Glayson Castro da Silva


A HISTÓRIA EM VERSOS MUSICAIS: OS HERÓIS BRASILEIROS DA SEGUNDA GUERRA QUE O ROCK PESADO ETERNIZOU


INTRODUÇÃO
A banda Sueca “Sabaton” em seu álbum, “Heroes” – que é um compilado de histórias de pessoas comuns que se tornaram símbolos de heroísmo -, dedicou uma faixa do mesmo para homenagear os Pracinhas brasileiros contando uma história real de três soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial.

Partindo do pressuposto que o uso da música é uma fonte geradora de aprendizagens históricas, e das Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica que delimitam que a música é um documento que pode ser transformado em material didático de grande valia na constituição do conhecimento histórico, e a fim de estabelecer relações entre o passado e o presente. Desenvolvemos esta breve investigação sobre a música “Smoking Snakes”, da banda Sabaton, que é um Heavy Metal – rock pesado – em referência ao três soldados da força expedicionária brasileira na segunda guerra mundial na batalha de Montese, Italia.

A partir da problematização deste recorte temático, da música, da cena musical da banda, e seus diálogos com o ambiente sociocultural dos estudantes, buscaremos elucidar - a luz do conhecimento histórico, em que medida a referida musica pode ser utilizada como fonte e material didático para estabelecer um paralelo entre o tempo histórico passado e presente de modo a viabilizar diálogos contemporâneos produzindo saberes históricos e culturais, segundo Marcos Napolitano (2002, p. 5-6) “é necessário compreendermos as várias manifestações e estilos musicais dentro da sua época, da cena musical a qual está inserida, sem consagrar e reproduzir hierarquias de valores herdadas ou transformar o gosto musical em medida para a crítica histórica”.

A música de titulo "Smoking Snakes" - que significa cobras fumantes em português -, fala especificamente da história dos soldados: Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Rodrigues de Souza e Geraldo Baêta da Cruz, que lutaram no território Italiano na cidade de Montese onde, segundo registros, ocorreu uma das batalhas mais sangrentas da segunda guerra fazendo um diálogo com a historiografia disponível selecionada para está investigação.    

Dito isso, vamos analisar em que medida a música “Smoking Snakes” pode servir como ferramenta metodológica transversal para abordar a temática da força expedicionária Brasileira na segunda guerra e sua importante participação no conflito. Justificando, portanto, a necessidade desta investigação devido o referido recorte temático ainda ter uma abordagem pouca explorada sobre os atores que compuseram a FEB, suas histórias no front, suas dificuldades e feitos, podendo está canção servir como fonte – mesmo que secundária ou terciaria - e como ferramenta para mobilizar os saberes prévios dos estudantes contribuindo para construção do conhecimento histórico dos mesmos. Conforme fundamenta Circe Bittencourt (2004, p. 158) “é possível retirar as informações necessárias das fontes utilizadas, pois ao questionar e confrontar diversas fontes históricas pode-se construir narrativas embasadas nas evidências deixadas por estas”.

Portanto, verificar de forma analítica a intencionalidade da letra da música dentro do conteúdo histórico no qual ela se refere, visando produzir saberes que possam auxiliar professores no sentido de fornecer novas fontes, novas abordagens, para a construção de métodos e dialógicos e sociointerativos que insiram o professor no universo culturalmente difuso e inevitavelmente mais jovem de seus alunos.

OS VERSOS E A PROSA COM A HISTÓRIA.
A banda Sabatton não mede esforços em enaltecer os nossos soldados nos versos da canção, podemos observar que com base em documentos históricos nos quais a banda teve acesso com uma mistura de romantismo heroico, a letra da musica já traz em seus versos iniciais a admiração pela bravura e coragem destes destemidos soldados brasileiros, conforme podemos observar.

“Nós lembramos, sem rendição
Os heróis de nosso século
3 homens foram fortes,
e eles resistiram por muito tempo
Indo para a luta, para a morte que os espera
Loucos ou corajosos, isso vai acabar na sepultura?
Assim eles estão dando suas vidas
Como sua honra determina.”

