Wendell Presley Machado Cordovil


AS CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DO ENSINO BÁSICO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA RELAÇÃO COM A DISCIPLINA DE HISTÓRIA


O meio ambiente é um tema que ganha cada vez mais destaque nas discussões globais. A preocupação com a degradação ambiental aumenta juntamente com a maior visibilidade das problemáticas relações da humanidade com o meio. Para muitos, os sérios conflitos da humanidade com a natureza se acentuam no século XIX, com os processos históricos descritos como Revolução Industrial. Porém, ao longo de todo o desenvolvimento da espécie humana sua relação com a natureza pode ser observada. Mas as discussões globais sobre as problemáticas ambientais aumentam na década de 1960 (WORSTER, 1991).

Atualmente, no cenário brasileiro, a Lei 9.795/99 dispõe a Política Nacional de Educação Ambiental e estipula que em todos os níveis de ensino, formais e não formais, a Educação Ambiental deve estar presente. Os PCNs, ainda em 1997, também já definiam o meio ambiente como tema transversal.

Considerando importante entender quais compreensões sobre Educação Ambiental e meio ambiente os alunos do ensino básico, de escolas de Ananindeua (PA), possuem esse breve texto tem a pretensão de expor os resultados parciais da pesquisa “Questionário de Educação Ambiental aos estudantes das escolas de Ananindeua (PA)”. A pesquisa, coordenada pelo Prof. Dr. Wesley Oliveira Kettle, continua as investigações anteriores do projeto “História e Educação Ambiental nas escolas de Ananindeua (PA)”, que visou compreender como os professores de história desse município trabalhavam e compreendiam a questão ambiental. Agora as investigações pretendem analisar como os alunos de Ananindeua percebem o debate ambiental, o que entendem por Educação Ambiental, se para eles a disciplina de história é importante na discussão, entre outras indagações.

A pesquisa anterior e as pretensões atuais

A pesquisa da qual os resultados parciais aqui serão expostos se desencadeia da investigação realizada anteriormente, de 2016 a 2018. A pesquisa se intitulava “História e Educação Ambiental nas escolas de Ananindeua”, coordenada pelo Prof. Dr. Wesley Oliveira Kettle e financiada pela Universidade Federal do Pará. Anteriormente a investigação se atentara para, a partir de entrevistas, as compreensões dos professores de história do ensino básico de Ananindeua (PA) sobre natureza, Educação Ambiental, ensino de história e interdisciplinaridade. Além disso, o material didático utilizado por alguns professores entrevistados também foi analisado. A partir disso, a pesquisa tentou perceber de que maneira o material dos professores (livros, apostilas, provas) realizava a discussão ambiental e a Educação Ambiental. Para aprofundar mais a análise, algumas aulas ministradas pelos professores também foram observadas.

Nessa pesquisa foi possível concluir que os professores de história analisados pouco discutem sobre a temática ambiental. Além disso, a maioria dos professores disse que em sua formação não tiveram tanto contato com o que chamaram de “história e natureza”, por conta disso ainda encontram muita dificuldade em trabalhar a temática ambiental e realizar Educação Ambiental na disciplina de história. Comparando esses resultados com os da pesquisa de Marcelo Bizerril e Dóris Faria (2001) é de se notar que para os professores do ensino básico em geral a Educação Ambiental ainda é tida como um tema difícil de se efetivar.

A investigação também entendeu que são diferentes as formas de os professores da disciplina de história compreendem o que é natureza e o que é EA (CORDOVIL; VIDIGAL; KETTLE, 2018). Em um momento a natureza é descrita como os animais – sem considerar os humanos -, a água, solo, em outro é descrita como “nossa essência”. Já a Educação Ambiental em um momento é descrita como “uma questão de sobrevivência”, em outro aparece como uma educação que forma novos olhares sobre nosso meio.

Os professores também refletiram sobre suas próprias práticas e responderam como incorporam o debate ambiental na disciplina de história. Comentaram da dificuldade, mas disseram que em conteúdos como Egito Antigo, Mesopotâmia e Revolução Industrial a temática é mais propícia. Porém para compreender mais profundamente a Educação Ambiental desenvolvida na disciplina de história ainda se mostrou necessário a análise dos vários sujeitos que também compõem a construção do conhecimento: os alunos.

