CINEMA
E CURTA-METRAGEM APLICADOS AO ENSINO EM CIÊNCIAS HUMANAS: REFLEXÕES A PARTIR DE
UM PROJETO DE EXTENSÃO INSCRITO NA UERJ
Reflexões iniciais
Este
trabalho procura valorizar e reconhecer a importância do filme e do
curta-metragem como recursos didáticos importantes na dinamização do trabalho
docente em sala de aula. A partir do projeto de extensão “Cinema,
curta-metragem e o ensino da Sociologia na Educação Básica”, inscrito na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desde fins de 2018, refletimos
sobre o papel dos recursos audiovisuais aplicados às diferentes disciplinas de
ciências humanas (História, Sociologia, Geografia e Filosofia).
O
objetivo do projeto consiste em reforçar o uso do cinema como recurso didático
tendo em vista que a força e a abrangência da linguagem imagética, seja ela de
qualquer natureza, é uma das principais características do mundo moderno. Dessa
maneira, visa-se a dinamização da sala de aula através da incorporação da
linguagem audiovisual como recurso propulsor de uma nova dinâmica de ensino e
aprendizagem, podendo envolver todas as disciplinas de humanidades.
Entende-se
que através da apresentação de filmes, vídeos e documentários, podemos
introduzir no cotidiano da vida escolar o debate sobre questões que podem ser
tratadas como tema e/ou problema da sociedade mais ampla. Com essa perspectiva,
pretendemos superar algumas ausências no cotidiano das escolas da rede pública,
de maneira a possibilitar um diálogo acadêmico entre a Universidade e a
Educação Básica.
Inicialmente,
é importante refletirmos sobre o papel do professor frente à prática docente,
ou seja, a produção de saberes profissionais relacionados ao magistério, e sua
ação no processo de ensino-aprendizagem. É mister argumentar sobre a relevância
do docente como mediador deste processo, e claro, não somente um mero
transmissor do conhecimento.
Uma
das características do professor está na solidão em que exerce sua atividade.
Esse tipo de sensação é muitas vezes abraçada pelo baixo reconhecimento social
da profissão, pela falta de estrutura das instituições escolares, baixos
salários, falta de políticas de educação continuada, e inúmeras outras dificuldades
que vivem nossos docentes.
Diante
dessa realidade, o projeto de extensão mencionado busca a interação entre universidade
e escolas básicas, percebendo-se como importante fator motivador para os
docentes envolvidos.
Cinema na sala de
aula
O
cinema não se constitui como um mero entretenimento, muito pelo contrário, tal
metodologia pode auxiliar o professor como uma importante ferramenta de suporte
em sua prática.
Observando-se,
por exemplo, as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de
Sociologia (BRASIL, 2006), no que também serve para pensar as demais
disciplinas de humanidades, há três recortes para o trabalho docente.
Inicialmente é trabalhar o “conceito” como elemento de conhecimento racional
que permite melhor explicar ou compreender a realidade. Assim, ter-se-ia, de
acordo com o documento, a vantagem de elevar o patamar de análise do estudante
com o discurso científico. Porém, o trato de conceitos pode dificultar a
compreensão do aluno e a dificuldade de se trazer determinadas concepções para
a realidade discente.
Em
segundo lugar, há a importância de se trabalhar com “temas”. Faz-se necessário
a adequação da realidade do aluno partindo de casos concretos. Como vantagem,
tem-se a familiarização dos estudantes com as disciplinas, permitindo despertar
neles o interesse pelo aprendizado, principalmente quando abordados temas da
atualidade. Como desvantagem, há a necessidade de o professor ter grande
capacidade analítica e amplo conhecimento sobre a realidade social.
Por
fim, o terceiro recorte está na “teoria” como modelos explicativos,
possibilitando ao estudante conhecer com profundidade as bases teóricas das
disciplinas. A desvantagem, contudo, está na necessidade de apresentar uma
síntese bem feita, e com linguagem adaptadas à realidade da educação básica,
para não cair no rebuscado discurso da academia. Para Moraes e Guimarães (2010),
na educação básica os conteúdos teóricos devem estabelecer relação mais direta
com as realidades próximas das experiências dos educandos. A sugestão dos
autores é que elas sejam associadas a recursos didáticos que sejam eficientes
para realizar essa abordagem junto aos discentes.
