Jessica Caroline de Oliveira


DIÁLOGOS ENTRE HISTÓRIA, GEOGRAFIA E A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA ACERCA DO ESPAÇO ENQUANTO PATRIMÔNIO CULTURAL



Pensando que as conceituações e percepções em relação ao espaço são múltiplas, este texto tem por objetivo discutir como o espaço é debatido a partir da perspectiva da geografia, seus enlaços com a história, sobretudo, a forma como o mesmo pode ser entendido enquanto lugar de memória e, por assim dizer, um patrimônio cultural. Esta reflexão é fruto de um projeto realizado no ano de 2017, intitulado Projeto Conhecer e Preservar a História Local, realizado no Núcleo Educacional João Fernando Sobral, Porto União – SC. Este projeto contou com a participação de duas turmas de 6º ano e tinha como objetivo fomentar a formação da consciência histórica estudantil em relação à preservação patrimonial. Para tanto, era preciso criar ferramentas para apresentar conceitos básicos como História, Cultura, Tempo, Patrimônio (Cultural, Histórico, Natural, Material e Imaterial) e Espaço, os quais seriam apresentados teoricamente na escola, a partir da metodologia da aula expositiva dialógica e, em seguida, buscar observar na cidade e em pontos históricos específicos o diálogo com a prática.

Cabe dizer, que o uso da aula expositiva dialógica se pauta nos vieses de Lopes (1991) no sentido de buscar questionar as crianças no tocante aos seus saberes prévios, ansiando assim, estimulá-las a compartilhar, produzir e reelaborar os conhecimentos que trazem para a sala de aula a partir de suas consciências históricas. Estas, por sua vez, segundo Rüsen (2007) são a soma dos saberes produzidos e adquiridos ao longo de suas trajetórias e que permitem gerar sentidos, interpretações e orientações para a vida prática. Dito isso, entende-se que o conhecimento sobre o patrimônio é fundamental para a formação não só da consciência histórica, mas também, da própria identidade e sentimento de pertencimento das crianças ao ambiente em que vivem, isto é, ao seu espaço.

Nesta acepção, o primeiro ponto a ser pensado é: o que configura o espaço? Para responder a essa questão pode-se utilizar das colocações abordadas por Corrêa (1995), quando o autor desvela que o espaço é algo vivido, social e com íntima relação com a práxis social. Por isso, está longe de ser ou ser visto como vazio, puro ou absoluto, visto que é locus da dialética das esferas sociais que o compõe, transitam, circulam e se intersectam nele. Além disso, o autor descreve que o espaço é um campo de representações simbólicas que traduzem sinais da sociedade, como as crenças, valores e culturas.

Face a estas colocações, o primeiro conceito que chama a atenção diz respeito ao lugar, visto que, tradicionalmente, isto é, do momento da institucionalização da geografia enquanto disciplina universitária, em 1870, até à década de 1950, privilegiou-se os conceitos de paisagem e região, os quais embasavam-se nas noções positivistas e historicistas. Diante disso, o espaço não se configurava enquanto um conceito-chave na geografia tradicional.

O espaço altera o seu princípio por meio das formulações teóricas de Ratzel, que o denotou enquanto indispensável a vida humana, bem como, onde ocorrem as diferentes relações e condições de trabalho, sejam elas naturais ou socialmente construídas.  Na concepção de Ratzel, o espaço é absoluto, gestado a partir de um conjunto de pontos que coexistem e são independentes de qualquer coisa. Trazendo o debate para a noção de Hartshorne, é possível identificar a associação do espaço com a de área, fomentando-se assim, um pressuposto ideográfico da realidade, em que se estabelece uma combinação única de fenômenos naturais e sociais.

Na década de 1950, Corrêa (1995) salienta que espaço emerge nos debates do pensamento geográfico enquanto um conceito-chave, sendo o conceito de paisagem deixado de lado e o de região reduzido ao processo de classificação de unidades espaciais conforme a lógica de agrupamentos e divisões baseadas em estatísticas. Portanto, o espaço passa a ser perfilado através da noção de planície isotrópica (paradigma racionalista e hipotético-dedutivo) e/ou como representação matricial (meios operacionais que permitem alcançar conhecimento sobre localizações e fluxos, hierarquias e especializações funcionais).

