EXISTE UMA TRADIÇÃO BRASILEIRA DE
HISTÓRIA ECONÔMICA?: AS TRADIÇÕES CLÁSSICAS DE HISTÓRIA
ECONÔMICA NO MUNDO E A HISTÓRIA ECONÔMICA NO BRASIL
Este trabalho teve como objetivo
traçar um panorama entre a História Econômica mundial e
fazer as devidas referências com a História Econômica do Brasil. A questão
principal é se há uma tradição da História Econômica no Brasil e se esta
perspectiva historiográfica está em crise. Desta forma, nós analisamos as
diferentes vertentes da historiografia econômica do mundo, para em seguida
passarmos a refletir sobre o Brasil. Este tema e seu questionamento foi trazido
à tona pelo professor Alexandre Saes durante a disciplina “Tradições Nacionais
em História Econômica”, realizada entre 1 e 5 de outubro de 2018, na FEA/USP.
Decidimos seguir o mesmo caminho proposto, especificamente, na aula 5 do curso,
realizada no dia 5 de outubro de 2018, cujo norte foi a questão “Existe uma
tradição brasileira de história econômica?”. Foi desta aula que saiu a ideia do
tema para este ensaio. A tendência brasileira foi pensada com seus autores de
fulcral participação. Para esta finalidade, nos debruçamos sobre os trabalhos
de José Flávio Motta em “Agonia ou robustez? Reflexões acerca da historiografia
econômica brasileira”, de João Fragoso em “Para que serve a história econômica?
Notas sobre a história da exclusão social no Brasil”, o capítulo presente no
livro Domínios da História de autoria de João Fragoso e de Manolo Florentino
intitulado “História Econômica”, o artigo de Flávio Azevedo Marques de Saes de
título “A historiografia econômica brasileira: dos pioneiros às tendências
recentes da pesquisa em história econômica do Brasil” e o artigo do Tamás
Szmrecsányi intitulado “Retomando a questão do início da historiografia
econômica no Brasil”.
A primeira fase foi a tradição
britânica, entre 1890-1920. Nesta, analisamos os embates entre a Teoria
econômica versus Economistas
históricos. É nesse debate e ambiente (em que se sobressai, entre tantos, Jevons,
por exemplo) que se forma a Economic History Society, em 1926, que seria o
espaço de consolidação dessa tendência historiográfica, uma sociedade erudita
que foi estabelecida na London School of Economics para apoiar a pesquisa e o
ensino da história econômica no Reino Unido e no mundo. Trata-se de um grupo de
autores que formam uma sociedade de História Econômica de peso, cujo debate
está feito dentro do campo da Economia e da História, a exemplo dos estudos
sobre Revolução Industrial, estudo sobre preços, questões econômicas levadas
para dimensões históricas.
Posteriormente, o que vemos em torno
das décadas de 1950-1970 seria o momento chamado dos historiadores marxistas. O
texto do Harvey Kaye “The British Marxist historians: an introductory analysis”,
de 1984, deixa bastante claro que o ponto de partida advém do Partido Comunista
inglês, o papel central de personagens como Dobb, Hobsbawm, Christopher Hill,
Thompson, Hilton, etc; autores decisivos. Nesta conjuntura, temos dois caminhos
muito distintos do fazer história, um deles seria a relação da história com a
teoria econômica e com temas mais voltados pra acontecimentos clássicos como a
Revolução Industrial, mas com olhar para preços, com olhar para produção, dos
temas econômicos e o olhar histórico destes temas. O segundo seria o grande
tema do papel da luta de classes, dos trabalhadores e do campesinato.
Outro é o da Alemanha, que vai se
constituindo ao longo do século XIX, naquilo que conhecemos como Historicismo,
que é uma forma de método no campo da história e da economia; cria-se uma
perspectiva ou um olhar muito particular para se fazer economia, o resgate da
história sobre a economia. Se essa tradição permanece na sociedade e nos
departamentos de Economia e História, certamente, devemos crer que o
historicismo vai até a Primeira Guerra Mundial, reverberando até os anos 1930.
Mas esse historicismo deixa de cumprir um papel importante na economia.
Sobre a França, em seu debate
tradicional, e a resposta dos Annales como confronto da história tradicional
com as ciências sociais. Neste sentido de confronto, uma síntese que é comum
aos três períodos é a tradição dos Annales, que também se refletiu no Brasil.
