Juliana S. Monteiro Vieira e Lucas de Oliveira Carvalho


O ESVAZIAMENTO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO E AS NOVAS TENDÊNCIAS DE PENSAMENTO



Pretende-se refletir acerca do momento histórico vivenciado no Brasil contemporâneo, pensando fatos e discursos sociais que tencionam-se e rearticulam-se a todo instante. A desconstrução de acontecimentos históricos como a ditadura, os pedidos de volta da Monarquia ou da intervenção militar, a refutação de fatos científicos como a eficácia das vacinas ou a construção e a tentativa de legitimação de discursos como o da ideologia de gênero, são alguns dos exemplos que perseguimos nesta breve reflexão, na tentativa de compreender as características do processo de esvaziamento de nossa consciência histórica atual. Para isso, destacamos algumas notícias divulgadas nos últimos anos na mídia online, que chamaram a atenção por versarem a respeito de novas tendências de pensamento, inclusive daqueles que optam pela refutação de teorias legitimadas, como as teorias médicas e físicas. Essas tendências porém, trazem de volta antigos fantasmas da política social brasileira, repletos de influência dos valores cristãos de regência da vida particular, assim como discursos de controle e dominação.      

Buscamos utilizar notícias vinculadas a diferentes meios de comunicação brasileiros como dispositivos para pensar os acontecimentos recentes e o ensino de História no Brasil, além de suas consequências no pensamento médio populacional. Designamos como um método “teórico-jornalístico”, devido a utilização de notícias como meio de discussão acerca dos temas, problematizando os discursos e buscando rever em sua interioridade a influência do modelo de racionalidade e do ensino da disciplina de História no Brasil.

O esvaziamento da consciência histórica brasileira

“Estamos diante portanto, de uma seleção histórica de uma memória feita de lembranças, mas também de muito esquecimento” (SCHWARCZ, 2009, p. 03).
Nos deparamos atualmente com uma série de notícias e discursos que demonstram fatos históricos brasileiros deturpados ou esvaziados de seus sentidos, tendo como consequência a formação de um pensamento médio comum que ignora e questiona a veracidade dos acontecimentos e das teorias científicas. Como exemplo disso, podemos evidenciar o crescente Movimento Monarquista, que defende o reestabelecimento do Império.

Herdeiros dos dois imperadores do Brasil (Pedro I e Pedro II), os Orleans e Bragança, justificam os desvios éticos ocorridos com os políticos brasileiros e os escândalos de corrupção como fundamentos para o movimento. Em redes sociais, o grupo conta com mais de 13 mil seguidores, além de estarem formatando grupos em vários Estados do país.

A Monarquia no Brasil se deu entre 1822 e 1889, passando por diversas fases históricas, dando continuidade direta a linhagem real portuguesa de D. João VI. A característica política primária deste período é a centralização do poder, tendo como súditos do imperador os imigrantes europeus, os índios nativos, os africanos e afrodescendentes, ou seja, classes populares e trabalhadores. Diversas foram as revoltas regionais deste período, à exemplo da Cabanagem (1835-1840) no Pará, da Sabinada (1837-1838) na Bahia, da Balaiada (1838-1840) no Maranhão, da Guerra dos Farrapos (1835-1845) no Rio Grande do Sul, todos demonstrando a resistência da população ao sistema monárquico, mas resultando em milhares de mortes de civis. Este período ficou marcado também pela estruturação das Forças Armadas Brasileiras, sempre utilizada para defender os interesses do Estado, não do povo.

A ausência de distinção público/privado e os traços de clientelismo estruturaram o modelo de colonização no Brasil, o que nos faz expandir o entendimento acerca dos momentos atuais, entendendo-os não como fatos isolados e novos, que se iniciaram a poucos anos por um partido ou agente político localizado. Além disso, a herança de país escravocrata já pressupõe uma dívida social imensa. O período monárquico legitimou os privilégios e a manutenção da elite econômica do país no poder, assim como tornou o controle social mais abrangente, pois envolvia-se em questões religiosas ou morais.
Outro preocupante movimento que tem ganhado espaço, inclusive dentro das escolas brasileiras, é o da refutação do período histórico que compreende a Ditadura Militar (1964-1985) e a solicitação de uma parcela da população por uma nova intervenção militar no país. Durante 20 anos, o Brasil viveu a eliminação de opositores, jornalistas, artistas, ou qualquer um chamado ‘subversivo’, como política de Estado; o ambiente criado pela Ditadura era de repressão, vigilância, tortura sistemática, prisões ilegais e desaparecimentos. Com o falso aval de “leis” serviu-se do Estado para corromper instituições e alimentar interesses próprios dos militares no poder.

