A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO AMOR:
APONTAMENTOS SOBRE O CASAMENTO E SUA REPRESENTAÇÃO LITERÁRIA
A estreita relação estabelecida
entre amor e casamento em cerimônias de reconhecimento de vínculos conjugais é
fruto de processos culturais que têm solidificado e, concomitantemente,
transformado o matrimônio como um dos rituais mais importantes no convívio
social. A associação do casamento ao sentimento amoroso consta, no texto
bíblico na Carta aos Efésios (Ef 5, 28),
como recomendação aos maridos, que “devem amar suas esposas como a seus
próprios corpos” (CARTA..., 2014, p. 1431). A retomada do princípio do
matrimônio como a união de “duas carnes em uma só”, contudo, guarda um sentido
contratual, em que estão intrínsecas relações de gênero, como também é apontado
na Carta aos Efésios (Ef 5, 22-23): “As
mulheres sejam submissas a seus maridos como ao Senhor, pois o homem é a cabeça
da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, ele que é o salvador do
Corpo” (CARTA…, 2014, p. 1431).
A renúncia da individualidade
requerida pelo casamento é tematizada, com boa dose de sarcasmo, no ‘Dicionário
do diabo’, de Ambrose Bierce. Nele, a definição de “amor” faz referência a uma
“demência temporária, que se cura com o casamento” (BIERCE,
2006, p. 9). Entre o verbete “diabólico” e os
versículos bíblicos, desenha-se a polêmica cultural acerca do casamento,
que remonta à sua constituição, no Ocidente, enquanto instituição, ou seja,
“uma construção social que engloba o conjunto dos efeitos produzidos nos
corpos, nos comportamentos e nas relações sociais” (ARAÚJO, 2002, on-line).
Ao traçar um histórico a respeito do matrimônio,
Maria de Fátima Araujo (2002, on-line) ressalta dois fatores em sua origem: “a
necessidade de reciprocidade imposta pela divisão sexual do trabalho” e as
relações econômicas e políticas que subjaziam ao enlace especialmente de
integrantes da elite. Sobretudo essa última característica levou à dissociação
entre amor e casamento já na Idade Média. Segundo JacquesLe Goff (1995), antes
da emergência do conceito de “amor cortês”, para cuja consolidação contribuiu a
literatura do Trovadorismo, o primor do sentimento entre dois seres humanos –
chamado, na Antiguidade, de “amor nobre” – parecia limitar-se à amizade, que
pressupunha lealdade e honra, entre dois homens. Assim, somente na Idade Média,
o amor assume uma configuração mais próxima da moderna, referindo-se
especialmente ao relacionamento entre homem e mulher e oferecendo-se como
contraponto ao casamento.
Nesse contexto, a
condessa Maria de Champagne constata a inviabilidade de o amor cortês –
espiritual e inefável – desenvolver-se dentro do matrimônio:
“o amor não se pode desenvolver entre dois casados;
porque os amantes dão-se reciprocamente tudo, de graça, sem o menor
constrangimento; ao passo que os casados se obrigam a mútua obediência, por
dever, e não se podem recusar cousa nenhuma” (LAPA, 1966, p. 13).
Como consequência desse pressuposto, as cantigas
medievais – principalmente as produzidas na região francesa de Provença –
associavam o amor cortês a situações de adultério, em que a “mesura”, ou seja,
o segredo em relação à identidade da amada, derivava tanto do jogo de
fingimento poético quanto da necessidade de não expor publicamente senhoras
casadas (LAPA, 1966).
A tendência antimatrimonial das cantigas
trovadorescas sustentava-se, pois, de acordo com Lapa (1966), na concepção de
que o casamento representava um negócio entre um homem e uma mulher –
implicando obrigações para ambas as partes –, o qual, por seu caráter terreno,
era considerado profano. Segundo Lapa (1966), o amor ideal, para o homem
medievo, era “uma fonte inesgotável de educação moral e a condição
indispensável para se atingir o sumo bem e a suma beleza” (LAPA, 1996, p. 21),
o que, de fato, não coincidia com o sentimento existente entre marido e esposa.
Faltava a este a beleza e a liberdade, essenciais entre amantes.
A disseminação da ideologia burguesa de valorização
da individualidade e do conceito de amor romântico provocou alterações
significativas no casamento, mas que pouco incidiram sobre seu caráter
regulador - e, por vezes, repressor - da sensibilidade e da sexualidade.
