É MAIS
QUE ÓDIO: A EDUCAÇÃO EM UMA SOCIEDADE RESSENTIDA
Considerações iniciais
Emoções, sentimentos, paixões são constitutivas da vida humana, estamos
imersos a elas em todos os momentos de nossas vidas, logo, compõem a dimensão
afetiva da vida social. Por conta disso, as paixões coletivas participam das
práticas sociais e, apesar dessa dimensão afetiva do exercício público, ou
seja, que compõem nossas relações, não significa que é de fácil trato por parte
de quem visa estudar sua influência, seja ela em qual área do conhecimento for.
Desta maneira, a
sala de aula que é um local de afetos, é resultado de uma relação afetiva ampla
e complexa que por vezes, é necessário um esforço grande para se compreender,
utilizando-se de mais de uma disciplina e área do conhecimento. Tais afetos,
são construídos, reconstruídos em diversos momentos, laços afetivos são criados
e ganham força com a convivência contínua. A convivência na comunidade escolar,
gera afetos significativos.
No que diz respeito a dimensão afetiva da vida humana nos deparamos com
o ressentimento, consequentemente o ressentimento é estendido para a dimensão
afetiva da vida pública, tornando-se uma importante ferramenta política, que
resulta diretamente no cotidiano escolar.
Ressentimentos
Ressentimento é uma constelação afetiva ampla. Maria Rita Kehl (2014,
p.13) defende ser esta uma constelação afetiva que serve aos conflitos
característicos do homem do mundo moderno, privilegiando o indivíduo em
detrimento do sujeito, contribuindo para sustentar nele uma integridade
narcísica que independe do sucesso de seus empreendimentos. A autora adianta a
hipótese de que a versão imaginária da falta, no ressentimento, é interpretada
como prejuízo.
Seguindo essa orientação, ainda em Maria Rita Kehl (2014, p.13), por uma
compreensão preliminar do que é ressentimento, a autora trata ressentir-se da
seguinte maneira: “Ressentir-se significa
atribuir ao outro a responsabilidade pelo que nos faz sofrer. Um outro a quem
delegamos, em um momento anterior, o poder de decidir por nós, de modo a poder
culpa-lo do que venha a fracassar”. A própria autora considera a definição
genérica, por conta de um ponto, pelo fato da aproximação de uma aproximação do
paradigma do neurótico.
A modernidade, seria de tal modo, para o Nietzsche, alicerçada por
valores que foram construídos na aliança entre Estado e Igreja, o primeiro
responsável pela coerção, impondo aos indivíduos os valores criados pela
igreja. Estado, para Nietzsche (2009: tese 2 parágrafo 17) produziu mudanças
ativas e radicais na humanidade, fazendo com que o homem a partir de sua
tutela, atingisse uma coerção inevitável, contribuindo diretamente e
decisivamente para deixar de ser livres e se tornarem culpados.
Nietzsche faz uso da expressão ressentimento para caracterizar uma ideia
de auto envenenamento, o que envolve ódio, rancor, inveja, uma série de
sentimentos reativos. Ocorrendo quando esses sentimentos, na medida em que não
podem ser descarregados para o exterior, voltam para o homem interior o
envenenando. Por esse motivo é chamado de res-sentimento.
Maria Rita Kehl, (2014, p. 120) o ressentimento é “só daqueles que por
motivos morais, foram covardes e cúmplices em sua própria derrota.” Criando
assim, uma “vingança imaginária”.
Se visitarmos Nietzsche novamente, podemos ler:
“A
rebelião escrava na moral começa quando o próprio ressentimento se torna
criador e gera valores: o ressentimento dos seres aos quais é negada a
verdadeira reação, a dos atos, e que apenas por uma vingança imaginária obtêm
reparação. Enquanto toda moral nobre nasce de um triunfante Sim a si mesma, já
de início a moral escrava diz Não a um “fora”, um “outro”, um “não-eu” — e este
Não é seu ato criador. Esta inversão do olhar que estabelece valores — este
necessário dirigir-se para fora, em vez de voltar-se para si — é algo próprio
do ressentimento: a moral escrava sempre requer, para nascer, um mundo oposto e
exterior, para poder agir em absoluto — sua ação é no fundo reação.” (...)
