essa concepção de patrimônio e as ações do
SPHAN – Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, “estiveram
estritamente voltadas à proteção do legado material da colonização portuguesa e
do período imperial” (PORTA, 2012, p. 11). Dentro dessa perspectiva hegemônica houve
a construção e a disseminação de uma imagem elitista sobre o patrimônio, que
priorizava bens materiais com representatividade nacional para serem tombados.
A formação da política de patrimônio no Brasil foi
consolidada através de um discurso sobre a nação, fazendo referência a uma
memória social, uma memória sobre a nação, com “padrões estético-estilísticos
eruditos e de excepcionalidade”
(MOTTA, 2000, p. 18). Para isso, foram decretados marcos
simbólicos via patrimônios históricos oficialmente consagrados. Esse período,
conhecido como “pedra e cal”, durou mais de 60 anos e privilegiava os bens
materiais com excepcional valor, voltados para os monumentos, edificações e
obras de artes, e visando a conservação de sua integridade física. (FONSECA,
2009, p.64).
A arte no patrimônio histórico e artístico nacional era
fundamental para a contribuição da construção de nação. Ela era vista através
da crença na universalidade e na integração aplicadas, principalmente, na
arquitetura tradicional brasileira, sendo classificada de acordo com os
períodos da arte ocidental. Através do campo da arte, pesquisadores,
intelectuais e políticos acreditavam que o Brasil podia alcançar o status que
tanto almejavam, de uma nação brasileira enquanto unidade.
Novos pontos de vistas sobre o patrimônio cultural só foram
levados em conta principalmente após a Constituição de 1988. Nos artigos 215 e
216 está:
“constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto,
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira”.
Nesse momento foi ressaltada a importância dos bens
imateriais para a ampliação do que seria patrimônio cultural brasileiro, e
mantida a valorização dos bens materiais. Nota-se que o próprio conceito de
patrimônio sofre mudança: o que se
chamava patrimônio histórico e artístico passa a ser denominado “patrimônio
cultural”.
Essa nova denominação do conceito de patrimônio cultural era
o reflexo da aproximação desse campo com as Ciências Sociais, a partir da
década de 1970. Foi nesse período que o “problematizar os critérios do belo, do
monumental e da excepcionalidade, influenciadas pela efervescência do período
de transição para a democratização” teve início (CHAUÍ, 1992 apud TOJI, 2011,
p.58). Nesse contexto também foi criado o Centro Nacional de Referências
Culturais (CNRC), como forma de abrigar outra ramificação do patrimônio que
estava em ascensão: o patrimônio imaterial. É nesse campo que abordaremos os
conceitos de colonialidade e o decolonial.
A colonialidade e o decolonial
A discussão sobre o conhecimento como forma de poder e
colonização também começa na década de 1970. Diversos autores originários da
América Latina, como Arthuro Escobar, Walter Mignolo, Aníbal Quijano
desenvolveram linhas de pensamento crítico sobre a colonização. Em 1992, é
constituído o Grupo Latino-Americano de Estudos Subalternos (GLES) que procura
refletir sobre as diversas concepções e efeitos do processo de colonização,
incluindo a América Latina no debate pós-colonial. A criação do grupo foi
inspirada no Grupo de Estudos Subalternos, criado com o intuito de criticar a
historiografia da Índia feita pelos ocidentais.
De
acordo com Amaral (2015), é importante ressaltar, segundo esses autores, a
diferença entre colonialismo e colonialidade. O primeiro remete a uma relação
política e econômica de dominação colonial de um povo sobre o outro, já a
colonialidade não se limita apenas ao padrão de exploração, envolve também as
relações intersubjetivas que se dialogam a partir de domínio e subalternidade.
Ainda segundo o autor, é através dessa última que se “articularam o conjunto de
narrativas nacionais que, desde o século XIX, vêm forjando as identidades
coletivas na América latina, reproduzindo mecanismos geradores de alteridades e
subjetividades subalternas” (p. 19).