Consequentemente, no campo da literatura brasileira, por exemplo, a crítica às
relações pecuniárias e à aridez das relações íntimas no casamento podem ser
identificadas no Romantismo, como em ‘Senhora’, de José de Alencar; no
Realismo, como em ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, de Machado de Assis; no
Modernismo, como em ‘Amar, verbo intransitivo’, de Mario de Andrade, e ‘Olhai
os lírios do campo’, de Erico Verissimo; e na Literatura Contemporânea, como em
‘Leite derramado’, de Chico Buarque. No universo representado, a ruptura da
submissão feminina, mesmo em suas formas mais discretas ou mesmo apenas
intuídas pelo marido, resulta no assassinato físico e/ou social da esposa, como
demonstram o exílio de Capitu, em ‘Dom Casmurro’, de Machado de Assis; o
suicídio de Madalena, em ‘São Bernardo’, de Graciliano Ramos; e a tortura da
mulher no conto ‘Humano’, de Altair Martins.
Não surpreende, portanto, que uma das causas
feministas do século XX, ao lado do direito ao voto e à igualdade
salarial, estivesse ligada à possibilidade de dissolver casamentos opressores.
Essa reivindicação atinge a esfera legal, no Brasil, somente na década de 1970,
quando, apesar da forte resistência da Igreja Católica Romana, o então
presidente Ernesto Geisel aprovou a “A separação judicial, a dissolução do
casamento, ou a cessação de seus efeitos civis” (BRASIL, 1977, s/p). Em termos
práticos, a separação judicial significa
“a dissolução legal da sociedade conjugal, ou seja,
a separação legal do marido e da mulher, desobrigando as partes de certos
compromissos, como o dever de vida em comum ou coabitação, mas não permitindo
direito de novo casamento civil, religioso e/ou outras cláusulas e acordo com a
legislação de cada país” (IBGE, 1986, p. XVI).
O divórcio, por sua vez, é descrito, em 1986, como
“[...] a dissolução do casamento, ou seja, a separação do marido e da mulher
conferindo às partes o direito de novo casamento civil, religioso e/ou outras
cláusulas de acordo com a legislação de cada país” (IBGE, 1986, p. XVII).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE - passou a divulgar esses dados, juntamente com as informações
matrimoniais, a partir de 1984. No primeiro registro, foram indicadas 63.698
separações e 31.635 divórcios (IBGE, 1986).
Nesse contexto de relativa dessacralização do
casamento e de reafirmação do amor - fomentada por Woodstock e pelo movimento
hippie -, a Música Popular Brasileira - MPB - passa a se inserir no circuito de
reflexão acerca das relações conjugais. Especialmente na produção de Chico
Buarque abundam esposas incompreendidas ou violentadas, que apresentam o
matrimônio como o algoz da felicidade feminina.
Um exemplo significativo das discussões referentes
às relações intersubjetivas no casamento é “A história de Lily Braun” (ANEXO
1), composição de Chico Buarque, lançada em 1982.O título prenuncia a narração
da trajetória da voz poética, que se identifica com uma mulher cujos propósitos
se bifurcam entre a concretização de um romantismo ingênuo e o desejo de relevo
social – aspiração de ser “star”.
O primeiro é evidenciado, desde os versos iniciais,
pelas palavras “romance” e “homem dos meus sonhos” e pela reação da voz lírica
ao receber rosas e poemas: ela assume uma postura de “gema desmilinguida”, isto
é, suas intenções tornam-se difusas e suas atitudes, inconsistentes. A analogia
com uma gema pode, ainda, ser explorada por sua relação com a culinária. Ao
mesmo tempo em que remete à cozinha, que constitui, por excelência, o lugar da
mulher segundo o senso comum, prenuncia o ato sexualentrevisto na estrofe
posterior – “Disse que meu corpo/ Era só dele aquela noite” (BUARQUE, 1982,
on-line).
Quanto a essa relação, cabe diferenciar alimento e
comida: aquele
“é como uma grande moldura; mas a comida é o
quadro, aquilo que foi valorizado e escolhido dentre os alimentos; aquilo que
deve ser visto e saboreado com os olhos e depois com a boca, o nariz, a boa
companhia e, finalmente, a barriga...” (DAMATTA, 1986, p. 55).
Assim, o rapaz, segundo a voz lírica, deixa de ser
mais um que aparecera no dancing a partir do momento em que ele dirige à moça
um olhar com forte denotação sexual – como revelado pelas ações “chupar” e
“comer” atribuídas aos olhos –, interpretado por ela, entretanto, como intensa
admiração.
Nesse ponto, desvela-se a vontade da voz lírica de
ser socialmente visada, revelada sobremaneira pelas numerosas referências ao
universo artístico: “cinema”, “zoom”, “fotografia”, “cheese”, “close”, “foco de
luz”, “show”, “turnê”, “star‟. A grande reprodução de palavras em língua
inglesa – a maioria, no final do verso – enfatiza o glamour por que anseia a
voz lírica, que parece protagonizar uma cena de cinema ao entregar-se ao amado
e ao optar, no “derradeiro show”, por seguir com ele.