Vários aspectos contrários aos trabalhadores podem ser destacados no período da Ditadura: falta de saneamento básico, a saúde precária e apenas para trabalhadores formais, a falta de fiscalização das obras ou conselhos fiscais do dinheiro público aplicado, e acima de tudo, a possibilidade de suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão, por qualquer motivo encontrado pelo regime. O livre-pensar não era uma opção e havia um rigoroso controle das informações e das liberdades individuais, tendo como prioridade da educação a transmissão da ideologia dominante. Para os que evocam o desenvolvimento do país neste período como justificativa da crença em um novo período militar, relembramos o aumento da dívida externa que revelou-se impagável na primeira década da redemocratização.

O que torna o tema tão atual e assustador é a possibilidade dos atos antidemocráticos da ditadura se tornarem uma realidade, como já vemos em gravíssimo precedentes abertos na história recente. Os conhecimentos históricos produzidos no período de 21 anos, parecem não ter sido colocados em prática no ensino de História, na consciência política dos brasileiros, no reconhecimento dos militares, das Forças Armadas e de muitas instituições que apoiaram o regime ditatorial, como algozes e financiadores da morte de milhares de civis. Impeachment de presidente eleita por motivo fútil e incomprovado, saudações a torturadores e estupradores em pleno Congresso Nacional, eleições pautadas em notícias falsas espalhadas na internet e manipulação da informação e mídia, resgate de valores morais e de dominação do corpo e do pensamento, enfraquecimento dos direitos dos trabalhadores, censura a arte e ao jornalismo e utilização das leis para benefício próprio e de terceiros, são alguns dos tons da política brasileira contemporânea.           

Outra falácia que aflorou sob forma de discurso político discorre acerca da “Ideologia de Gênero”: um enunciado configurado para o conservador pensamento biologizante acerca do gênero. Com a emergência de novos paradigmas acerca da construção do eu e a proposição de papéis sexuais mais flexíveis, além da reflexão acerca da violência contra a comunidade LGBTQ crescente no país, teve como resposta a perigosa junção entre o pensamento religioso conservador e as políticas educacionais. A interferência e o alvo na desconstrução de direitos humanos materializou-se no discurso da ideologia de gênero, numa tentativa de desqualificação do movimento, de suas necessidades de reconhecimento e de defesa.

O compreensível neste discurso é uma tentativa de manutenção dos dois horizontes tradicionais: a heteronormatividade e o patriarcado. A tentativa de manutenção já seria esperada, tendo em vista o peso ocupado por essas formas hegemônicas de existência. A expansão da perspectiva de gênero porém, não simboliza a possibilidade de destruição das famílias, mas a possibilidade de desconstrução delas, ampliação de seus modelos, inclusão de suas matrizes, que não são patriarcais e tradicionais na realidade.

A crença na ideologia de gênero é mais um arcabouço ilusório, enunciado pejorativo, distorção de fatos históricos, tentativa de esvaziamento de consciência e do pensamento médio comum, dentre muitas outras disseminadas no Brasil Contemporâneo. O que necessitamos perguntar é onde o Ensino de História situa-se neste cenário, onde resiste, onde se desfaz.

História efetiva e a desconstrução dos discursos científicos

“Na raiz do que conhecemos e do que somos, não há absolutamente a verdade e o ser, mas a exterioridade do acidente” (FOUCAULT, 2005, p. 279).