(NIETZSCHE,2009, segunda tese paragrafo 10)
Para Pierre Ansart (2009), Nietzsche elabora o conceito de ressentimento
em três abordagens complementares: histórica, psicológica e sociopolítica. Pois
bem, no quesito histórico, o autor (p. 16) destaca que Nietzsche aponta que o
ressentimento seria o resultado do que já apontamos, um longínquo conflito
entre a religião judaico-cristã contra os guerreiros aristocratas. O que ocorre
no Ocidente, são desdobramentos dessa guerra, o desdobramento da mesma
situação, a sublevação dos inferiores, pela sublevação dos escravos contra os
dominadores.
Ansart mostra que o trabalho de Nietzsche ao traçar o histórico do ódio,
transformando-se em ressentimento em seu processo de longa duração no embate
entre moral escrava frente a postura aristocrática culmina na interiorização do
ódio por parte dos inferiores, fazendo com que esses não somente convivam com
ele, mas busquem o justificar, o glorificando como algo bom, por isso não
haverá uma busca para sua superação, que em suma, é em si, um ódio de si mesmo.
O próprio Pierre Ansart aponta para os perigos de se pegar as
considerações de Nietzsche como definitivas, ou mesmo seu conceito de
ressentimento como algo fechado, apontando a própria linguagem da Genealogia da
Moral. Por conta disso, Ansart mostra como um contraponto necessário o Max
Scheler.
Diferentemente de Nietzsche, Max Scheler acredita que o ressentimento
surge entre os iguais. Partindo daí, defende que o ressentimento resulta da
competição entre pessoas, em uma luta constante e contínua pela redistribuição
de prestígio e poder no interior de uma sociedade.
Em Scheler o sentimento de vingança ganha uma configuração distinta, a
questão da vingança, por sua vez ganha um sentido diferente, para tal, vejamos
dois momentos de sua argumentação:
“[...] este sempre-de-novo-através e a partir do
viver da emoção é muito diferente de uma mera recordação intelectual da emoção
dos antecedentes dobre os quais ela “responderia”. O ressentimento é um
vivenciar da emoção mesma – um sentir após, um sentir de novo. Destarte, a
palavra traz em si o fato da qualidade desta emoção ser um negativo, o que
significa ser um movimento de hostilidade.” (...) (SCHELER, 2012, 45)
O agravo é a base do ódio, mas este é guardado, todavia tem causas e
consequências bem determinadas. O ressentimento é um envenenamento da alma, que
é resultado de uma introjecção psíquica contínua, um exercício sistemático de
recalcamento, como afirma Max Scheler (2012, p. 48). Em seguida, defende ser
tais sentimentos naturais no ser humano que levam a formação e conformação do
ressentimento, como sentimento e impulso de vingança, o ódio, maldade, inveja,
cobiça e malícia. Todavia, sua análise parte do impulso de vingança.
O que há de novo na interpretação de Max Scheler é que este em certa
medida amplia o alcance do ressentimento, como podemos ver no trecho a seguir:
“Mas, em todos estes casos, a origem do
ressentimento está presa em uma especial introdução da comparação entre valor de
si mesmo e valor dos outros, a qual necessita de uma breve e distinta
investigação. A comparação de nossos valores próprios em geral, ou qualquer uma
de nossas características, com valores que a outros pertencem, é executada por
nós continuamente. Todos a executam: o nobre e o vulgar, o bom e o mau. Quem
escolhe para si por exemplo um modelo ou um herói está de qualquer modo ligado
a uma tal comparação de valor.” (...) (SCHELER, 2012, 57)
Max Scheler mostra não apenas que o ressentimento surge também entre os
iguais, mas que ele não é exclusividade da moral escrava. Há uma ampliação no
entendimento do ressentimento por parte de Scheler, não ficando exclusivo da
moral escrava.