Por meio de intensos debates dos anos de 1970, geógrafos marxistas e não-marxistas legaram ao espaço novamente o status de conceito-chave, ainda que na obra de Marx o conceito tenha tido uma discussão marginalizada. Todavia, os geógrafos marxistas colocaram-se em favor da concepção de que o espaço era um receptáculo ou espelho externo da sociedade, como bem expõe Corrêa (1995). O ponto alto destes debates foi a teorização do espaço enquanto fundamental para a constituição e devir da sociedade, existindo assim, uma relação entre espaço e tempo. Nas palavras do autor, esse viés, em certa medida, vincula-se as contradições sociais e espaciais, sobretudo, pela crise do capitalismo durante a década de 1960.

O teor deste conceito aparece efetivamente na obra do marxista Henri Lefébvre, que atribui a ele o caráter de espaço vivido, social e com intima relação com a prática social que não deve ser interpretado como algo vazio, puro ou absoluto. Sendo assim, afirma que o espaço é um locus da reprodução das teias sociais e relações de produção. Para ser analisado, este espaço utiliza-se de categorias como estrutura, processo, função e forma, ambas consideradas de maneira dialética.

Articulando estes princípios, Corrêa (1995) fomenta o entendimento de que o espaço é vivido, isto é, uma experiência continua e social, inclusive, um campo de representações simbólicas que traduzem sinais da sociedade, como crenças, cosmogonias, valores e culturas.

Trazendo o debate para um espaço tido como essencialmente humano, a cidade pode ser entendida como o ponto de concentração máxima de poder e cultura de uma sociedade, portanto, é o campo de representações simbólicas que oportuniza pensar, refletir e analisar a experiência social. Para Paddison (2001), o que define a cidade é o seu funcionamento estratégico, tanto para a comunidade quanto pela premissa civilizadora e enquanto mecanismo facilitador para o mercado. Além disso, o espaço que compõe a cidade é permeado de dois aspectos: o urbano e o rural, sendo estes marcados pelo que um não é do outro. Noutras palavras, o urbano não o rural, e vice-versa.

Partindo destas colocações, Paddison (2001) explica que há três elementos que melhor distinguem os aspectos urbanos e rurais: o elemento ecológico, o elemento econômico e o caráter social. No tocante à cidade, não só os caracteres urbanos ou rurais edificam o seu espaço, como também, outras delimitações que cercam e trazem novas especificidades aos mesmos, como é o caso das definições de área metropolitana e área periférica, ambas ocupando/dividindo e configurando o espaço urbano. Frente a estas exposições, o autor define que as áreas metropolitanas são definidas pelo tamanho da população e perímetro urbano, contando com funções econômicas e padrões que fluem para o núcleo. Ao passo que a área periférica diz respeito as ocupações terciárias e marginais.

Dentre os espaços essencialmente humanos, a cidade é um exemplo de concentração de poder e cultura, sendo um campo para gestar e colocar em prática representações simbólicas da experiência social. Diante disso, Paddison (2001) afirma que a cidade é composta pelo elemento urbano e pelo elemento rural, um sendo o oposto do outro. A cidade ainda pode ser pensada a partir do viés de Rocha e Monastirsky (2008) no momento em que os autores apresentam a discussão no tocante a dialética do local e o global, os quais possuem traços de origem que são preservados pelo patrimônio cultural que, em linhas gerais, objetiva conservar a memória, história e identidade local. Sendo assim, patrimônio aqui é pensando enquanto hábitos, costumes, crenças, formas de vida cotidiana, seja erudita ou popular, conforme explica Monastirsky (2009).

Partindo destas colocações, é possível concordar que o patrimônio cultural fortalece a ideia de pertencimento e apropriação social de um dado espaço, o qual é tido como testemunho de experiências vividas que oportunizam conhecer, lembrar, pertencer e partilhar uma cultura e identidade comum, sendo esta última considerada enquanto um sentimento de afinidade que conecta uma pessoa ou grupo a determinado espaço. Não distante disso, Pollak (1992, p. 5) destaca que “a identidade é um fenômeno que se produz em referência aos outros, em referência aos critérios de aceitabilidade, de admissibilidade, de credibilidade, e que se faz por meio da negociação direta com outro”.