Desdobrando-se então para a pesquisa intitulada “Questionário de Educação Ambiental aos estudantes das escolas de Ananindeua” a investigação visa compreender agora os alunos. A partir da aplicação de um questionário contendo 10 perguntas, três discursivas e sete objetivas, pretendeu-se construir um panorama expondo as concepções dos alunos sobre EA e a discussão ambiental. Além disso, buscou-se perceber qual a visão dos alunos sobre o papel da disciplina de história dentro desses debates.

PARA MELHORAR DEVEMOS EDUCAR: A QUESTÃO AMBIENTAL NA HISTÓRIA, A HISTÓRIA E A QUESTÃO AMBIENTAL

Antes de apresentar os resultados da pesquisa se faz necessário apresentar um pequeno histórico da EA e da relação da disciplina de história com a temática ambiental. É preciso que compreendamos que as discussões sobre as problemáticas ambientais e a emergência de propostas visando melhores relações entre humanos e meio já de desenvolvem há bastante tempo, também na área da história.

Ao analisar a trajetória até o momento da criação da Educação Ambiental, ou seja, o primeiro aparecimento do termo, é de se notar que as preocupações que emergiam cada vez mais na década de 1950 tiveram grande efeito na ampliação dos debates políticos em âmbito global. Junto com o surgimento de novas tecnologias na década de 50 e 60 do século XX apareciam também preocupações mundiais sobre os efeitos da ação humana no planeta.

Um caso que impulsionou a necessidade de debates em âmbitos globais sobre a questão ambiental foi o que iniciou no Japão de 1956 (HERCULANO, 1992). Esse caso, conhecido como ‘Desastre de Minamata’, ocorreu em Minamata, cidade da província de Kumamoto. Em 21 de Abril de 1956 uma criança dava entrada no hospital da região apresentando diversos problemas de disfunção nervosa (O GLOBO, 2016). A criança havia sido contaminada pelo consumo de peixes da baía da região que ingeriram mercúrio. Esse mercúrio era despejado por uma empresa produtora de químicos, a Chisso Corporation. Essa Corporação se instalara na região em 1908 e começara sua produção de acetaldeido em 1932 (MINAMATA DISEASE MUSEUM, 2016). A criança de cinco anos foi o primeiro de muitos diagnosticados com ‘a doença de Minamata’.

Até os dias atuais a memória desse desastre ainda é muito presente, um exemplo disso é a Convenção de Minamata sobre Mercúrio que entrou em vigo em 2017. O documento é um tratado global com o intuito de diminuir as emissões de mercúrio e define em seu Artigo 1º que “O objetivo desta Convenção é proteger a saúde humana e o meio ambiente das emissões e liberações antropogênicas de mercúrio e de compostos de mercúrio” (UNITED NATION, 2017, p. 7).

Esse desastre ajudou a reforçar o pedido da Suíça, de 1969, por uma Conferência Internacional organizada pela ONU com a pretensão de discutir a questão ambiental (HERCULANO, 1992). A Conferência então foi marcada para o ano de 1972, em Estocolmo.

Dentro desse momento histórico várias regiões do globo discutiam sobre a relação da humanidade com a natureza. Na Inglaterra no ano de 1965 ocorre na Universidade de Keele a Conferência de Educação. Nessa surge pela primeira vez o termo “Educação Ambiental” (RAMOS; FELLINI, 2008). Com o surgimento do termo se torna nítido o caminho o qual se entende ser o possível para construir uma melhor relação da humanidade de todo o planeta com o meio ambiente: a educação.