Na primeira fase, a presença de Bloch e Febvre. Na segunda fase, Fernand
Braudel. E na terceira fase, a Nova História. A terceira fase, analisada
vastamente por Fernando Antonio Novais e Rogério Forastieri da Silva em
“Introdução: para a historiografia da nova história”. O espaço dos Annales é de
uma abertura e de um diálogo bastante vigoroso. O período da segunda geração de
Braudel é o espaço de hegemonia e de maior dominância dos temas econômicos, da
presença da história econômica com um veio mais explicativo; também a passagem
de Braudel pela USP.
O terceiro período, o pós-1970, é o de
crise da história econômica, debatida no capítulo História Econômica em
“Domínios da História” de João Fragoso e Manolo Florentino, em que trabalham
este momento para mostrar a conjuntura agonizante da História Econômica no
mundo. É significativo observar que os dois primeiros momentos foram bastante
férteis, com Braudel sendo o momento da dominância completa da perspectiva da
História Econômica, e o que resta aqui nessa transição é um esvaziamento
daquilo que representa a História Econômica.
Porém, tomada a questão de um ponto
de vista mais amplo, vemos os EUA e algumas de suas principais Universidades
com um percurso bastante sui generis. De um lado, a importância do
institucionalismo, naquilo que trabalhamos como um espaço de uma certa
pluralidade, indo desde 1890 até 1940. Em comparação com as outras tendências
analisadas brevemente, este espaço estadunidense será muito fértil para os
estudos institucionalistas. Em torno da década de 1920-30, abrir-se-á um espaço
bastante dominante da visão mais institucionalista, abrindo agendas e campos de
discussão importantes dentro da economia, da história e da Sociologia. É
característica a trajetória da chamada Business History, bem como também outro
espaço que é Harvard, fazendo um diálogo com a economia em conjunto com as
pesquisas históricas. Lembremos também da tradição que surge com Schumpeter e
também com David Landes, este, notadamente, com "A Riqueza e pobreza das
nações: Porque umas são tão ricas e outras tão pobres" (1999) e a
corroboração com as teorias acerca do surgimento do Capitalismo de Max Weber. Há
nos anos 40 a formação da Economic History Association, fundada em 1940, e uma
tese a ser problematizada é a de que em campos antes restritos abrem-se lugares
para pesquisas de história econômica. Conforme Alexandre Saes, em “A
institucionalização da história econômica”, essa agenda institucional foi
criada dentro desses marcos da pluralidade da pesquisa dos historiadores,
economistas e sociólogos, enfim, como também a Revolução cliométrica, em torno
dos anos 1950-1960. Essa história econômica se restringe a dar pluralidade a um
discurso onde praticamente só atuam economistas. Seria uma História Econômica feita
por economistas. É certo que entre historiadores marxistas e as escola dos
annales há uma convergência de alguns temas, conforme explicitado por François
Dosse em “A História em Migalhas”.
As tradições citadas mostram que
podemos reconhecer aquilo que era tido como tradicional na chegada ao Brasil e
como que isso foi ou não foi absorvido. E no caso de ter sido assimilado, quais
as contraposições a tais pensamentos e seus autores. Ou se pelo contrário foi
uma assimilação direta e como isso se deu no Brasil, eis a questão basilar a
ser pensada. Assim sendo, reavemos a questão trabalhada pelo texto do Tamás
Szmrecsányi, retomando a questão do início da historiografia econômica no
Brasil, que trabalhou a questão do início da história econômica no Brasil e em
mesmo sentido o texto da Alice Canabrava, da década de 1950, que é um roteiro
sucinto do desenvolvimento da historiografia brasileira. Os dois autores chegam
num norteamento muito congruente para pensar sobre as principais vertentes que
refletiram sobre um “início” da História Econômica no Brasil. Tamás Szmrecsányi
vai referenciar os trabalhos de Francisco Iglésias para explicar quais as fases
gerais do fazer história no Brasil.
Há uma fase longa de textos, de
relatos, crônicas sobre o Brasil colonial e o início da independência, algo em
torno de textos históricos, entre 1500 a 1850, entretanto, não há nada
sistemático nesse sentido de se fazer história econômica propriamente dita. E o
que o Iglésias diz sobre a primeira versão de um texto minimamente
sistematizado, com alguma metodologia de análise que poderia marcar o início da
tradição historiográfica brasileira é o texto História Geral do Brasil, de
1854, de Francisco Adolfo de Varnhagen. Varnhagen e a produção do IHGB
constituíram um tipo historiográfico que é calcado na história factual, baseada
nos documentos, de certa maneira até mesmo se igualando naquilo que veríamos na
Escola dos Annales, caso específico do tipo de escrita e metodologia de
Langlois e Seinobos, conforme tendência típica do fim do século XIX.