Assim,
o cinema e o curta-metragem como recursos didáticos têm o poder de despertar no
alunado aspectos importantes na busca pelo conhecimento de cada disciplina, auxiliando
o docente a trabalhar conceitos, temas e teorias de maneira articulada.
Para
Wright Mills (1982), os recursos audiovisuais podem ser usados para entender as
transformações pelas quais passa a sociedade, ou “uma qualidade de espírito que
lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de perceber, com
lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro
deles mesmo” (MILLS,1982, p.11). O filme, com isso, é um modo de compreender
comportamentos, visões de mundo, valores, identidades, percursos históricos,
espaços geográficos e ideologias de uma sociedade. É, antes de qualquer coisa,
uma construção sobre a realidade, isto é, não é reflexo do real, tampouco
traduz a verdade dos fatos (ENGERROFF, 2014). Cabe ao professor fazer essa
intermediação, entre o conteúdo relacionado à disciplina e o filme ou curta a
ser exibido.
Nos
tempos atuais, devemos nos questionar sobre os papéis das novas tecnologias da
informação dentro da sala de aula, afinal, lidamos com jovens discentes que
cresceram nesse ambiente digital. É a geração de “nativos digitais” (PRENSKY,2001),
pois nasceram na geração dos computadores, videogames e internet. Diante disso,
é importante que o próprio professor em sala de aula tenha consciência e saiba
trabalhar as inúmeras possibilidades que esse ciberespaço seja capaz de
proporcionar.
A
escola, por sua vez, deve buscar adaptar-se ao desenvolvimento dessas novas
tecnologias. O filme e o cinema não são novidades nos métodos de aprendizagem,
mas o seu estímulo, em um contexto marcado pelos novos aparatos tecnológicos e
pela cibercultura, é ótimo caminho para a compreensão dos fenômenos
sociológicos, históricos, filosóficos e geográficos.
Planejamento,
realização e o embasamento teórico
Para
a execução deste projeto de extensão, inicialmente fizemos contato com docentes
da rede estadual do Rio de Janeiro egressos do curso de Licenciatura em
Ciências Sociais da UERJ. Após essa aproximação, tivemos encontros com os licenciandos
da universidade com o objetivo de analisar o contexto social e geográfico de
diferentes escolas. Sabemos das opressões no cotidiano escolar, por isso foi
fundamental o debate para tentar entender o perfil do alunado que vamos
encontrar. Nos valemos de Michel Foucault, principalmente do conceito de
“corpos dóceis”, com a ideia de assimilar orientações sem oferecer resistência,
no caso os discentes de uma escola, associando as instituições escolares como
espaços opressivos. Muitos dos universitários não conheciam a realidade social
das escolas públicas do Rio de Janeiro, de modo que o debate trouxe algumas
aproximações e criou perspectivas e expectativas nos licenciandos.
Também
nos valemos do conceito de “habitus” de Pierre Bourdieu, como a marca que a
sociedade escreve no corpo, ligado às subjetividades do sujeito e também ao
indivíduo biológico. O pensador francês nos auxiliou nos debates, pois segundo
identificou, o habitus das crianças de classes sociais mais baixas não consiste
no mesmo que dos educadores que pertencem a uma classe social mais elevada. Nesse
sentido, refletimos sobre como encarar o desafio de passar uma produção
audiovisual para alunos que pouco tem contato com filmes ou cinema, ao mesmo
tempo que precisam muito desse trabalho.
Ademais,
Foucaut (1987), um grande crítico da instituição escolar, refletia sobre o
poder da disciplina naquele ambiente. Professor de História dos Sistemas de
Pensamento no Collège de France, o autor vê as sociedades modernas e suas
instituições (a escola, por exemplo) como disciplinares e hierárquicas, dotadas
de uma tecnologia política que visa tornar os corpos disciplinados (corpos
dóceis) e controlar o espaço, o tempo e as informações. De acordo com Foucault,
sociedades disciplinares estruturam modelos de controle social que articulam
diferentes técnicas de segregação, vigilância e monitoramento, as quais passam
a vida social por meio de uma cadeia hierárquica oriunda do poder central. O
debate com os universitários sobre o autor se debruçou em seus estudos sobre a
escola e as ideias pedagógicas na Idade Média (fruto das reflexões de
Foucault), identificando-as como instrumentos de controle e dominação que visam
suprimir ou conformar os comportamentos de diversos agentes. Portanto,
discutimos a escola como uma instituição dentro do contexto das sociedades
disciplinares.