Pierre Ansart (2009, p. 19) que em sua concepção sobre a maneira como
Scheler constrói sua versão sobre o ressentimento acredita que há um abandono
da hipótese histórica que Nietzsche trabalha, construindo uma oposição para com
sua filosofia dos valores. Sobre a complementação da noção de ressentimento,
Ansart declara:
“É preciso, primeiramente, atentar à diversidade
das formas de ressentimento e falar de ressentimento no plural e não de um
ressentimento que tomaria as dimensões de uma essência universal. Se admitirmos,
como faz Max Scheler, que pode existir por exemplo um ressentimento ligado às
relações de entre grupos de idade, convém especificar precisamente os
caracteres de tal sentimento e sublinhar tudo aquilo que separa tais afetos
difusos do ressentimento recíproco que pode opor, por exemplo, duas classes
sociais, ou ainda, duas etnias.” (...) (ANSART, 2009, p. 19)
Para Ansart, o próprio Nietzsche apresenta em a Genealogia da Moral dois
tipos opostos de ressentimento, o dos fracos contra os mais fortes que é amplamente
comentado; por outro lado, apresenta o ressentimento dos dominantes em relação
aos dominados, que é tão destruidor quanto a outra forma mais debatida do
ressentimento. Segundo o argumento de Ansart (2009, p.19): “Ressentimento que é
reforçado pelo desejo de reencontrar a autoridade perdida e vingar a humilhação
experimentada”. É possível entender e notar que tal ódio não é menos recalcado
que aquele que o escravo nutre, tal como as bases de vinganças e todo o
processo de ressentimento.
Ressentimento Educação
Parte-se aqui de
um entendimento da Educação a partir da sala de aula e das relações resultantes
dela, da vida cotidiana dos professores e tudo que a cerca, além das imposições
externas que condicionam as questões mencionadas. Ou seja, questões sociais e
políticas.
O ressentimento
sempre teve e terá lugar no mecanismo político e social, fazendo parte dele,
cabe então analisar como esse (res)sentimento surge e é operacionalizado, como
é utilizado, até que ponto é essencial e qual o papel que esse desempenha em um
âmbito geral.
A sala de aula é
um espaço propício para a construção de afetos. Estes, são construídos,
reconstruídos em todos os momentos, laços afetivos são criados e ganham força
com a convivência contínua. Em muitos casos, os alunos convivem mais com seus
colegas e professores que com os pais.
Essa criação de
afetos traz consigo as variadas potencialidades e negatividades que os afetos
naturalmente carregam consigo, em certa medida somos reflexo dos afetos que
estamos inseridos. Por conta disso é necessário um contato cuidadoso por parte
do professor, na medida em que esse se torna mediador de sentimentos, ou seja,
um gestor deles e consequentemente, envolvido em sua construção. Desta forma,
uma palavra mal posta pode gerar ressentimentos que refletirão de forma
marcante na vida dos alunos.
Neste ponto,
como destaca Antônio Zuín (p. 585) “os alunos humilhados pelos professores são
obrigados a reprimir a angústia e o medo que sentem, fato este que produz
frustração e ressentimento”. O ressentimento produzido gera novos tipos de
relações, como mostra Zuín (p. 592):
“Este jogo de
cena dos alunos é um dos principais elementos da chamada vingança adiada. O
tempo favorito do aluno ressentido é o do futuro do pretérito, pois aquilo que
ele poderia ter sido e que não foi, a saber, um verdadeiro interventor com voz
ativa na sala de aula, não se concretiza, assim como a sua vingança que parece
nunca chegar. Daí a ideia da vingança adiada que esteia o prazer do ressentido
diante do sofrimento que o outro lhe imputou. Nesta perspectiva de análise, o
prazer sádico do ressentido, frente aos sinais de remorso dos agressores, é
acalentado pela sua postura masoquista que lhe impede tanto de esquecer, quanto
de superar a dor que lhe foi imposta.”
É possível ver a
noção de uma vingança que nunca passa, um agravo que é presente, no qual
adiamento da vingança é constante. O ressentido não quer necessariamente se
vingar, mas quer manter a possibilidade de ter o objeto de sua vingança em
certa medida próximo, nisso, a perspectiva do ressentido, suas dores são as que
realmente importam e devem ser, por isso, reconhecidas por todos. Retomando Maria
Rita Kehl (2014, p. 96), “O ressentido é um escravo de sua impossibilidade de
esquecer (...). Mas, no ressentimento, a dívida permanece impagável: a
compensação reivindicada é da ordem de uma vingança projetada no futuro”.
Esse trato, ou
não trato, dos ressentimentos que propiciam um ambiente ressentido proporcionam
dificuldades na interação entre professor e aluno e consequentemente perdas
marcantes no processo de aprendizagem. Não que todo ambiente seja movido pelos
ressentimentos, mas que em algum grau ele pode se manifestar.