O termo Educação Ambiental ganha proporções globais na Primeira Conferência Mundial de Meio Ambiente, que ocorreu em Estocolmo em 1972. Ao fim da Conferência um documento foi redigido. No documento fica claro a preocupação com os avanços tecnológicos e do poder que “o homem adquiriu [...] de transformar, de inúmeras maneiras e em uma escala sem precedentes, tudo que o cerca” (DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, 1972, p.1). O documento também define 26 princípios que visam a preservação e conservação do bem estar humano e ambiental. O último princípio do documento deixa claro que naquele momento histórico a humanidade se preocupara como nunca antes com os efeitos destrutivos da ação humana no planeta. Um dos motivos para isso se apresentou com todas as letras no Princípio que fechava o documento:

“Princípio 26: É preciso livrar o homem e seu meio ambiente dos efeitos das armas nucleares e de todos os demais meios de destruição em massa. Os Estados devem-se esforçar para chegar logo a um acordo – nos órgãos internacionais pertinentes - sobre a eliminação e a destruição completa de tais armas” (DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, 1972, p.7).

No documento produzido em Estocolmo ainda não apresenta o termo “Educação Ambiental” como o caminho para um bom relacionamento entre animais humanos e a natureza, isso se dá possivelmente por conta de as definições e diretrizes da EA serem apresentadas apenas em 1975, em Belgrado. O evento conhecido como Encontro de Belgrado, promovido pela UNESCO, foi uma reunião que visou discutir uma estrutura global para a Educação Ambiental (RAMOS; FELLINE, 2008). Ao fim desse encontro um documento dando as diretrizes, metas e métodos para realizar a Educação Ambiental são produzidos. O documento conhecido como “Carta de Belgrado” pode ser visto como a base para a realização da Educação Ambiental, servindo até mesmo como direcionamento para legislações como a Lei brasileira de número 9.795/99.

Nas décadas de 1960 e 1970 também é o momento histórico em que a sociedade em geral começa a se interessar e adentrar na discussão sobre as problemáticas ambientais. A sociedade civil organizada exerceu uma pressão cada vez maior no campo político, com isso ajudando a provocar as reuniões internacionais citadas anteriormente. Nesse período, um marco para o lançamento do que ficaria conhecido como o movimento ambientalista foi a publicação do livro da bióloga Rachel Carson, “Silent Spring” de 1962.

O mundo acadêmico também não ficou à parte das preocupações da relação da humanidade com a natureza. É na década de 1970 que subáreas que estudam mais profundamente a questão do meio ambiente se formam em diversas áreas como direito, filosofia, engenharia, sociologia e história. No caso da história, forma-se a chamada história ambiental (WORSTER, 1991).

A disciplina histórica nesse momento encontrava-se em movimento de afastamento das concepções iniciais da disciplina de que apenas os “grandes homens” eram os responsáveis por fazer a história se mover, ou que a disciplina era apenas para reafirmar o poder dos Estados Nacionais. “Os estudiosos começaram a desenterrar camadas longamente submersas, as vidas e os pensamentos das pessoas comuns, e tentaram reconceituar a história ‘de baixo para cima’” (WORSTER, 1991, p. 1).

Os historiadores ambientais surgem para aprofundar, segundo Worster, mais ainda as pretensões de aprofundar os estudos históricos. Esses pesquisadores rejeitam a ideia de que o desenvolvimento humano se deu sem restrições naturais, sem barreiras ambientais, mas tenta enfatizar o meio ambiente e a natureza como mais uma força presente na construção dos processos (WORSTER, 1991). Interessante apontar que segundo José Augusto Pádua (2010) o primeiro curso universitário de maior destaque que possuía o título de “História Ambiental” foi ministrado por Roderick Nash, na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara no ano de 1972.

OS ALUNOS DE ANANINDEUA E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Com os apontamentos anteriores é inegável que a discussão ambiental já está em questão, tanto globalmente quanto na área da história, há bastante tempo. Os resultados que serão expostos aqui foram recolhidos com a investigação “Questionário de Educação Ambiental aos estudantes das escolas de Ananindeua”. Os questionários foram aplicados para turmas de sexto ao nono ano do município de Ananindeua, no Estado do Pará.