No
livro “A reprodução” de Bourdieu e Passeron (1992) aponta-se que, em uma
sociedade de classes, as distinções não são apenas econômicas, mas também
culturais. As classes dominantes possuem determinadas características culturais
que se distinguem das classes trabalhadores pelos gostos, modo de se vestir e
de falar, entre outros aspectos. Para os autores, a escola seleciona os
conhecimentos e os valores das classes dominantes como os de maior valor,
freqüentemente menosprezando os elementos culturais das classes trabalhadoras e
auxiliando na reprodução das desigualdades sociais.
Apontamos
assim que a escola, reprodutora da cultura dominante, tende a contribuir para
reproduzir as estruturas das relações de poder e a função da educação então
passa a ser a reprodução das desigualdades sociais (ÁLVARES e PINHEIRO, 2014).
Ao
planejar o projeto, levamos em consideração aspectos importantes que devem ser
observados pelos professores. O fundamental é que o material a ser exibido
tenha uma relação com o conteúdo estudado ou a ser trabalhado. Contextualizar
de maneira bem clara é fundamental para atender aos propósitos pedagógicos. A
apresentação da sinopse do filme associado ao conteúdo a ser ministrado é uma
opção válida. Muitos docentes optam por passar filmes produzidos mais
recentemente, ou nacionais, ou até mesmos aqueles ligados diretamente à
indústria cultural. Nesse sentido, é importante refletir sobre o público que se
pretende alcançar. Um documentário, que pode parecer chato para os alunos em um
primeiro momento, pode trazer informações valiosas, e não pode ser desprezado.
Devemos
salientar que temos esbarrado em alguns obstáculos para a realização do projeto.
A falta de estrutura para passar o filme revela-se evidente em diversas
instituições com aparelhos obsoletos, problema com fios e dificuldades nos
contatos. Algumas escolas sequer têm aparelhagem audiovisual.
No
caso específico deste projeto de extensão, procuramos construir uma proposta
metodológica que dinamize a Licenciatura em Ciências Sociais através do uso de
filmes e vídeos. Também estimulamos uma maior integração entre a Universidade e
o Ensino Básico, como também visamos dinamizar e socializar a produção cultural
universitária, e finalmente inserir no cotidiano escolar o debate acadêmico por
meio de discussão de temas sob o ponto de vista das disciplinas de humanidades
e o instrumental do cinema, documentário, ficcional e curta-metragem.
Conclusão: Exemplo
de um recurso audiovisual utilizado
Um
filme usado em algumas aulas do ensino médio, e que serve tanto para aulas de
Sociologia quanto de História e Filosofia, consiste na produção alemã “A Onda”.
O filme trata da experiência realizada por um professor em sala de aula, e
propõe reflexões sobre a história do nazi-fascismo, o totalitarismo político, a
servidão voluntária, a dominação carismática e a disciplina das massas como
meio de manutenção de uma ordem política fundamentada na hierarquia e na
submissão.
Desnaturalizar
os processos políticos e vê-los como uma construção social e histórica, bem
como estranhar o comportamento dos indivíduos e da coletividade, são marcas dos
debates que geralmente acontece após a exibição de um filme como A Onda.
O
papel do professor é manter o nível de motivação do aluno através do diálogo
contínuo e da busca por novas estratégias de ensino-aprendizagem, evitando o
tédio pelos conteúdos disciplinares (PISCHETOLA, 2016). É nesse sentido que o
projeto, de caráter interdisciplinar, visa trazer o cinema para a sala de aula,
o que pode e deve estimular atividades semelhantes em todas as disciplinas do
campo das humanidades.
Referências
Walace
Ferreira é doutor em Sociologia pelo IESP/UERJ e Professor Adjunto de
Sociologia do CAp-UERJ. E-mail: walaceuerj@yahoo.com.br.
Rodrigo de Souza Pain é doutor em Ciências
Sociais, na área de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA-UFRRJ) e
Professor Adjunto de Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ).