Outro ponto
importante da vida escolar é a relação institucional, ou seja, a convivência de
professores com outros professores e com outros profissionais que fazem parte
da vida cotidiana escolar. Afetos são gerados e como vimos e em diversos
momentos fomentadores de sentimentos, bons e ruins, que no caso, os ruins, os
reativos, transformam-se em ressentimentos.
Ponto importante
no que diz respeito a gestão de sentimentos e maneiras como os ressentimentos
estão presentes no cotidiano escolar é a promoção de políticas que direcionam
os caminhos da Educação. Como pôde ser visto anteriormente nas argumentações de
autores como Pierre Ansart (2009) e Paul Zawadzki (2009) os ressentimentos são
constitutivos do sistema democrático.
Utilizando a
argumentação de Pierre Ansart (2001, p. 146), de que que as emoções,
sentimentos e paixões encontram-se presentes nas instituições, decisões e fatos
políticos. É possível assim afirmar que esses participam das decisões que
moldam a Educação, a construção de políticas públicas educacionais, currículo e
por fim, maneiras que os professores devem conduzir suas aulas e em determinada
medida, como a história da Educação nos mostra, até mesmo modos de se portar em
sua vida particular.
Desta feita,
decisões políticas que influenciam a vida dos professores em seu trabalho
cotidiano são feitas com cargas de ressentimentos e se valendo deles. Um
exemplo prático de como isso funciona é o projeto Escola sem Partido que apesar
de (ainda) não ser aprovado acaba por influenciar o cotidiano escolar.
A questão é que
o projeto tem colaborado para a elaboração de leis em diversos Estados, em
cidades específicas e mesmo que não sejam aprovados, sua simples discussão gera
uma ascensão dos ressentimentos. O professor acaba por ser alvo desses
ressentimentos, como se fosse o culpado pelas más condições de aprendizagem e
da educação em um sentido amplo. Pedro Pagni, Alexandre de Carvalho e Sílvio
Galo (2018) afirmam que essa questão revela um traço de nossa cultura política
e uma relação de poder que se estrutura no ressentimento contra a escola e o
trabalho docente, colocando em risco uma de suas principais virtudes modernas.
Considerações finais
Ao buscarmos uma
explicação clínica para o ressentimento, Maria Rita
Kehl traz alguns importantes apontamentos:
“O
ressentimento é uma relação afetiva que serve aos conflitos característicos do
homem contemporâneo, entre as exigências e as configurações próprias do
individualismo e os mecanismos de defesa do eu
a serviço do narcisismo.” (KEHL, 2014, p. 13). Maria Rita Kehl
Desta forma,
ascende como problema chave na reflexão, o ressentimento ser fomentador da
memória do ódio, memória esta que é marcante na história contemporânea, como
destaca Jacy Alves de Seixas:
“[...] Desnecessário
lembrar quanto a história contemporânea tem presenciado a manifestação dessa
instável memória involuntária, carregada de emoções, freqüentemente avessa à
clivagens ideológicas e políticas tradicionais. Memórias que parecem emergir,
irromper de um passado mais-que-morto para assombrar o nosso presente
concebido, contra todas as evidências, segundo os cânones do progresso.”
(SEIXAS, 2009, p. 48)
Como destacado
pela autora, essas memórias ressurgem constantemente do passado para assombrar
o presente. Na medida que a memória se articula com sentimentos, com os
sentimentos mais obscuros os quais operacionalizam o ressentimento, esses
ressentimentos que são guardados e escondidos, voltam em momentos específicos
com mais força e criando problemas reais.
O ressentimento
se relaciona necessariamente com o sentimento que tenho do outro, as formas
explícitas ou não, para uma melhor compreensão de tal afirmação, voltemos ao
auxílio de Maria Rita Kehl (2014, p. 13):
“Ressentir-se significa atribuir ao
outro a responsabilidade pelo que nos faz sofrer. Um outro a quem delegamos, em
um momento anterior, o poder de decidir por nós, de modo a poder culpa-lo do
que venha a fracassar.”
Desta
forma o ressentido não quer vingança, ele quer ter o seu objeto de
ressentimento por perto para poder justificar seus fracassos. Isso gera um
ciclo de ressentimentos que atrapalham as relações e consequentemente a
Educação em si. É importante levar em consideração que muitas barreiras que estão no dia a dia do professor não são acidentais,
mas algo orquestrado. É algo que compõe uma sociedade ressentida em sentido
amplo.