No entanto, aquilo que significara para a voz
lírica o início de uma grande trama amorosa, para o homem significava o ponto
de chegada, o êxito de um intento. A parte inicial da primeira, quarta e sétima
estrofes – “Como” – e da terceira e sexta estrofes – “E voltou” – permite que a
produção seja decomposta em três partes, que guardam também uma unidade
semântica: nas três primeiras estrofes, o rapaz escolhe o alvo da conquista e
tem seu primeiro contato – pelo olhar e, após, pela fala –; na quarta, quinta e
sexta estrofes, ele logra o encontro físico entre ambos e, nas duas últimas
estrofes, com a posse da mulher desejada, finda-se o jogo de sedução. Dessa
maneira, após o casamento – “Me beijou no altar” –, a mulher deixa de ser
inatingível ou mesmo superior – “star” –, o que acaba por banir as atitudes
românticas e/ou sedutoras do homem, as quais vinham expressas, sobretudo, nas
estrofes iniciadas por “E voltou” – inexistente na parte final da composição.
O desejo insatisfeito, tanto emocional quanto
fisicamente, leva a um tom de lamento nas estrofes finais, já previsto pelo
adjetivo “derradeiro”, na sexta estrofe. Ao contrário das outras ocorrências,
em que engendra uma analogia, a palavra “como”, que introduz a penúltima
estrofe, impetra uma indagação reveladora da incompatibilidade entre o enlace
matrimonial e o amor intenso experenciado anteriormente. A inexistência do jogo
de sedução pressupõe a monotonia, que se reflete na coincidência da métrica dos
versos das duas últimas estrofes – predominando as redondilhas menores – e no
paralelismo anafórico:
[...]
“Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz” (BUARQUE, 1982, on-line).
Embora as duas primeiras ações dos versos acima
tenham por objeto as rosas e as fotos, o pronome “me” evidencia que elas recaem
principalmente sobre a voz lírica, que passa a ter negados todos os símbolos do
romantismo e do glamour a que aspirava. A ênfase na expressão “nunca mais”
endossa a dramaticidade da enunciação poética, referindo-se à indissolubilidade
da escolha que requereu a abdicação da felicidade.
Estabelecendo-se uma relação entre o texto e seu
contexto de origem – ela foi produzida para o balé “O grande circo místico” –,
tem-se uma congruência entre a expressão do eu-lírico e a trajetória da
personagem Lily na peça, uma vez que a jovem artista entedia-se após o
casamento com Oto, que, com o passar do tempo, torna-se prepotente. Contudo, o
nome presente no título permite também uma ponte com uma personalidade
homônima, filha do general prussiano Hans von Kretschmann. Sugestivamente, Lily
– casada com o professor de filosofia Georg von Gizycki, e, após a morte deste,
com Heinrich Braun – era partidária das causas feministas, defendendo a
abolição do casamento legal. Considerando que ela foi também escritora e
romancista, pode-se pensá-la enquanto a voz que permeia o relato na composição
acima, ou seja, por detrás da história contada, é possível divisar a voz da
feminista, que alerta para as consequências inevitáveis do enlace matrimonial.
Essa admoestação parece prenunciar, na vida real, o
aumento tanto no número de separações quanto de divórcios ao longo das décadas.
Em 1989, o IBGE (1991) registrou 79.142 separações e 67.198 divórcios. Na
metade da década de 90, 1995, a crescente nos números permanece, com 86.118
separações e 99.887 divórcios (IBGE, 1998). Transcorridos dez anos, ainda
ocorre um aumento significativo nos números, 102 503 separações e 153 839
divórcios (IBGE, 2005).
No ano de 2010, a constituição brasileira passa por
mais uma mudança nas leis envolvendo o casamento. A partir de 13 de julho desse
ano, “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio” (BRASIL, 2010, s/p).
Assim, em 2010, o número de separações registradas cai quase pela metade, 58
153, e o número de divórcios, 179 866, continua aumentado em comparação a 2005
(IBGE, 2010). Já no ano de 2013, último registro de estatísticas no qual são
indicados dados relativos às separações, foram registradas apenas 492
separações (IBGE, 2013). Os divórcios, por sua vez, prosseguem avançando e
registram, em 2017, último ano com os registros disponíveis, um total de 373
216 casos.
Paralelamente, os registros de uniões civis, entre
o final da década de 80 e os anos 2000, apresentaram uma diminuição: em 1989,
foram 827.528 casamentos (IBGE, 1991) e em 2000 foram 732 721 enlaces
(IBGE, 2000). Os índices parecem materializar o descrédito ao casamento,
prenunciado pela história de Lily Braun. Entretanto, esse movimento passou
muito a largo da dissolução do matrimônio, enquanto instituição social e
religiosa.