Efetivamente, se vamos para a História Geral do Brasil, o texto do Varnhagen é
riquíssimo, mas dificilmente se pode tirar algo relativo à História Econômica.
Francisco Iglésias chega com uma
ruptura na década 1930 com os trabalhos mais analíticos e críticos sobre o
Brasil. Existem outros trabalhos, num período posterior, que podemos pensar
como é o caso de Victor Vianna, com História da Formação Econômica do Brasil
(1923), também Pontos de partida para a historia econômica do Brasil do José
Gabriel de Lemos Britto, de 1923. Mesmo um posterior, fora citado por Alexandre
Saes durante o curso, caso do livro Evolução Econômica do Brasil, de J. F.
Normano, assim, concluindo que existem textos que se referem à ideia de uma
História Econômica ou de uma História dos fatos econômicos. Podemos citar
também Capistrano de Abreu (Seria o primeiro historiador econômico? Têm
capítulos muito próximos ao que é analisado por Caio Prado Jr). Analisamos de
1900 a 1930 como um período de transição, ou como sinais de ruptura da
historiografia tradicional. O que Tamás, seguindo as pistas de Alice Canabrava,
coloca como os quatro pioneiros. O Tamás acrescenta um quinto, que é a própria
Canabrava.
Como exposto, para Canabrava o
primeiro seria João Lúcio de Azevedo (1928) com textos sobre o pensar o Brasil
no período colonial, apresentando uma ideia de ciclos econômicos, até mesmo no
método, trazendo uma metodologia da economia, incorporando narrativas da
análise econômica. Em segundo, Roberto Simonsen em História Econômica do
Brasil. Simonsen é formado em engenharia na USP, depois industrial, empresário,
com peso importante na política empresarial, com cargo no governo Vargas.
História Econômica do Brasil tem essa ideia de pioneiros, tem uma importância
por apresentar uma interpretação sobre o Brasil a partir dos ciclos econômicos,
a economia brasileira vinculada aos ciclos, do açúcar, do ouro, do café, etc.
Também pensando os ciclos como um ponto de crescimento de uma economia, mas que
ao se dissolver não deixa nenhuma herança positiva para o Brasil, narrativa
crítica de uma certa intervenção, defendendo então a superação dos ciclos
econômicos e, enfim, propondo caminhos para a industrialização. Seu livro é de
1937 e é um livro que advém do curso na Escola de Sociologia Política e que
ficou inacabado. Foi alguém que dialogou com outras áreas em seu contato com a
economia mas dentro de uma Escola de Sociologia. Referenciamos para tanto o
trabalho do Marco Cavalieri, que diz que Roberto Simonsen teria incorporado
alguns elementos do institucionalismo e pluralismo econômico americano.
O terceiro autor, indicado pela
Canabrava e pelo Tamás, é Caio Prado Júnior com uma discussão marxista, com a
relação com as ciências sociais, sendo um grande interpretador sobre o período
colonial, notadamente, com seu livro de 1942. E o quarto é o Celso Furtado, com
Formação Econômica do Brasil, de 1959. A Canabrava fala sobre esses quatro, e o
Tamás adiciona a própria Canabrava, especialmente o livro “Comércio Português
no Rio da Prata (1580-1640)”, tese defendida em 1942 e publicada em 1944, que
de certa forma não tem um caráter de síntese, mas é um texto que teria uma
influência de Braudel e dos Annales, também de Camille-Ernest Labrousse.
Trata-se de uma profunda pesquisa documental e bibliográfica, o próprio Braudel
faz uma resenha elogiosa sobre essa tese de Canabrava.
Todavia, vale ressaltar, em 1930,
Gilberto Freyre, em outro viés. Também, Sérgio Buarque de Holanda,
particularmente, ligado ao marxismo (1920-1960), teríamos a influência das
versões oficiais do PCB e Luís Carlos Prestes, Nelson Werneck Sodré, Florestan
Fernandes (1960-1970) e Fernando Henrique Cardoso (também entre 1960-1970). Ou
seja, temos um quadro paralelo, com interpretações sobre, por exemplo, as
formas de pensar a questão agrária, o imperialismo e também o feudalismo, esta
última advinda de debates europeus, que trouxe em 1988 a organização de Theo
Santiago, de textos de Pierre Vilar, Hobsbawm e Charles Parain, em livro
intitulado “Do feudalismo ao capitalismo: uma discussão histórica”. Importante
pensar o caráter do capitalismo brasileiro, de que estávamos ligados a uma
herança colonial, um tipo de estrutura agrária.