As perguntas presentes no questionário foram: 1- O que você entende como Educação Ambiental? (Discursiva); 2- Algum professor ou professora de alguma disciplina já falou sobre Educação Ambiental?Qual disciplina? (Objetiva. Opções: sim indicando a(s) disciplina(s), não ou não sei); 3- Você acha importante discutir o meio ambiente nas disciplinas que você estuda na escola? (Objetiva de sim ou não); 4- O que você entende como meio ambiente? (Discursiva); 5- Qual/Quais disciplinas você reconhece como responsável pela discussão do meio ambiente? (Discursiva); 6 - No material didático de história (livros, apostilas, provas, etc.) o meio ambiente é discutido? (Objetiva de sim, não ou não sei); 7- Nas aulas de história o professor ou professora discute sobre o meio ambiente? (Objetiva de sim, não ou não sei); 8- Os professores de outras disciplinas realizam projetos junto com o(a) professor(a) de história? (Objetiva de sim ou não); 9- É importante debater meio ambiente na aula de história? (Objetiva de sim ou não); 10- Você acredita ser um agente importante contra as problemáticas ambientais? (Objetiva de sim ou não).


Fig.1: Gráfico 1 - Compreensão dos alunos de Ananindeua-PA sobre Educação Ambiental. Wendell Cordovil, 2019.

No gráfico acima é possível observar as respostas que os alunos escreveram quando questionados sobre o que entendiam como Educação Ambiental. Mais de 60% dos alunos efetivamente demonstrou ter alguma definição sobre o que seja Educação Ambiental. Mais de 30% responderam que não sabem. Entre esses, os escritos variam entre “Nada”, “Não sei” além dos alunos que apenas deixaram o questionamento em branco.

Uma porcentagem de 21,27% dos alunos mostrou que ligam a ideia de EA com a questão de jogar lixo no local adequado e deixar os lugares limpos. Em um dos questionários o aluno escreveu “Aprender a cuidar do meio ambiente para vivermos em um lugar limpo”, em outro o aluno defende que é o ensino em que os professores devem cobrar as pessoas para que o mundo fique limpo. Essa visão pode estar ao fato de grande parte das propostas sobre Educação Ambiental nas escolas estarem ligadas à questão da coleta seletiva, juntamente com essa proposta a construção de hortas. Já 12,08% dos alunos escreveram que Educação Ambiental é estudar, ou ter consciência, sobre o meio ambiente. Os que definiram dessa forma não se aprofundaram para explicar o que seria ter consciência sobre o meio ambiente.

7,69% dos alunos entendem como Educação Ambiente a educação para “Aprender a respeitar”. Nesse momento aparecem comentários que não especificam ao que se deve aprender a respeitar, mas um afirma que o que as pessoas ensinam é que Educação Ambiental é respeitar os professores e os mais velhos. Quando o aluno informa que “pessoas” dizem que isso é EA podemos perceber que sua noção sobre esse termo parece foi adquirida fora do espaço escolar. Aqui é necessário perceber que os alunos também constroem suas noções sobre Educação Ambiental em outros espaços. Os números também mostram que 5,49% dos alunos pesquisados definem EA como “Algo legal de estudar”, “TUDO” e “Uma educação boa para crianças”.

O segundo questionamento que os alunos deveriam responder indagava se algum professor de alguma disciplina já havia falado sobre Educação Ambiental. Em caso positivo o aluno deveria indicar em qual(quais) disciplina(s). Os resultados mostram que 57% dos alunos dizem que sim, professores já falaram sobre Educação Ambiental. Em contra partida, 21% dizem que não, nenhum professor nunca falou sobre Educação Ambiental, e 22% dizem que não sabem.

Dos 57% dos alunos que disseram que algum professor de alguma disciplina já falou sobre Educação Ambiental, 88,46% (46 alunos) indicaram em qual disciplina o tema foi apresentado. O gráfico a seguir mostra quais disciplinas os alunos disseram que o(a) professor(a) falou sobre Educação Ambiental. A porcentagem apresentada considera os alunos que responderam “sim” e comentaram a disciplina.


Fig. 2: Gráfico 2 - As disciplinas que falaram sobre EA na visão dos alunos. Wendell Cordovil, 2019.