Foram
esses autores, dentre outros do GLES, que propuseram a descolonização do saber
e do ser, pois o conhecimento é uma forma de poder e colonização. Para isso, seria
necessário a crítica ao paradigma europeu e uma dissociação dos processos de
aprendizagem da racionalidade colonial. Citado por Amaral (2015), Quijano coloca
que é preciso primeiro acontecer “a descolonização epistemológica
para, em seguida, ser possível uma comunicação intercultural, um intercâmbio de
experiências e de significações que formem a base de uma racionalidade nova e
que possa pretender, quiçá com mais legitimidade, a alguma universalidade”
(p.20).
A questão decolonial é tratada pelo porto riquenho Maldonato
Torres, na obra de Balllestrin (2013) quando lança o conceito de "Giro decolonial". Esse termo “basicamente
significa o movimento de resistência teórico e prático, político e
epistemológico, à lógica da modernidade/colonialidade.” (p.105). Para o autor,
esse movimento sugere identificar as várias formas de poder colonial, assim
como pensar sobre os conhecimentos e as experiências vividas pelos sujeitos
marcados pelo sistema colonial. É através desse reconhecimento que se entende
as formas modernas de poder, sendo assim possível prover alternativas baseadas
nesse conhecimento.
A discussão sobre colonialidade e decolonial lança
possibilidades de reconstrução de narrativas de histórias silenciadas,
reprimidas e subalternas. Entretanto, ainda segundo Amaral (2015), o principal desafio
diz respeito “(...) a possibilidade de rompimento com a lógica da colonialidade
sem, contudo, abandonar as contribuições do pensamento crítico eurodescendente
para a própria decolonização.” (p.20).
Patrimônio Imaterial
O conceito de decolonial contribui significativamente para o
campo do patrimônio cultural, mais especificamente para o patrimônio imaterial.
Essa categoria vem para suprimir uma demanda crescente de inventários em
relação à cultura popular, que antes era trabalhada como ações secundárias de
preservação e, como dito anteriormente, numa política que priorizava bens
materiais. O atual modelo de preservação dos bens imateriais tenta ir ao
encontro do conceito de decolonialidade, ou seja, busca refletir sobre o
patrimônio cultural a partir das experiências vivenciadas pelos detentores do
bem. E também, busca suas singularidades, os saberes e práticas tradicionais
que estão enraizados no cotidiano de determinadas comunidades locais.
No Brasil, o IPHAN – órgão nacional responsável pela preservação
dos bens nacionais – tem como objetivo preservar, divulgar e fiscalizar os bens
culturais brasileiros. Para
a preservação do patrimônio cultural, existem diretrizes a serem seguidas em
relação ao cuidado e à proteção dos bens culturais, que são ditadas pela UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), com
orientações direcionadas através de manuais de referência. Os manuais são
desenvolvidos como ferramentas de utilização para capacitar e conscientizar a
respeito da Convenção do Patrimônio Mundial.
No Brasil dos anos 2000, foi instaurado o Registro como
instrumento de preservação do patrimônio imaterial. De acordo com o site do IPHAN,
patrimônio imaterial se define como
“práticas e domínios da vida social que se manifestam em
saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão
cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e
santuários que abrigam práticas culturais coletivas)” (trecho retirado do site
do IPHAN, acessado em 10 de fev 2019).
Atualmente, nos registros de proteção, é fundamental que o
bem cultural seja relacionado com aspectos do seu contexto sociocultural. A
compreensão da representação e significação do bem cultural, assim como a
importância das ações dos atores sociais inseridos nesse contexto, devem ser
elementos norteadores para a busca de sua preservação e valorização.
Os primeiros registros foram feitos pelo órgão patrimonial
no ano de 2002, com o Oficio de Paneleiras de Goiabeiras, Espírito Santo e a
Arte Kusiwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajápi, Amapá. Ambos os registros
trataram de saberes de grupos considerados minorias: o primeiro realizado
apenas pelas mulheres e o segundo, por uma comunidade indígena. Hoje, a
instituição conta com 47 bens registrados a nível federal. Para se chegar a
esse fato, foram considerados os bens culturais imateriais registrados pelo
IPHAN, no período de 2002 a 2018. Esses bens culturais são classificados pelo
órgão em 4 categorias: Saberes, Lugares, Celebrações e Formas de Expressão.