O cotidiano
escolar é gerador e promotor de ressentimentos, infelizmente práticas
pedagógicas contrárias ao recalque, medo, angústia que interrompidos geram os
ressentimentos não são difundidas ou colocadas em prática nas instituições
escolares em sua maioria. Não obstante, é crescente uma predisposição
generalizada para o fortalecimento dos ressentimentos, isso pode ser visto em
atitudes ressentidas de alunos, professores e comunidade escolar, sem mencionar
é claro, as imposições políticas que são fruto de ressentimentos e geradoras
deles.
Ao pegarmos a
afirmação de Pierre Ansart (2009, p. 24-26) que deveríamos perder a ilusão do
fim do ressentimento devemos nos perguntar: como educar em uma sociedade
ressentida? Ou ao menos tempo, quais os caminhos da Educação em uma sociedade
ressentida?
Uma Educação que
não gere ódio e os outros sentimentos reativos provocadores do ressentimento é
fundamental, isso impede a reprodução de novos ressentimentos. Os caminhos da
Educação devem ser em resistência aos ressentimentos e que vá de encontro a
eles, contra eles, uma Educação que alcance os ressentidos mesmo que esses não
desejem sair de suas camadas mais profundas do ressentimento, o que abre
possibilidades de superação do próprio ressentimento.
Bibliografia
Makchwell Coimbra Narcizo,
Graduado e Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás e Doutorando
em História pela Universidade Federal de Uberlândia.
ANSART, Pierre. História e
memória dos ressentimentos. In: BRESCIANI, Stella;
NAXARA, Márcia (org). Memória
e (res)sentimento: Indagações sobre uma questão sensível. Campinas SP: Editora UNICAMP, 2009, p. 15-36.
ANSART, Pierre. La gestion des passions politiques. Lausanne:
L’age d’homme, 1983.
BRESCIANI, Maria Stella. (Introdução), HAROCHE,
Claudine. O que é um povo? Os sentimentos coletivos e o patriotismo do final do
século XIX. In: BREPOHL, Marion. Et al (org). (2002) Razão e paixão na política. Brasília: Editora UnB. Pp. 7-11. In: BRESCIANI,
Maria Stella; NAXARA, Márcia (org). Memória e (res)sentimento: Indagações
sobre uma questão sensível. Campinas SP: Editora UNICAMP, 2009.
BRESCIANI, Maria Stella.
(Introdução), HAROCHE, Claudine. O que é um povo? Os sentimentos coletivos e o
patriotismo do final do século XIX. In: BREPOHL, Marion. Et al (org). (2002) Razão e paixão na política. Brasília:
Editora UnB. Pp. 7-11.
BRESCIANI, Maria Stella;
NAXARA, Márcia (org). Memória e (res)sentimento: Indagações
sobre uma questão sensível. Campinas SP: Editora UNICAMP, 2009.
CARVALHO, Alexandre et al. O programa Escola sem Partido e a destruição
de uma das virtudes modernas da escola. Disponível
em < http://www.anped.org.br/news/o-programa-escola-sem-partido-e-destruicao-de-uma-das-virtudes-modernas-da-escola> Acesso em 12 fevereiro 2018.
KEHL, Maria Rita. Ressentimento. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2014.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia
da moral: uma polêmica. Companhia de Bolso São Paulo: 2009.
POLLAK, Michael. Memória,
Esquecimento, Silêncio. Estudos
Históricos, Rio de Janeiro, Vol. 2, n. 3, 1989. Pp. 3-15.
SANTOS, Márcia Pereira.
História e Memória: desafios de uma relação teórica. In: OPSIS. V.
07, n. 9. 2007.
SEIXAS, Jacy. Percursos de
memórias em terras de história: problemáticas atuais. In: BRESCIANI, Stella;
NAXARA, Márcia (org). Memória e (res)sentimento: Indagações
sobre uma questão sensível. Campinas SP: Editora UNICAMP, 2009. Pp. 37-48.
ZUIN, Antônio. A
educação de Sísifo: sobre ressentimento, vingança e Amok entre professores e
alunos. In: Educ. Soc., Campinas,
vol. 29, n. 103, p. 583-606, maio/ago. 2008.