Face a estas discussões, entende-se que em Porto União - SC, um espaço que congrega estas características é a Estação Ferroviária, construída em 1905, foi um marco para a cidade, tanto de transformação social, política e econômica, pois fomentou o trânsito e circulação de diferentes pessoas e objetos, vindos de locais múltiplos e de diversas facetas culturais; como também, de fortalecimento cultural das pessoas da própria cidade, visto que esse contato com o outro fomentou o sentimento de pertença a elementos culturais tidos como locais, como festas, pratos típicos, entre outros. Noutras palavras, houve uma (re)elaboração da identidade da cidade, em que pontos comuns e coletivos foram frisados a fim de possibilitar o sentimento de pertencimento aos seus moradores, fossem residentes do espaço urbano ou rural.

Nos dias de hoje, a Estação não está mais em uso, todavia, ainda mantem a Maria-Fumaça, relógio, telegrafo e fotografias do período de auge das atividades ferroviárias, permitindo o acesso e visitação de turistas e estudantes, @s quais podem conhecer a história da cidade e, por vezes, dialogar com a história da sua família, afinal, avós ou parentes trabalharam nos diferentes ofícios que a Estação permitia, ou em casas de comércio, hotéis e locais próximos, guardando a memória e histórias individuais que dialogam com a coletiva. Portanto, acaba transcendendo do ‘local’ para um espaço ‘global’, em que conecta experiências, saberes e memórias.

Partindo das colocações de Rocha e Monastirsky (2008), entende-se que as relações entre global e local vão além da esfera acadêmica, sendo os fenômenos da escala global percebidos enquanto a padronização do espaço e a normatização das técnicas, já no âmbito local, é onde se desvela as diferenças sociais e desemprego. Diante disso, os autores esclarecem que a escala global fomenta as discussões de que há uma homogeneização do espaço, a qual é provocada pelos avanços das comunicações, tecnologias, informação, transporte e a noção de encurtamento das distâncias, o que gesta a ideia de uma cultura padronizada e de consumo, por eles definida como “aldeia global”.

Esse viés romanceado de que o mundo está ao alcance de todas as pessoas é equivocada, segundo informa os autores, afinal, há gritantes diferenças entre os países que propagam essa fantasia e aqueles mais emergentes, subdesenvolvidos ou não a altura dos mesmos. Neste sentido, ainda que o global busque se sobrepor ao local, é importante dizer que o lugar permite a inteligibilidade humana, inclusive, é por meio dele que os sujeitos adequam, traduzem e mesclam suas interpretações.

Frente a estas exposições, Rocha e Monastirsky (2008) discorrem que a dialética entre as escalas global e local oportuniza notar que há pontos de interação, intersecção e interdependentes, pois o lugar defronta e confronta a sua própria ordem. Logo, pensando mais especificadamente nas cidades, é perceptível que elas possuem seus traços de origem, os quais são preservados a partir do patrimônio cultural, cujo intento é conservar a memória, história e identidade local – ainda que tenha suas nuances econômicas associadas ao turismo, por exemplo. Relacionando estas informações, os autores elucidam que:

“Portanto, ao preservar o patrimônio cultural e valorizar a identidade, o lugar não só estabelece conexão com a dinâmica global através da atividade turística, mas, ao mesmo tempo, fortalece seus laços locais pelo fortalecimento da sua idiossincrasia como atitude contrária e complementar a ordem padronizadora da globalização. Enfim, a análise do processo dialético entre o global e o local através da associação entre a atividade turística e o patrimônio cultural permite visualizar as diversas interpretações do cotidiano em um movimento mundial tão dinâmico.” (ROCHA, MONASTIRSKY, 2008, p. 147)

Um ponto importante a se esclarecer neste momento, diz respeito a concepção de patrimônio cultural adotada pelos autores que, como bem Monastirsky (2009, p. 323) explica noutro artigo, não é aquela pensada até a metade do século XX, em que resumia-se às obras de arte, mas sim, o viés revisionista que congrega “as manifestações artísticas, mas também os hábitos, os usos e os costumes, as crenças, as formas de vida cotidiana da sociedade e a sua memória”, tanto erudita quanto popular.