Algumas considerações dos bens
culturais brasileiros registrados mantidos por mulheres
Ao analisar os bens registrados pelo IPHAN, notamos que aproximadamente
20% deles são exclusivamente comandados por mulheres. Os bens culturais mantidos
por ambos os sexos representam 79% do total, enquanto 9% dos bens são
praticados exclusivamente por homens.
Os bens culturais comandados por mulheres são: Modo de fazer
Renda Irlandesa na cidade de Sergipe; Ofício das Baianas do Acarajé no estado
da Bahia; Oficio das Paneleiras de Goiabeiras no Espírito Santo; Tradição das
Doceiras de Pelotas no Rio Grande do Sul; Modo de fazer Cuias no Baixo
Amazonas; A Ritxòkò - Expressão Artística e
Cosmológica do Povo Karajá e os Saberes e Práticas Associados ao Modo de Fazer
Bonecas Karajá, ambos no Norte e Centro-Oeste do país.
A perpetuação desses bens acontece através
da oralidade, que tem o conhecimento dessas mulheres como principal fator impulsionador.
Campos e Cerqueira (2012) citam Perrot afirmando que as fontes históricas sobre
mulheres não são escassas, elas foram reproduzindo a visão dos homens, ao invés
de mostrar o que pensavam. Já Burker, também citado pelos autores, diz que as
fontes históricas sobre mulheres estão voltadas para as imagens e não para as
fontes escritas. Nas palavras de Cerqueira e Campos:
“Nessa perspectiva, o
estudo dos testemunhos orais de mulheres sobre a história feminina adquire
grande relevância: de um lado, oferece uma visão feminina; de outro, relata
fatos e representações pouco presentes na documentação escrita” (2012, p.263).
A falta de narrativas e fontes escritas por
mulheres deve-se inclusive ao menor índice de escolaridade e letramento dessas
em relação aos indivíduos do sexo masculino ao longo do tempo, situação só
alterada nas últimas décadas. A história tradicionalmente foi escrita por
homens, dentro de uma cultura patriarcal, e esses perpetuaram e valoraram seus
próprios feitos.
A análise dos dossiês, por sua vez, demonstra
a relevância da participação das mulheres dentro do âmbito do patrimônio
imaterial brasileiro. Sem tomar como estudo de caso apenas um bem cultural, notamos
nos documentos que o legado das práticas e saberes é passado de forma familiar para
outras mulheres, filhas, sobrinhas, parentes, perpetuando a tradição através da
oralidade e da observação do ofício.
As práticas estão enraizadas em seu modo de
vida, pertencendo ao cotidiano e ao modo de viver dessas pessoas, de forma,
principalmente, artesanal e local. Muitas vezes os bens culturais são
produzidos dentro do próprio ambiente doméstico ou em lugares específicos da
comunidade.
É importante enfatizar que algumas dessas
práticas são vistas como forma de contribuição financeira para o lar, como é o
caso das Cuias do Baixo Amazonas, das Paneleiras de Goiabeiras. Outras
atividades exercidas são a única fonte de renda, exemplificado pela comunidade
indígena Karajá, com o seu modo de fazer Bonecas do Karajá. Segundo o Dossiê
Ofício das Baianas de Acarajé “70% das mulheres vinculadas a associação desse
ofício são chefes de família”. (2007, p.50)
Sublinhamos ainda que essas práticas
culturais são repletas de singularidades em seu modo de fazer, de detalhes que
são passados entre as gerações e que podem sofrer modificações ao longo do
tempo, num processo contínuo e vivo de construção e incorporação de
influências. Na maioria das vezes o patrimônio cultural também é cercado por um
rico universo simbólico do qual seus mantenedores são guardiões.
Dessa maneira o patrimônio cultural é
efetivamente um exemplo das práticas e saberes decoloniais no Brasil.
Representa o que é genuíno dessa nação construída pela miscigenação de culturas
e que ainda sim fez gerar uma cultura própria. As panelas de barro tem
influência indígena, o acarajé das baianas veem das negras vindas do continente
africano, as rendas advêm de influência europeia, etc. O tempo fez surgir, a
partir de muitos legados multiculturais, um elemento que se forjou desde o
Brasil colonial, que incorporou, que resistiu, que por vezes protestou de forma
disfarçada resistindo e também se adequando às formas de imposição cultural.