Primeiramente no gráfico é de se notar que apenas 2,17% (que representa apenas 1 aluno) escreveu que foi falado sobre Educação Ambiental na disciplina de história. É apontado por Marcelo Bizerril e Dóris Faria (BIZERRIL; FARIA, 2007) que temas ligados à Educação Ambiental parecem estar intimamente ligados às disciplinas de Ciências e Geografia.  A partir desses resultados é de se perceber que as disciplinas mais apontadas pelos alunos de Ananindeua como as que falaram sobre Educação Ambiental condizem com as disciplinas apontadas por Marcelo Bizerril e Dóris Faria. Após Ciências (C.F.B.) e Geografia a disciplina mais apontada é Artes, seguida de Estudos Amazônicos – está é citada 2 vezes sozinha e mais 3 vezes junta de outra disciplina – e Português.

Quando questionados se a discussão sobre o meio ambiente deve estar na presente nas aulas de história, os alunos mostram ir contra a ideia de que a discussão ambiental é exclusiva de Ciências ou Geografia. Mais de 69% dos alunos disse que é importante debater o meio ambiente na disciplina de história. Além disso, mais de 64% dos alunos se consideram agentes importantes para solucionar as problemáticas ambientais. A pesquisa de Marcelo Bizerril e Dóris Faria expôs que alguns professores acreditam que os alunos não se importam com a discussão ambiental e que “A maioria concorda que seus alunos ainda não apresentam condições de debater as questões ambientais locais e propor e participar das soluções, conforme seriam os objetivos primordiais da educação ambiental” (BIZERRIL; FARIA, 2007, p. 58). No entanto, a partir das respostas desses alunos é possível compreender que eles acreditam ser capazes de tomar atitudes contra as problemáticas ambientais, mas precisam desenvolver Conhecimentos, Atitudes e Aptidões.


Fig. 3: Gráfico 3 - Compreensão dos alunos sobre o que é meio ambiente. Wendell Cordovil, 2019.

Pelos questionários, 47% dos alunos entendem por meio ambiente o lugar onde vivemos, 33% compreendem que meio ambiente são os locais de floresta, mata, natureza, e 20% compreendem que o meio ambiente é tanto onde vivemos quanto os locais afastados de florestas e matas, chegando a classificar o meio ambiente como “O Mundo” ou “Tudo”. Quando indagados sobre quais disciplinas são as mais responsáveis pelo debate sobre o meio ambiente a história aparece em terceiro lugar, atrás apenas de C.F.B. e Geografia.

No geral os alunos se mostram confiantes de que são agentes importantes contra as problemáticas ambientais e compreendem a importância da discussão. Além disso, mostram que acreditam na de história como uma das responsáveis pela discussão ambiental. Os resultados obtidos até o momento já mostram que o caminho para a discussão ambiental nas aulas de história é fértil. Os alunos mostraram-se confiantes que essa disciplina também possui responsabilidade no debate, além de se afirmarem como sujeitos ativos frente às problemáticas ambientais.

Referências:

Wendell Presley Machado Cordovil é graduando de Licenciatura em História pela Universidade Federal do Pará. Bolsista PIBIC do Projeto “Questionário de Educação Ambiental aos estudantes das escolas de Ananindeua”, financiado pela UFPA com orientação do Prof. Dr. Wesley Oliveira Kettle.

BIZERRIL, Marcelo XA; FARIA, Dóris S. Percepção de professores sobre a educação ambiental no ensino fundamental. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 82, n. 200-01-02, 2007.

CORDOVIL,Wendell P. Machado; VIDIGAL, Victória Murakami ; KETTLE, Wesley Oliveira. Professores de Ananindeua e a educação ambiental em suas aulas de História. In: Francivaldo Alves Nunes; Wesley Oliveira Kettle. (Org.). Desafios do Ensino de História e prática docente. 1ed. Minas Gerais: VirtualBooks, 2018, v. 1, p. 122-128.

DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO. 1972. Disponível em: https://www.apambiente.pt/_zdata/Politicas/DesenvolvimentoSustentavel/1972_Declaracao_Estocolmo.pdf Acesso em: 06/03/2019.

MINAMATA DISEASE MUSEUM. 2016. Disponível em: https://www.minamatadiseasemuseum.net Acesso em: 06/03/2019.