A banda traz nesta estrofe o pressuposto de que estes soldados já estariam cientes que aquela luta era por algo maior do que eles, e não importava o quanto eles lutassem e qual resultado eles obtivessem, a bravura e suas honras iriam prevalecer no fim do combate.

É sabido que numa guerra muito fica para trás na vida de um soldado, sua família, sua vida em sua cidade e ou país natal. Contudo, seus valores e crenças e o acompanham e são por vezes geradores da motivação necessária para que eles mantenham o foco no objetivo (missão), pelo qual eles estão lutando. Isto pode ser observado nas trocas de correspondências com familiares, amigos e namoradas, que serviam de consolo e motivadoras aos militares. Sobre estas correspondências o historiador Arthur Ituassu, propõe que em tempos de guerra.

“As cartas de amor são um caso à parte no front. A distância, a realidade ingrata e a privacidade da escrita transformam textos simples em confissões absolutamente verdadeiras, palavras sinceras tornam-se representações na busca de um sentido para a vida, quando tudo ao redor são escombros.” (ITUASSU, 2007, p.407).

O Sabatton de forma muito feliz também destaca essa humanização dos soldados e seu cotidiano sofrido distante de familiares, amigos e suas amadas, no combate sangrento e caótico no qual eles estavam imersos, conforme evidenciamos na 2ª estrofe da música.
“Longe, longe de casa,
para uma guerra
Travada em solo estrangeiro e
Longe, no desconhecido,
contem seu conto
Sua história esquecida.”

Ciente da importância desta comunicação entre os militares no front e suas famílias, romances e amigos, o governo Brasileiro em 19 de Agosto de 1944, por meio do ora denominado Departamento Brasileiro de correios e telégrafos, criou um sistema de comunicação chamado de “Mensagem da Força expedicionária” para estes atores se comunicarem com os militares no front, conforme registra o jornal Diário Mercantil de 23/08/1944.
 
A banda Sueca dá um tom triunfante aos pracinhas em seu refrão e apresenta uma grata surpresa ao cantá-lo em português, bradando o slogan da FEB de forma musicalizada em tom de opera rock cantando:

“Cobras fumantes eterna é sua vitória”; Dando o caráter heroico e eterno aos soldados e suas conquistas exaltando os mais elevados valores e honrarias que heróis que o romantismo literário exige ao darem suas vidas pela libertação da opressão Nazifascista, conforme observamos na estrofe seguinte ao refrão.

“Ergam-se do sangue dos seus heróis
Vocês, foram os únicos que se recusaram a se render
Os 3, escolheram morrer ao invés de fugir
Saibam que a sua memória
Será cantada por um século
Os 3 levaram um golpe,
ao impressionar seu inimigo
Jogando dados, com suas vidas
Por isso eles estão pagando o preço
Enviados para elevar o inferno,
ao ouvir o toque dos sinos.”

Embora da curta participação da FEB no conflito foi crucial para libertar as cidades Italianas, já que o Brasil tinha à seu favor o elemento surpresa, tendo em vistas que a participação do Brasil na guerra só foi percebida pelo eixo poucos meses antes do termino do conflito.  Mesmo assim, estes três soldados deixaram uma história fantástica para livros de história, obras literárias e musicais como esta música do Sabatton, já que o conflito na cidade Montese foi intenso e difícil para estes soldados que se viram frente a frente com uma companhia alemã composta de aproximadamente 100 homens em, 14 de abril de 1945. Eles receberam ordens para se render, mas continuaram em combate até ficarem sem munição e serem mortos, conforme a 4º estrofe seguida do refrão, destaca.

“Ele está chamando por você
como a Wehrmacht imaginou
Longe, longe de casa, para uma guerra
Travada em solo estrangeiro e
Longe, no desconhecido, contem seu conto
Sua história esquecida [..]
Cobras fumantes, eterna é sua vitória.”

A música em seu clipe com o objetivo de nos passar uma representação deste heroísmo dos três soldados, de forma muito feliz novamente, demonstra o comandante do pelotão nazista que enfrentou os três pracinhas em um ato de reconhecimento pela bravura dos guerreiros Brasileiros, mandou enterrá-los e colocar, sobre a cova, uma cruz e placa com a inscrição: “Drei Brasilianische Helden”. Que significa: “Três Heróis Brasileiros”.