ALVARES,
C.C.O.T.; PINHEIRO, A. Da escola e democracia de Demerval Salviani à educação
para a democracia de Vitor Paro: questões sobre a função da escola e da
educação da antiguidade até a contemporaneidade. Enciclopédia Biosfera. Centro Científico
Conhecer. Goiânia, 2004.
BRASIL. MEC.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas
Tecnologias. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brasília,
DF, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_03_internet.pdf
BOURDIEU,
P.; PASSERON, J.C. A reprodução. 3 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992.
ENGERROFF, A.M.B. et al. Estudo da
ferramenta cinema presente nos livros didáticos de Sociologia. Mosaico Social -
Revista do Curso de Ciências Sociais, UFSC, 2014.
FOUCAULT,
M. Vigiar e Punir. Petrópolis, Ed. Vozes, 1987.
MILLS, C. Wright. A imaginação sociológica, Rio de Janeiro,
Zahar, 1982.
MORAES,
Amaury César e GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca. Metodologia de Ensino de
Ciências Sociais: relendo as OCEM – Sociologia. Coleção explorando o Ensino.
Ministério da Educação, Brasília, 2010.
PISCHETOLA,
Magda. Inclusão digital e educação. Editora PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2016.
PRENSKY,
M. Digital natives, digital immigrants. On the Horizon, v.9, n.5, MCB University Press, 2001.
Caros Walace e Rodrigo, boa noite! Antes de tudo gostaria de parabenizar pelo texto e pela realização do projeto de extensão.
ResponderExcluirUm problema crescente que tenho notado é de pessoas em diversos níveis de escolaridade se baseando em “um vídeo”, “um documentário”, para formarem opiniões acerca de determinados assuntos. No relato de experiência apresentado vocês comentaram sobre debates, mas gostaria de saber se também há uso de materiais ou fontes diversas junto aos referidos debates para evitar esse vício de tomar narrativas fílmicas ou documentários como verdades absolutas.
Abraços,
Mariana Dias Antonio
Prezada Mariana, se quiser conhecer mais sobre este projeto e o outro que temos no CAp-UERJ que leva palestras, oficinas e rodas de conversa à colégios da rede estadual do Rio de Janeiro colocamo-nos à disposição. Se você for do Rio podemos até formar alguma parceria. Entre em contato comigo pelo e-mail walaceuerj@yahoo.com.br.
ExcluirAtt,
Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain.
Olá Mariana, obrigado pela pergunta.
ExcluirSim, ao passar os vídeos ou curtas temos em mente o conteúdo a ser ministrado. Existe o debate que antecede a exibição, e que leva em consideração o currículo proposto para aquele ano na instituição. Além disso buscamos ao máximo contexualizar o filme, como exemplos apontar o país que produziu, o ano, e os interesses por trás da mera produção. Também buscamos produções que atraiam o jovem estudante, para isso debatemos com os Licenciandos e buscamos ouvir o próprio alunado antes da exibição. Levamos também em consideração as indicações de filmes que os Livros Didáticos apontam, além de pesquisas que desenvolvemos na internet atrás de produções menos conhecidas. Por fim, deixamos claro aos discentes que é um filme, com interesses em jogo, e não deve ser levado como se fosse a verdade absoluta. Deve ser encarado como uma ferramenta auxiliar na prática docente, e com isso buscar o estímulo a curiosidade dos estudantes.
Rodrigo de Souza Pain e Walace Ferreira.
Olá Mariana, obrigado pela pergunta.
ResponderExcluirSim, ao passar os vídeos ou curtas temos em mente o conteúdo a ser ministrado. Existe o debate que antecede a exibição, e que leva em consideração o currículo proposto para aquele ano na instituição. Além disso buscamos ao máximo contexualizar o filme, como exemplos apontar o país que produziu, o ano, e os interesses por trás da mera produção. Também buscamos produções que atraiam o jovem estudante, para isso debatemos com os Licenciandos e buscamos ouvir o próprio alunado antes da exibição. Levamos também em consideração as indicações de filmes que os Livros Didáticos apontam, além de pesquisas que desenvolvemos na internet atrás de produções menos conhecidas. Por fim, deixamos claro aos discentes que é um filme, com interesses em jogo, e não deve ser levado como se fosse a verdade absoluta. Deve ser encarado como uma ferramenta auxiliar na prática docente, e com isso buscar o estímulo a curiosidade dos estudantes.