Em consonância ao nosso modo metafísico de pensar, construído no modelo de pensamento Ocidental, tendemos a enxergar a História como uma disciplina da busca pela verdade, dos fatos essenciais, das datas específicas, da origem. Negligencia-se para isso, as diferenças e as inconsistências dos acontecimentos em detrimento de um todo, buscando uma lógica, algo que se estabeleça enquanto fato histórico. Nietzsche (2009) busca entender a História não através da busca por essências, mas como um plano imanente de forças, plano de dominados e dominadores, em constante embate e tentativas de diferenciação. Impõe-se enquanto um ritual de progressão não-linear da humanidade, que vai constituindo valores, interpretando e apoderando-se dos sistemas de regras.
“A história ‘efetiva’ faz surgir o acontecimento no que ele pode ter de único e agudo. Acontecimento: é preciso entendê-lo não como uma decisão, um tratado, um reino ou uma batalha, mas como uma relação de forças que se inverte, um poder confiscado, um vocabulário retomado e voltado contra seus utilizadores, uma dominação que se enfraquece, se amplia e se envenena e uma outra que faz sua entrada, mascarada. As forças que estão jogo na história não obedecem nem a uma destinação nem a uma mecânica, mas ao acaso da luta. Elas não se manifestam como as formas sucessivas de uma intenção primordial: tampouco têm a aparência de um resultado. Elas surgem sempre no aleatório do acontecimento” (FOUCAULT, 2005, p. 286).   

A história ‘efetiva’, aquela citada por Foucault (2005), é a história do acontecimento, que busca os interstícios dos fatos, sempre entendendo o olhar perspectivo sobre o plural que habita o acaso. Não só a História vem desconstruindo os ideais modernos ao qual veio sendo submetida, na consideração da ciência e do racional como instância absoluta do pensamento; teorias fortemente legitimadas no imaginário coletivo – como as médicas e as físicas – também vem sendo desconstruídas e postas em dúvida. Não se julga aqui a negatividade ou positividade do fato, apenas compreendem-se os questionamentos como parte dos sinais que habitam os novos tempos.
Como exemplo, ressaltamos o Movimento Antivacina, pessoas partidárias da não imunização de crianças. Essa vertente cresce em todo mundo e forma significativos grupos no Brasil, fazendo a cobertura vacinal despencar drasticamente nos últimos anos no país. O movimento, antes influenciado por religiosos ou opositores à indústria farmacêutica, hoje ganha adeptos cada vez mais jovens e ligados as questões “naturais”, negando a medicina alopática. O movimento cresceu a partir de relatórios e estudos questionáveis e de notícias falsas que circulam nas redes sociais, em consonância com a profunda desconfiança da população perante seus governantes. Um relatório da Organização Mundial de Saúde incluiu o Movimento Antivacina como um dos dez maiores riscos à saúde da população em todo mundo, em uma lista que inclui os vírus Ebola, o HIV, a Zika e a dengue. O movimento ameaça reverter quadros de progresso no combate a doenças erradicadas e evitáveis, que salvam de 2 a 3 milhões de pessoas por ano.

Outro questionamento teórico quase inimaginável, mas que já ganha adeptos e seguidores em vários lugares do mundo, é o Movimento Terraplanista. Este movimento visa questionar todas as Leis de Kepler, que datam o século XV e fundamentam a Física dos Astros, além do próprio Heliocentrismo de Copérnico, as leis da gravidade de Newton, etc. Fundada nos EUA, a “Flat Earth Society” (Sociedade da Terra Plana) surge na metade do século XX, mas ganha força no ano de 2009, com novos membros e novas teorias contestadoras. Baseiam-se, basicamente, em textos conspiratórios, que incluem o envolvimento da maçonaria e dos Illuminatis, questionando conceitos legitimados na ciência por mais de 2 mil anos. Recentemente, a Conferência Internacional da Terra Plana (FEIC, sigla inglês) anunciou um cruzeiro com destino aos “limites da terra”, que acreditam ser um imenso muro de gelo, a Antártida, que nos separaria do “exterior”.   

Esses dois exemplos ilustram a onda dos discursos anticientíficos emergentes na Contemporaneidade, que são extravasados pela democratização da mídia, que ao mesmo tempo que amplia o acesso a informação, alimenta raciocínios motivados pelos “achismos” e pelas percepções pessoais das situações.
O equívoco porém, demonstra-se proveniente da falha na transmissão do pensamento científico, seus processos de investigação e errâncias, suas aplicações na vida cotidiana. A ciência, desde sua primeira iniciativa, foi rechaçada por motivos político-ideológicos e religiosos, pois contestou diretamente grupos hegemônicos no poder. Ao mesmo tempo, em seu processo legitimador cria novas hegemonias, novos discursos e enunciados em formato de verdades estabelecidas. Esses polos de força em constante luta resultaram nos dilemas que vivemos na Contemporaneidade. A política pós-factual configura-se como um novo modelo de autoritarismo nacionalista, que nega as evidências científicas, na maioria das vezes, em nome de uma ideologia econômica ou de mercado – isso também se liga as transformações do sistema capitalista.