Interessante lembrar, conforme expõe os autores Rocha e Monastirsky (2008), o fato de que o espaço é composto com lugares que contem e se valem de tempos e lógicas peculiares, articulado por singularidades que se conectam ao global. Essa relação pode ser entendida e percebida a partir da ideia de redes, ou seja, pontos espaciais que se interligam e caracterizam fluxos e que atravessam níveis locais e mundiais. Noutras palavras, as redes podem ser entendidas como um veículo dialético dos aspectos locais e globais, bem como, suas díspares repercussões. Isso só é possível se houver um lugar no mundo atual para revisitar e encontrar significados – que é o que a história faz, dá significado para as coisas. Tal práxis se efetiva por meio da interpretação que o patrimônio local lega ao contexto global.

Nesta perspectiva, o patrimônio cultural fortalece a ideia de pertencimento e apropriação social de um determinado lugar, sendo conceituado como tal ao levar-se em consideração os testemunhos de experiências vividas, sejam elas coletivas ou individuais, que fomentam o conhecer, lembrar, pertencer e partilhar de aspectos que perfilam uma dada cultura, sentido de grupo e identidade coletiva. Por isso, a identidade aqui é pensada como um sentimento de afinidade, pertencimento e/ou algo que conecta uma pessoa a um grupo e/ou espaço.

Pollak (1992), por sua vez, discute que identidade é construída a partir de três elementos essenciais: a unidade física, isto é, o sentimento de pertencimento; a continuidade dentro do tempo, seja ele moral ou psicológico; e o sentimento de coerência, que é aquele que integra um sujeito, logo, social. Portanto, a memória, segundo ele, seletiva, socialmente construída, em disputa e herdada, é um dos pontos que constitui esse sentimento à identidade, individual ou coletiva, e mais do que isso, “a identidade é um fenômeno que se produz em referência aos outros, em referência aos critérios de aceitabilidade, de admissibilidade, de credibilidade, e que se faz por meio da negociação direta com outro”, (POLLAK, 1992, p. 5) fomentando assim, que a identidade seja social e gestada por meio de elementos de pertença e da própria memória – em suas diferentes nuances.

A comunhão e diálogo destes elementos possibilita a elaboração e manutenção de uma memória social, a qual guarda fatos históricos ocorridos e é recordada por homens e mulheres que dialogam essa memória coletiva acerca do acontecimento, tornando-se assim, um mote de singularidade do grupo. Monastirsky (2009) salienta que os debates em torno do patrimônio e da memória tem se associado cada vez mais com a cultura naquilo que ele chama de indústria cultural ou mundialização da cultura. E isso se deve a fusão da velocidade que as sociedades tem experienciado nos últimos tempos, sobretudo, em virtude da globalização, a qual tem impactado tanto na constituição da identidade, seja ela individual quanto coletiva. No tocante a memória, pode-se ressaltar que a sua preservação, assim como a do patrimônio, se trata de uma tendência de países periféricos com algum atraso ou conflito, buscando reconstruir a história e manter vivo e vivido a sua identidade, antes de uma perda das referências e desvalorização dos caracteres culturais em detrimento do novo, do progresso e do atual. Conectando os conceitos e vieses até aqui elencados, concorda-se com os autores quando os mesmos explicam que:

“Verifica-se que o patrimônio cultural revela-se então um interlocutor entre o ser humano e a prática social, obtendo o status de lugares de memória pois é o resultado da construção histórica de uma sociedade que passa a ser mediador entre passado e presente, uma âncora capaz de dar uma sensação de continuidade em relação ao passado social em meio à turbulência da atualidade.” (ROCHA, MONASTIRSKY, 2008, p. 150)

Face a estas colocações, considera-se assim o patrimônio cultural enquanto importante para a sociedade, não só pelos seus significados para a história, memória e identidade, mas também pelo seu potencial ao turismo. Por fim, observa-se que ainda que a globalização tenha se tornando uma realidade histórica, geográfica, política e econômica, tornando assim, o tempo e espaço pluralizado e dinamizado, legou à sociedade também uma preocupação com a retomada de princípios e valores formadores de uma cultura local e de lugares de memória. Esse movimento foi acompanhado para que os autores nominam de redes, as quais privilegiam informações e aspectos que exaltem uma conexidade entre local e global.