Rodrigo de Souza Pain e Walace Ferreira.
Muito legal o trabalho de vocês! Parabéns pelo projeto e obrigada!
ExcluirAbraços,
Mariana Dias Antonio
Walace e Rodrigo,
ResponderExcluirSou professora em pré-vestibular comunitário na Baixada Fluminense e licencianda em Ciências Sociais. Os alunos que participam desse pré-vestibular são estudantes de escolas estaduais, adultos e idosos que procuram suprir aulas que não tiveram na escola e/ ou ingressar na universidade em busca de uma inserção mais qualificada no mercado de trabalho. Embora tenham a intenção de ingressar na universidade, ainda não se enxergam como pertencentes a esse espaço. Vejo que a proposta de utilizar recursos audiovisuais para abordar temas, conceitos e teorias pode ser interessante para os alunos entenderem o porquê e como se sentem dessa forma em relação a universidade, como também para se apropriarem das práticas desse espaço. Gostaria de saber quais filmes, curtas-metragens, posso apresentar aos alunos, e de que forma, para que utilizem conceitos e teorias para lidarem com essa relação de não pertencimento com a universidade. E poderem construir alternativas para superar essa relação. Uma das minhas dificuldades é que os alunos escrevam sobre a utilização dos conceitos e teorias para abordarem sobre suas vivências, para além do debate na sala de aula.
Muito obrigada!
Bruna Navarone Santos
Bruna, o uso de recursos audiovisuais pode ajudar na apreensão do conteúdo devido a forma diferenciada na qual os temas são apresentados. Considero que o tema fica mais fácil de ser visualizado pelos estudantes com o uso desse recurso. Será papel do professor tentar, a partir de exemplos presentes no conteúdo apresentado, articular o tema com os conceitos e teorias, cumprindo com êxito a indicação das Orientações Curriculares Nacionais (OCNs). De fato não é fácil levar o estudante a articular essas três pilastras do conhecimento científico, mas cabe ao professor o esforço de simplificação sem perder a essência científica visando com que o estudante entenda de forma crítica sua realidade social. No caso da Sociologia no Ensino Médio, nossa área, os livros didáticos trazem vários filmes, curtas e documentários pertinentes às temáticas de cada capítulo. A série "Cidade dos Homens", por exemplo, é um bom caso para se debater temáticas vinculadas à realidade da população pobre moradora de comunidades e da periferia, assim como o documentário "Notícias de uma Guerra Particular" é profícuo para refletir sobe a violência urbana nas grandes cidades. O importante é que os alunos se identifiquem com o recurso escolhido. Daí a necessidade de uma escolha do audiovisual conforme a realidade na qual vamos trabalhar. Em breve faremos um levantamento desses recursos e o vincularemos aos diferentes temas das ciências sociais, de modo que os disponibilizaremos para licenciandos e professores da educação básica. Vamos mantendo contato para encontrar bons materiais para o seu interesse.
ExcluirAbraços,
Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain.
Parabéns pela iniciativa do projeto para trazer as práticas e reflexões acadêmicas para sala de aula! Vejo no pré-vestibular que muitos alunos sentem falta dessa relação entre o mundo acadêmico e as vivências deles.
ResponderExcluirBruna Navarone Santos
Bruna, devido o tempo das aulas não ser muito grande, na maioria dos casos os curta-metragens viabilizam o uso do audiovisual associado ao debate sobre a temática abordada. O uso de longas é melhor para algum trabalho feito em casa. Inclusive
Excluirpodemos pensar numa atividade conjunta. Podemos ir ao Pré-vestibular que você trabalha e realizar uma atividade ou tentar levar seus alunos à Uerj para uma atividade. O que acha? Me escreva para viabilizarmos isso (walaceuerj@yahoo.com.br).
Abraços,
Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain.
Parabéns pelo texto, essa temática é pertinente e válida, pois o uso de produções audiovisuais na sala de aula, além de proporcionar uma abordagem lúdica, enriquece o dialogo, contribui muito na aprendizagem.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário e pelo elogio, Judite.
ExcluirSim, precisamos de ações que estimulem a reflexão dos estudantes tendo em vista os mais variados materiais didáticos disponíveis, inclusive o filme, o curta e o documentário.
Abraços,
Walace Ferreira e Rodrigo de Souza Pain.