A exemplo do que ocorre com a voz lírica da
composição de Chico Buarque, a celebração do amor e das relações interpessoais
(re)encontra seu espaço no casamento, como demonstra o crescimento
significativo do número de enlaces a partir de 2000. Segundo o IBGE, em 2005,
foram 835 846 uniões (IBGE, 2005), em 2010, foram 977 620 casamentos, e, em
2017, chegou-se à marca de 1 070 376 uniões civis no Brasil. Esses dados
revelam que, de certo modo, após alguns anos de desencanto com o “felizes para
sempre” e “unidos até que a morte os separe”, os brasileiros voltaram a apostar
no matrimônio como instituição reguladora de suas relações interpessoais.
Diante de tantos avisos, literários ou não, sobre
os descaminhos do casamento - e esse trabalho nem tocou na gravidade dos
índices de violência doméstica no Brasil -, como justificar sua resistência ao
tempo? Parte da resposta, talvez, esteja na necessidade humana de desenvolver
sua identidade por meio da participação de ritos sociais, que possam provocar
uma noção de pertencimento cultural. Outra resposta parcial pode estar na
infiltração, no imaginário coletivo, de representações ficcionais, como contos
de fada e novelas, que harmonizam o casamento e o amor incondicional. Uma
última tentativa de resposta, igualmente parcial, apela para a sensibilidade
humana, que reage à aridez da realidade com sonhos de véus, grinaldas, flores e
cânticos de amor.
Referências
Tatiane Kaspari é Doutoranda
e Mestra em Processos e Manifestações Culturais, pela Universidade Feevale, e
professora substituta de Letras no IFRS – Campus Feliz.
Márcia Rohr Welter é mestranda em
Processos e Manifestações Culturais, pela Universidade Feevale, bolsista
PROSUC/CAPES, e graduada em Letras Licenciatura - Habilitação Português, pela
UNISINOS.
ARAÚJO, Maria de Fátima. Amor,
casamento e sexualidade: velhas e novas configurações. Psicologia:
Ciência e Profissão, Brasília, v.22, n.2, on-line, jun. 2002.Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-98932002000200009&script=sci_arttext.
Acesso em 23 fev. 2019.
CARTA aos Efésios. In:
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BIERCE, Ambrose. O advogado do diabo.
In: Dicionário do Diabo. Lisboa: Tinta da China, 2006. p. 9Disponível
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Acesso em: 04 mar.2019.
BUARQUE, Chico. A história de Lily
Braun. Disponível em: < http://www.chicobuarque.com.br/letras/ahislili_82.htm>.
Acesso em: 02 mar.2019.
BRASIL. Decreto nº 6.515, de 26 de
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suprimindo o requisito de prévia separação judicial por mais de 1 (um) ano ou
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LAPA, Manuel Rodrigues. Lições de
literatura portuguesa: Época medieval. 6. ed. Coimbra: Coimbra, 1966.
LE GOFF, Jacques. A civilização do
ocidente medieval. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1995. 2v.
ANEXO 1 – Canção “A história de Lily
Braun”
A História de Lily Braun Edu Lobo -
Chico Buarque/1982
Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz
E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão
Foi desde então ficando flou
Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues
Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz
Olá!
ResponderExcluirMuito legal a temática abordada por vocês!
Nos textos citados é perceptível que existe uma interdiscursividade, isto é, uma relação entre os discursos sobre o casamento que perpassam o tempo. Além da proposta de fazer inferências e perceber a intencionalidade discursiva em textos que permitem essa relação, há alguma outra possibilidade metodológica de análise voltada para a sala de aula?
Atenciosamente, Fabiana Wentz.
Olá, Fabi!
ExcluirFicamos agradecidas pela sua pergunta!
Buscando um outro viés, após a construção das significações do texto por parte dos estudantes, é possível abordar o texto da canção de Chico Buarque de modo interdisciplinar com as aulas de história. Os alunos podem investigar, sob a orientação e apoio dos professores, como, ao longo do tempo, a visão do matrimônio foi se alterando até chegar à atualidade. Para a divulgação dos resultados encontrados, é possível elaborar cartazes para expor na escola.
Atenciosamente,
Márcia Rohr Welter
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, parabéns pelo ótimo trabalho!
ResponderExcluirMinha pergunta se refere às fontes, como foi o desafio de apoiar a pesquisa nas fontes utilizadas? E como, em uma dinâmica na sala de aula, vocês acham que essas fontes poderiam ser exploradas para auxiliar os alunos?
Mariana Freitas de Andrade
Olá, Mariana!
ExcluirFicamos gratas pela sua pergunta!
Em relação as fontes, foi um pouco trabalhoso encontrar os dados do IBGE, mas, com um pouco de persistência, você os acha. O IBGE fornece os dados de cartórios civis de todo o país.
Acreditamos que essas fontes possam ser aproveitadas nas aulas de História, em pesquisas pelos alunos, para um maior entendimento de alguns fenômenos sociais.
Gentilmente,
Tatiane Kaspari