Na ultima estrofe da música a banda com o objetivo de valorizar ainda mais os esforços da FEB em sua participação naquele conflito, traz mais uma vez o lado humano dos soldados brasileiros destacando sua jornada, longa e difícil além mar para incorporar as forças aliadas no front começar a virar o resultado da guerra até aquele momento favorável aos alemães e seus aliados.

“Enviado ao longo do mar para ser lançado no fogo
Lutaram por um propósito com orgulho e desejo
O sangue dos bravos que dariam para inspirar
Cobras fumantes, sua memória vive![...]
Cobras fumantes, eterna é sua vitória”.

Obviamente que as força expedicionárias estavam não apenas adentrando em território inimigo e hostil, mas em um território desconhecido, de clima diferente ao tropical quente e úmido de nosso país, além é claro da viagem longa e desgastante e o cenário de destruição com o qual os pracinhas se deparavam.

“O porto era uma visão apocalíptica, dantesca, mas, por incrível que pareça, ao mesmo tempo, extraordinariamente bela. Por um lado, em terra, ruínas, destruição, provocadas pelos bombardeios. No mar, navios seminaufragados, semidestruídos, incendiados, adernados, grandes mastros fora d’água, espetando o ar.” (VIOTTI, 1998, p. 52).

Em linhas gerais, não era fácil para soldados inexperientes em combates manterem-se firmes diante de tantas adversidades e uma realidade que muitos talvez nunca imaginaram presenciar.  Conforme as forças iam adentrando no território Italiana a situação ia piorando, pois, além do conflito e a destruição, havia também o civis italianos que viviam em estado de miséria absoluta devido a guerra e em condições desumanas de sobrevivência, sem ter não só o que comer, bem como teto para se abrigarem.

”Não se podia dar nada de graça. A filosofia era pagar. Aí vinham aquelas mulheres lavar roupa. Recebiam um crachá para entrar e vinham mostrando e passando pelos sentinelas até chegar ao acampamento, a uma barraca, para pegar uma gandola e uma calça para lavar. Elas levavam até a cantina e tiravam o alimento para suas famílias. Levavam macarrão, chocolate, até toalhas de banho para fazer vestido. Depois traziam a roupa passada e iam entregar, sempre escoltadas.”  (MOTTA, 2001, p. 190).

No decorrer da música, o Sabatton, entre solos de guitarra melódicas e repetição do refrão, repete a 3º estrofe. Em um trabalho muito feliz a banda consegue transmitir este fato histórico com muita propriedade e riqueza de detalhes sobre este momento crucial não apenas para nossas forças expedicionárias, para nosso país, bem como para o mundo. Foi graças às ações cirúrgicas dos aliados como está na Itália, que foi possível haver uma virada no cenário de guerra até então favorável ao Eixo.

Dito isso, ao termino da guerra, os restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Pistoia, na Itália, e depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Recebendo as diversas condecorações e honrarias.

CONCLUSÃO
Podemos observar que a fonte utilizada nesta investigação e o recorte temático em questão, permitem a construção de uma narrativa histórica dialógica já que a canção em questão é um produto contemporâneo que faz parte do universo sociocultural dos estudantes, independente de seus gostos musicais particulares, por possuir um eu lírico romântico e heroico dos atores nela representados, permitindo problematizar a pouca abordagem sobre este tema no tempo presente, projetando novas perspectivas para narrativas e problematizações futuras.