Boa tarde a todos.
ResponderExcluirA reflexão trazida pelo texto é tão necessária, gostaria de elogiar suas fundamentações, colocações, desenvolvimento e, principalmente, os questionamentos finais.
O maravilhoso livro “Conversas com um jovem professor” do Leandro Karnal dá bons exemplos para ilustrar situações que criam ressentimentos em sala de aula. No capitulo “as pedras da nossa estrada”, são citados erros que o autor já cometeu, entre eles estão: responder brincadeiras imaturas com respostas muito cortantes, aumentar o nível de dificuldade das provas para o seu ego e, por vezes, se ver como um aluno adiantado ao invés de professor.
O desenvolvimento do tato do professor para lidar com essas situações é extremamente necessário que, como dito, pode afetar negativamente o processo de aprendizagem.
Por fim, gostaria de elogiar mais uma vez o texto e agradecer por trazer essa reflexão ao simpósio, parabéns.
Ana Clara Fernandes da Costa
Olá Ana Clara!
ExcluirObrigado pela leitura e pelas palavras!
Esse livro realmente é sensacional, gosto sempre de usar sua introdução quando trabalho em licenciaturas.
Acho pertinente, enquanto professores, compreender a Educação como uma via de mão dupla e nos entender como um dos agentes do mecanismo de aprendizagem. Isso evitaria muitas escorregadas produtoras de ressentimentos.
Pois bem, o texto é uma reflexão a partir da minha tese, que estou terminando (espero) sobre ressentimento na política.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCumprimentos ao autor!
ResponderExcluirTexto excelente! Congratulações. Compreendendo pela leitura do texto, minha questão vai de encontro as Fake News e ao fenômeno moderno das redes “sociais”. Nesse uso da memória como produto e do ressentimento impregnado na sociedade, qual o papel dessa mídias de massa sem trabalho profissional e verificação de fontes na maioria das vezes, como reprodutora de uma história mentira/adulterada ou uma história produto (que busca elementar o passado como exemplo, o que é altamente criticado pela historiografia) e assim fortalecendo redes de ódio, de exclusão, individualismo e que se faz presente também no ensino e na educação.
Douglas Felipe Gonçalves de Almeida.
Olá Douglas!
ExcluirConcordo contigo. Esse texto é uma reflexão a partir de minha tese, na qual trabalho com a utilização do ressentimento pela extrema direita francesa. De fato, vivemos em uma época que há excesso de informações e isso, ainda não sei analisar os os alcances e limites, com certeza modifica as relações e, como relações são produtoras de sentimentos e automaticamente ressentimentos, eles, os ressentimentos, estarão presentes em nossa sociedade e serão partícipes em decisões que a modifique.
Cabe a nós, professores, criar métodos para trabalhar melhor essa nova fase, com excesso de informações e muitas falsas que se não pretender ser verdade, buscam desestabilizar um regime de verdade.
Boa noite! Parabéns pelo artigo. Analisando o assunto proposto e concordando em várias partes no decorrer do texto, vejo que colocou o ato de lecionar como algo q requer muito amor pela profissão e acima de tudo métodos e didáticas para saber lidar de forma construtiva na vida e formação de cada aluno, sendo assim é proposto no final do texto ideias e exemplos de alunos os quais são oprimidos em salas de aula, causando assim o ressrntimento no sentido em que Nietzche proprõe o significado, vejamos assim uma falha por parte dos educadores. Entretando na realidade do país em que vivemos, onde a educação e os professores são muito pouco valorizados, vivenciamos diversos casos justamente ao contrário do proposto no texto, a realidade de professores oprimidos em sala de aula, lecionadores didpostos a ensinar e dar aos alunos novas oportunidades, professores estes vítimas em muitos casos de agressão dentro dos próprios local de aula. Dessa forma, finalizo o meu questionamento, interrogando o seu posicionamento mediante a essa premissa, tendo em vista as teorias de ressentimento e demais propostas no artigo.
ResponderExcluirDesde ja, obrigada!
Maria Eugênia Campos De Medeiros Sanders
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrezado Makchwell,
ResponderExcluirQuero cumprimentá-lo pelo excelente texto. Extremamente oportuno.
Quais ações o professor poderia desenvolver em sala de aula para trabalhar a questão do ressentimento?
Cordialmente,
Marcos Rafael da Silva