O GLOBO. Desastre de Minamata, crime ecológico que deixou marcas por décadas no Japão. 2016. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/desastre-de-minamata-crime-ecologico-que-deixou-marcas-por-decadas-no-japao-10102255  Acesso em 06/03/2019.

PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da história ambiental. Estud. av. 2010, vol.24, n.68, pp.81-97.

RAMOS, Elisabeth Christmann; FELLINI, Cristiane. A formação do educador e a educação ambiental no curso de pedagogia. In: VIII Congresso Nacional de Educação - EDUCERE, 2008, Curitiba. VIII Congresso Nacional de Educação – Educere FORMAÇÃO DE PROFESSORES. curitiba: Editora Champagnat, p. 358-367, 2008.

UNESCO/PNUA. Carta de Belgrado. Belgrado. 1975. 3 p. Disponível em:

UNITED NATION. Convenção de Minamata sobre Mercúrio. 2017. Disponível em:

WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 4, n. 8. 1991, p. 198·215.



8 comentários:

  1. Olá, Boa noite.

    Desejo parabenizá-lo pela pesquisa e pelo trabalho produzido para este evento. Percebe-se que és um integrante dos Ananins.
    Meu questionamento gira em torno de que até ponto a educação ambiental pode contribuir para a construção da História regional e local?

    Athos Matheus da Silva Guimarães

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    1. Olá Athos.

      A pretensão da Educação Ambiental não está na construção de uma historiografia regional ou local, porém esses dois "campos" da historiografia podem ajudar no desenvolvimento da EA na sala de aula.

      Ao utilizar a historiografia regional e local é possível estudar a relação histórica dos animais humanos, não humanos, os demais elementos biofísicos e os não vivos, que se desenvolveu em um território geográfico mais próximo aos alunos. Dessa forma é possível partir do local para o regional, do regional para o nacional e do nacional para o global nas discussões sobre problemáticas e, talvez o que mais precise de ênfase,soluções ambientais para o tempo presente.

      No entanto, caso esteja se referindo à questão de dar maior importância ao meio ambiente nos processos históricos locais e regionais, uma perspectiva para se analisar os documentos, e a bibliografia já existente, é a da História Ambiental. Com essa noção é possível se atentar para a presença de elementos não humanos, que poderia passar despercebida aos olhos de um historiador menos atento.
      A História Ambiental enriquece a análise histórica e possibilita reflexões para o campo da Educação Ambiental, sobre problemas e soluções da atualidade.

      Wendell Presley Machado Cordovil.

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  2. Uma boa sugestão também é trabalhar a História ambiental dentro das escolas, utilizando o próprio espaço escolar, ou praças, canteiros, enfim, as áreas verdes da cidade. Através disso, pode-se trabalhar o contexto histórico do local e também ambiental. Para isso, a ajuda do (a) professor (a) de Biologia pode ser de grande valia. Ademais, parabéns pelo texto.

    Abraços, Edivaldo Rafael de Souza.

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    1. Obrigado pela contribuição Edivaldo Rafael de Souza.


      Wendell Presley Machado Cordovil.

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  3. Olá Wendell Cordovil.
    Muito interessante conhecer melhor sua pesquisa e o projeto do qual você é parte. Gostaria de saber se dentro desse projeto existe uma proposta de socialização de metodologias para o ensino da História e a Educação Ambiental que possa ser usada pelos professores da educação básica?
    Att. Ligia Mara Barros Ribeiro

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    1. Olá professora Ligia,

      Até o momento já realizamos oficinas, no entanto tenho a pretensão de construir um ambiente virtual, possivelmente um fórum online, com a pretensão de divulgar planos de aula, projetos interdisciplinares, entre outras coisas voltadas para a Educação Ambiental e História Ambiental no ensino da disciplina.

      O ambiente virtual teria a pretensão de construir diálogos entre professores de todo o Brasil, tanto do ensino básico quanto superior, para compartilhar projetos, propostas e práticas,dessa forma ajudando na construção das metodologias dos professores de história do Brasil todo. O Fórum se tornaria um banco de dados montado com a contribuição dos participantes interessados.


      Wendell Presley Machado Cordovil.

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