“Em si mesmas, as regras são vazias, violentas, não finalizadas; são feitas para servir a isto ou aquilo; elas podem ser burladas ao sabor das vontades de uns ou de outros. O grande jogo da história será de quem se apossar das regras, de quem tomar o lugar daqueles que a utilizam, de quem se disfarçar para pervertê-las, utilizá-las pelo avesso e voltá-las contra aqueles que as tinham imposto; de quem, introduzindo-se no complexo aparelho, o fará funcionar de tal forma que os dominadores se encontrarão dominados por suas próprias regras” (FOUCAULT, 2005, p. 283-284). 

A ciência, portanto, não é partidária, mas é eminentemente política. O equilíbrio entre as instâncias do absolutismo e da negação necessita ser estimulado por meio da reflexão crítica e compreensiva dos fatos, tendo como agentes diretos os educadores, os jornalistas, os intelectuais comprometidos com a investigação, não da ordem das essências, mas das pluralidades. Novas discussões éticas e morais são necessárias, desvelando os interesses e as vicissitudes, na articulação do corpo/homem com a história. O esvaziamento da consciência histórica do pensamento médio brasileiro serve a interesses que devem ser expostos, para que se gerem rearticulações e resistências.         

REFERÊNCIAS

Juliana S. Monteiro Vieira: Doutoranda em Educação - Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS), Mestre em Educação (PPED/Unit); Graduada em Psicologia (UNIT/2014). Colaboradora dos grupos: GPHEN/CNPQ/UNIT e GPECS/CNPQ/UFS. Bolsista de Doutorado da FAPITEC/SE.

 

Lucas de Oliveira Carvalho: Mestrando em Educação – Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS), Graduado em História (UNIT/2010). Colaborador do GPECS/CNPQ-UFS. Bolsista de Mestrado CAPES.

AMORIM, Kleber. Família imperial brasileira quer a volta da monarquia no país. Gazeta Online, Espírito Santo, 05 de junho de 2017.

Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/noticias/politica/2017/06/familia-imperial-brasileira-quer-a-volta-da-monarquia-no-pais-1014062394.html> Acesso em: 20/07/2018


CORDEIRO, Tiago. Por que tanta gente quer a volta da monarquia no Brasil? Gazeta do Povo, Curitiba, 07 de Agosto de 2017. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/por-que-tanta-gente-quer-a-volta-da-monarquia-no-brasil-5nte9wsbyvuo9ywa6ricylfi8/>
Acesso: 23/08/2018

ELER, Guilherme. A “ciência” da Terra Plana. SuperInteressante, Ciência. Editora Abril, São Paulo, 27 de outubro de 2017.

Acesso: 23/04/2018

FOUCAULT, Michel. Arqueologia das ciências e sobre a História dos sistemas de pensamento. Coleção Ditos e escritos. São Paulo: Editora Forense Universitária, 2005, 432 p.

GLOBO, O. Movimento antivacina é incluído na lista de dez maiores ameaças à saúde em 2019. Jornal O Globo, 30 de Janeiro de 2019. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/movimento-antivacina-incluido-na-lista-de-dez-maiores-ameacas-saude-em-2019-23413227> Acesso em: 12/02/2019

HARTMANN, Marcel. Conheça a origem do movimento antivacina. O Estado de São Paulo, São Paulo, 06 de setembro de 2016. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,conheca-a-origem-do-movimento-antivacina,10000074329>
Acesso: 30/03/208

LIMA, Jonatas Dias. O que é “ideologia de gênero”? Gazeta do Povo, Curitiba, 13 de junho de 2015. Disponível em:< https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-e-ideologia-de-genero-0zo80gzpwbxg0qrmwp03wppl1/>
Acesso: 09/04/2018

LONDRES, Mariana. 43% dos brasileiros defendem a volta da intervenção militar, diz pesquisa. Portal R7, Coluna do Fraga. Brasília, 27 de dezembro de 2017. Disponível em: <https://noticias.r7.com/prisma/coluna-do-fraga/43-dos-brasileiros-defendem-a-volta-da-intervencao-militar-diz-pesquisa-02012018>

Acesso em: 13/09/2018


NIETZSCHE, Friedrich. A Genealogia da Moral. Tradução: Paulo Cesar de Souza. São Paulo: Editora Companhia de Bolso, 2009, 176 p.