Dialogando estas diretrizes com o Projeto, pode-se dizer que ao andar pela cidade, as crianças tiveram a oportunidade de perceber o que permaneceu dos patrimônios culturais, quais mudanças foram operacionalizadas e se estas foram grandes ou pequenas, bem como, sua influência na formação da consciência histórica de pessoas que não tiveram a oportunidade de acompanhar esse ‘olhar’ sobre o espaço. Além disso, antes da saída à campo, as turmas tiveram acesso a fotografias da cidade dos anos de 1920 a 1950, o que possibilitou notar mudanças e permanências não só ‘à sua época’, mas em momentos anteriores ao seu nascimento, sendo as praças públicas um ótimo exemplo de alterações no espaço. E, ainda que nessa era global haja uma preocupação com o turismo, entende-se que há pontos bem específicos que geram interesse e, algumas vezes, parte do patrimônio cultural acaba se perdendo pela ausência de interesse público. Pensar em questões ligadas ao Patrimônio é um ato de resistência, pois é necessária muita luta pela sua valorização e preservação e, para tal, o ensino e a formação de uma educação patrimonial tem sido uma estratégia de fortalecimento para que não se perca os fragmentos da nossa história, memória e identidade, cujos pedacinhos estão aí ao nosso redor, nas diferentes formas de se pensar, olhar e entender o espaço.


REFERÊNCIAS

Jessica Caroline de Oliveira, licenciada em História pela Universidade Estadual do Paraná, Pós-Graduada em História e Cultura Afro-brasileira pela Universidade Cândido Mendes, Pós-Graduada em História, Cultura e Arte pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde também obteve o título de Mestra em História, Cultura e Identidade, Doutoranda em História, Poder e Práticas Sociais pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná

CORRÊA, R. L. Espaço, um conceito-chave da geografia. In: CASTRO, I. E. et al (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

LOPES, A. O. Aula expositiva: superando o tradicional. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.) Técnicas de ensino: Por que não?. Campinas, SP: Papirus, 1991.

MONASTIRSKY, L. B.A. Espaço urbano: memória social e patrimônio cultural. Terr@Plural, Ponta Grossa, v. 3, n. 2, p. 323-334, jul/dez 2009.

PADDISON, R. Identificando a cidade. Handbook of Urban Studies. London: Sage Publication, 2001, p. 11-33.

POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992.
RÜSEN, J. História viva: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.




2 comentários:

  1. Olá, Jéssica!

    Parabéns pelo texto!

    Percebo que você tem uma aproximação bem grande com a área da geografia. Minha dúvida é se, nesse projeto realizado em Porto União, houve algum diálogo interdisciplinar com outro/a professor/a que seja desta área. O projeto foi desenvolvido pelo próprio núcleo educacional ou se tratou de projeto de extensão advindo de outra instituição?

    Diogo Matheus De Souza

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  2. Boa noite, Diogo. Agradeço pela leitura e pelo questionamento. Então, o projeto não contou com a participação de outrxs docentes e foi específico do núcleo educacional. Houve a atuação de uma professora convidada da Unespar, campus de União da Vitória, em duas atividades, o que possibilitou um diálogo com a instituição, mas nada oficial como um projeto de extensão (o que já ocorreu há alguns anos). Na verdade, ainda que houvesse interesses particulares de desenvolver um projeto dessa natureza, a atividade ganhou corpo a partir da pergunta de uma criança do 6º ano, no sentido de observar que tanto o Egito e os povos da região da Mesopotâmia se fixavam próximos a rios, quando que as pessoas começaram a vir para Porto União (a qual se localiza às margens do rio Iguaçu)? Espero ter atendido a sua pergunta. Abraços.

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