“A narrativa histórica organiza essa relação estrutural das três dimensões temporais com representações de continuidade, nas quais insere o conteúdo experiencial da memória, a fim de poder interpretar as experiências do tempo presente e abrir as perspectivas de futuro em função das quais se pode agir intencionalmente. A narrativa histórica constitui a consciência histórica como relação entre interpretação do passado, entendimento do presente e a expectativa de futuro mediada por uma representação abrangente da continuidade. Essa mediação deve ser pensada como especificamente histórica por operar a inclusão da interpretação do presente e do futuro na memória do passado”. (RÜSEN 2010, p. 65)

Nesse sentido, a presente investigação possibilita por meio da sociointeratividade com seus alunos e da problematização e confronto entre documentos e fontes, discutir as considerações e os conhecimentos prévios trazidos pelos estudantes, estabelecendo a temporalidades sincrônica e diacrônica da temática envolvida através do interesse pela música, bem como as diversas outras fontes disponíveis que dialogam com o universo sociocultural do estudante com, quadrinhos, cinema e etc, que despertam no aluno o melhor interesse pela disciplina e suas temáticas.

O Ensino de história tem dentre seus diversos desafios despertar no aluno este interesse pela disciplina, com efeito,  incorporar novas fontes e práticas que permitam estabelecer dialogicidades entre os saberes dos estudantes e o conhecimento histórico, é uma tarefa difícil dentro das mais diversas tarefas difíceis que o professor já tem que executar, está a busca constante por novas abordagens, outras fontes e tendências, conforme observa ABUD.

 “As novas abordagens, os novos objetos, outras fontes, outras linguagens foram se incorporando ao ensino de História. As novas tendências e as correntes historiográficas que entendem a História como construção, aliadas a concepções que envolvem o processo de ensino-aprendizagem, provocaram transformações bastante profundas na construção da História como conhecimento escolar.” (ABUD, 2003, p. 184). 

Dito isso, a busca por novas abordagens e diálogos por meio de fontes diversas e da transversalidade, podem ser geradores de interesses e saberes pela disciplina, pela temática abordada, por novas pesquisas e práticas pedagógicas que possibilitem sempre aproximar aluno, professor e conteúdo.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Glayson Castro da Silva. Graduado em Licenciatura plena em História: FACULDADES INTEGRADAS BRASIL AMAZÔNIA - FIBRA.

ABUD, Katia Maria. A construção de uma Didática da História: algumas ideias sobre a utilização de filmes no ensino. História. São Paulo, v 22, n. 1 pp.183 a 193, 2003.

BITTENCOURT, M. C. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.


ITUASSU, Arthur. Cartas do front Brasileiro. In: CARROLL, Andrew. Cartas do Front. Rio De Janeiro: Zahar, 2007.

MOTTA, Aricildes de Moraes. História Oral do Exército Brasileiro na Segunda
Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Bibliex, 2001. Tomo 2.

NAPOLITANO, Marcos. História & Música: história cultural da música popular. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

RÜSEN, Jörn. Razão Histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Universidade de Brasília, 2010.

Smoking Snakes. Disponível em:

VIOTTI, Cássio Abranches. Crônicas de Guerra: a força expedicionária brasileira na Itália. [S.l.: s.n.], 1998.

8 comentários:

  1. Parabéns pela discussão, Glayson. A música é uma ótima alternativa para ser utilizada em sala de aula, e acredito que você consegue demonstrar isso muito bem. Mesmo romantizada e com exacerbada exaltação, creio que é uma representação interessante, pautada em documentos, e que contribuirão para que os alunos compreendam a discussão. Apenas uma coisa não me fica tão clara, e acredito que assim o seja por você não citar. Quais os documentos utilizados pela banda para fazer tal representação? Você teve acesso a esses documentos? Lhe pergunto isso pois acredito que seria interessante você fazer uma análise em conjunto desses documentos com a música.

    Glauber Paiva da Silva.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Glauber, agradeço a leitura e as considerações a respeito do texto. Como oportunamente você colocou, a banda teve acesso a diversos documentos. No entanto, não realizei este debate em conjunto como você sugeriu, devido estas documentações estarem nos arquivos da FEB, no comando do Leste, RJ.e outros arquivos em diversos países nos quais eles abordam histórias similares em outras músicas do mesmo Álbum de nome "Heros". Não tive como ter contato com os mesmos documentos nem saber exatamente quais foram, porém, foi possível auferir que a banda utilizou fontes primárias lendo entrevistas dos membros da banda para revistas especializadas no gênero onde eles dão essa informação. Confesso que era desejo meu realizar este diálogo, mas não foi possível. Numa próxima quem sabe, mas fica a critério de outros elaborarem este debate se tiverem mais facilidade de acesso as fontes em questão. Agradeço mais uma vez pela contribuição e sugestão.