 

PAÍS, EL. Terraplanistas fretam cruzeiro para ir até a beirada da Terra. Jornal El País Internacional, Madrid, 13 de Janeiro de 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/12/internacional/1547307121_632570.html>

Acesso em: 12/02/2019

RODRIGUES, Roney. 10 mitos sobre a ditadura militar no Brasil. Guia do Estudante, Editora Abril, 12 de fevereiro de 2019.

Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/10-mitos-sobre-a-ditadura-no-brasil-ou-por-que-voce-nao-vai-querer-que-ela-volte/>

Acesso em: 15/02/2018

SCHWARCZ, Lilia. De olho em d. Pedro II e seu reino tropical. São Paulo: Editora Claro Enigma, 2009, 80 p.  


4 comentários:

  1. Como colocar em pratica dentro da sociedade brasileira e dentro das escolas está produção historiográfica produzida durante os anos posteriores ao fim do regime de exceção é também a produção feita sobre o regime monárquico. Os profissionais da área se dedicaram durante longos períodos com todo rigor cientifico historiográfico para tal produção, como os educadores podem-se utilizar esse material histórico produzido para combater o revisionismo histórico que muito vem sendo aceitado pela sociedade brasileira como uma verdade, cada vez mais o ensino critico com embasamento vem sendo atacado como uma doutrinação por movimentos como escola sem partido, quais seriam os caminhos para contornar essa situação de esvaziamento da consciência histórica no Brasil ?

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    1. lucas gomes da silva nascimento10 de abril de 2019 às 16:13

      Lucas gomes da Silva Nascimento

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  2. Olá,
    Parabéns e obrigado por compartilhar desta comunicação , que porventura apresenta uma realidade vivenciado por muitos educadores nas salas de aula da atualidade.
    Nós professores de História estamos preparados para discutirmos em sala de aula, os aspectos conceituais, teóricos e metodológicos que envolvem os diversos conteúdos e conhecimentos repassados pela nossa disciplina. Debater as mudanças e permanências, os movimentos relacionados aos progressos do nosso campo de conhecimento , geralmente com um público que ainda não compreende a real importância dos estudos históricos para a sociedade, já é algo que apresenta uma gama de dificuldades no cotidiano escolar.
    Atualmente vivenciamos um aumento constante deste tipo de "ataques" ao conhecimento histórico vindo principalmente das redes sociais e do Youtube, este último por sinal era considerado um excelente aliado no ensino de maneira geral.
    Desde o fenômeno dos youtubers revisionistas que buscam monetizar as suas contas e atingir milhares de likes, aos "bots" e propagadores de Fakenews nas eleições estadunidense e recentemente aqui no Brasil, o sistema político mundial, já percebeu que as próximas eleições do século XXI, serão na maior parte decidida no mundo virtual. E nós professores e também eternos estudantes da História entramos num território nebuloso, pois muitos ainda desconhecem quais as estratégias e rumos devemos tomar frente ao ato de educar nesta nova realidade.
    A pergunta que eu faço aos caros colegas é como podemos enfrentar este nova realidade repleta de mudanças de paradigmas científicos e também morais, pautadas nos "achismos" que atualmente encontramos, principalmente na educação fundamental e média, aonde os educandos na grande maioria não possuem o conhecimento necessário para filtrar tais informações?

    Wander da Silva mendes

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  3. Olá Juliana!

    Como podemos combater as teses negacionistas, que tentam negar coisas que gritantemente a história comprova? Visto que ultimamente, vem sendo defendida com veemência não existência da Ditadura Militar em nosso país, por exemplo.

    Ayrton Matheus da Silva Nascimento

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