Assim, as mulheres mantenedoras de
tradições nos mostram como o tempo sintetizou as influências e contribuiu para criar
uma nova cultura que chamamos brasileira. Essa formação ocorreu quando as
culturas agredidas pela colonização incorporaram matizes da cultura dominante muitas
vezes como forma de resistência, as transformaram e acabaram criando algo novo,
próprio.
Além disso, é importante notar como o
legado das mulheres sempre subsistiu na história como pano de fundo,
pertencente ao universo privado considerado de menor importância porque não era
tangível, não estava (ou poucas vezes estava) materializado enquanto monumento
ou edifício. Os conhecimentos das mulheres comumente expressos em rezas,
benzeções, curas, uso de plantas medicinais, danças, cantos, confecção de utensílios
e artesanatos, modos de tecer, de criar, de assistir aos partos, poucas vezes
se mostraram na história oficial e o campo do patrimônio imaterial tem o mérito
de valorizar esses saberes, tirá-los da invisibilidade, mostrar sua importância
enquanto legados culturais e trabalhar pela sua salvaguarda.
Figura 1.
Saberes e Práticas
Associados aos Modos de Fazer Bonecas Karajá
Figura 2.
Cuias do Baixo
Amazonas
Figura 3.
Tradição das Doceiras de Pelotas
Considerações finais
Neste texto buscamos mostrar que o que era antes entendido
como patrimônio cultural até a metade do século passado, fazia-se sobre uma
visão hegemônica, elitista e masculina na qual eram priorizados monumentos que
diziam de um fato histórico nacional para se alcançar a nação brasileira
enquanto unidade. Com a aproximação do campo da antropologia, as vozes
subalternas que foram silenciadas no processo de construção do patrimônio
cultural ganharam força e lugar de voz.
A perspectiva decolonial é de grande valia na reconstrução da
narrativa dos detentores do bem, esses ocupando o lugar de protagonistas, como
é o caso das mulheres, no âmbito do patrimônio imaterial. Assim, a relação de
poder é colocada à prova e os atores sociais participam do processo de
patrimonialização e na manutenção do seu bem cultural.
Referências
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Medeiros é graduada em História e especialista em História e Culturas Políticas
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Marina Fares Ferreira
é graduada em História, mestre em Mediação da Cultura e do Patrimônio pela
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Baita trabalho Marina, parabéns e obrigado por enriquecer nosso debate cultural. Assim como você, eu vejo as especificidades dos detalhes os saberes e fazeres um lugares de voz nunca antes destacado.
ResponderExcluirRaildis Azevedo
Pois é, o panorama do patrimônio cultural, principalmente o patrimônio imaterial já sofreu modificações em seus paradigmas conceituais e práticos. Os lugares de vozes precisam ser destacados e um caminho é através da perspectiva decolonial. Marina Fares Ferreira e Bárbara Tompa
ExcluirOlá, Bárbara e Marina, gostei muito do texto.
ResponderExcluirMas fiquei com uma dúvida no parágrafo que segue:
"Ao analisar os bens registrados pelo IPHAN, notamos que aproximadamente 20% deles são exclusivamente comandados por mulheres. Os bens culturais mantidos por ambos os sexos representam 79% do total, enquanto 9% dos bens são praticados exclusivamente por homens."
Os 9% de bens executados somente por homens estão contemplados nos 79%?
Saudações,
Tathianni Cristini da Silva
Olá Tathianni! Que bom que gostou, nós também gostamos bastante dessa temática e estamos aprendendo cada vez mais. Em relação ao sua pergunta, os 9% não estão incluídos nos 79% de ambos os sexos, assim como a porcentagem referente às mulheres também não estão. A porcentagem dos homens e das mulheres pensadas separadamente são exclusivas desses gêneros e não estão incluídos nos ambos os sexos. Lembramos que cada porcentagem está diretamente ligada aos 48 bens culturais registrados pelo IPHAN. Qualquer dúvida é só nos escrever! Saudações, Marina Fares Ferreira e Bárbara Tompa.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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