      Glayson Castro da Silva

      Excluir
  2. Ótimo texto,Nunca havia escutado a música e adorei como ela trabalha um recorte histórico importante e como desperta um sentimento de respeito a heróis do passado. Acho incrível como essa música em minha visão pode se conectar a Canção do Expedicionário onde retrata essa ida do pracinhas a Europa. Você acha que essa duas músicas apesar de serem bem diferentes em questão de ritmo poderiam
    ser trabalhada em conjunto e gerar pensamentos produtivos dentro de sala de aula ?. Um outro questionamento,você acha que essa visão romantizada dos pracinhas possa gerar um certo tipo de nacionalismo exacerbado por parte dos alunos que seria prejudicial ja que nos encontramos em um momento repleto de radicalização perigosas a democracia onde veem os militares como certos "salvadores" da pátria.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Perdão esqueci de colocar o nome:FERNANDO Tiago Souza Leal

      Excluir
    2. Olá Fernando Tiago, obrigado pela leitura e observações.
      Penso que seria interessante sua sugestão de trabalhar as duas músicas, elas dariam um diálogo contextual para uma aula sobre o tema. Quanto ao romantismo contido na música não desperta um nacionalismo exacerbado, já que ela aborda uma situação bem humana dos soldados e não um heroísmo pátrio, conforme o debate entre as fontes no texto confirmam. Porém, penso que depende da forma como você irá abordá-la, é o professor que dá o direcionamento inicial nos debates historiográficos em sala de aula e desperta no aluno os saberes históricos. Então, acredito que na forma como a música propõe, onde os soldados são uma das partes do conjunto de forças que se uniram para vencer o eixo, não se trata de nacionalismo, já que a 2-ª guerra foi um conflito em escala supranacional. Embora tudo dependa da forma como a fonte e sua temática será abordada. Espero ter elucidado sua dúvidas.

      Att,

      Glayson Castro da Silva

      Excluir
  3. Parabéns pelo texto!!!

    Gostaria de saber quais foram as suas dificuldades na elaboração deste texto?

    Pois acredito serem raros os trabalhos referenciais que tomem como ponto de partida a letra de um heavy metal como fonte histórica, sabendo-se que a "maioria" dos trabalhos de História que analisam a música como fonte histórica, estão fundamentados nas "músicas de protestos" do período da "ditadura" de 1964.

    VICTOR LIMA CORRÊA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fala Victor, obrigado pela leitura e observações.
      Bem, foi difícil estabelecer o diálogo com bibliografia, pois não tive acesso à materiais sobre este evento especifico relatado na música. Percebi que nossa historiografia é muito genérica sobre as ações da FEB e que lá fora tem mais tem informações sobre as ações da FEB que aqui - pelo menos o acesso a informação sobre estes eventos são mais fáceis -, pois muitas informações estão disponíveis na internet em sites estrangeiros. Não os usei como fonte devido o pouco tempo que tive para elaborar a pesquisa de forma mais densa.

      2 - De fato, são raros os trabalhos sobre o Heavy Metal como fonte histórica e como material paradidático e interdisciplinar. O que é meio confuso, já que as bandas de Heavy metal possuem um trabalha contextual historicizado bem enviesado e extraordinário. Você tem Iron Maiden, Hammerfall, Blind Guardian, a própria Sabaton dentre outras, com temáticas medievais e da antiguidade clássica que seriam ótimas ferramentas de apoio para os debates em sala de aula tal como as músicas de protesto. Cabe a nós desempenharmos este trabalho de pesquisar estas músicas e quem sabe fornecer os subsídios para que professores utilizem as mesmas como fonte e material de apoio de modo a contemplar a sociointeratividade. Obrigado mais uma vez pelas considerações e perguntas.

      Att,

      Glayson Castro da Silva

      Excluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.