Há um campo de pesquisa que vai ter
uma produção ligada ao campo político, o caráter do capitalismo e a revolução.
No caso de Caio Prado Jr., pensado por José Carlos Reis nas palavras de uma
reconstrução crítica do sonho de emancipação e autonomia nacional, o pensamento
pradiano reflete sobre o caráter desse capitalismo brasileiro, em relação com o
sentido da herança colonial, a relação de dominância e de subordinação às
relações externas, uma estrutura agrária que estava colocada há séculos. Ainda
sobre o marxismo no Brasil, lembrando que por volta de 1922, ano de fundação do
PCB, o espaço institucional da Universidade ainda estava em formação, então
esses escritos tem outros ambientes e mecanismos de disseminação, claro que no
campo político do comunismo e do marxismo. Outro estudioso a ser lembrado,
dentro de uma economia estruturalista é Furtado. A análise centra-se no
desenvolvimento econômico, na questão da indústria, na dependência econômica.
Então, no campo da História Econômica certamente a referência para esse
período, em específico, seria Celso Furtado. Pensando o caráter do Capitalismo
brasileiro, criando várias subáreas de análise. Penso que estas observações são
relevantes para pensar o cômputo das pesquisas em História Econômica a partir
de problemas mais objetivos, questões atuais e mediadas pela História. O debate
dele é com a teoria do desenvolvimento, da indústria e da potencial industrialização.
Furtado, segundo Novaes, parte de problemas teóricos da economia para abalizar
a sua Formação Econômica do Brasil.
Existiria uma terceira tradição que
seria esse método dos Annales. Tamás em Ensaios da história do pensamento
econômico no Brasil diz que a Canabrava teria seguido essa tradição. Lembramos
disto como uma fase de monografias e também de trabalhos com uma documentação
quantitativa. Por sua vez, e diante deste quadro proposto, temos entre os anos
de 1960 e 1980 aquilo que é a História Econômica dentro das universidades, ou
seja, com novos temas, novas influências, também com um marxismo mais
universitário calcado nas bases metodológicas acadêmicas, assim pensemos esses
historiadores marxistas já incorporados à Academia, então, o debate é trazido
pro âmbito acadêmico e teremos novos nomes como Novais e também as
contribuições e influências no exterior de E. P. Thompson.
Todo caso, ainda persistirá na
Academia esse grande tema de análise do capitalismo, todo debate em torno do
sistema mundo e a questão da dependência de países mais desenvolvidos. A CEPAL
e novas questões da economia é fundamental para o período, bem como o marco
posto pelo Golpe civil-militar de 1964 será um divisor para pensar estes
quadros da História Econômica no Brasil. Alguns pólos desses debates serão
Universidades como a Unicamp e a UFRJ, e sobre a questão da Industrialização
será mais na USP com Cano, Suzigan, Warren Dean, Saes, etc. Há o tema do
empresariado, Bresser e FHC. Também a presença de Delfim Neto e pesquisadores
do marxismo.
Há o aprofundamento das monografias,
marca de uma nova geração de 1980-2000, que careceria de mais tempo e estudos
de nossa parte. Compreendemos este momento como de declínio das análises
histórico-econômicas, posto por Fragoso, Florentino e Motta como de crise, em
que a influência da história econômica vai se fragmentando, conforme gráficos
trazidos por Fragoso e Florentino, os trabalhos em História Econômica declinam
vertiginosamente nas Universidades, justamente, nessa virada do que será o
perfil da pesquisa histórica no Brasil. Em 1980, há uma nova oxigenação com a
Nova História, novos temas, que deslocam as discussões econômicas e que de
certa forma perde espaço dentro dos programas de história. Trata-se de um viés
que fica muito claro, enquanto na economia a grande questão é pensar a
inflação, a questão do desenvolvimento diminui totalmente e podemos dizer até
que sai de cena. Acredito que falta refletirmos mais sobre o liberalismo no
Brasil, mas para tal intento, necessitaríamos de maior espaço e pesquisa
avançada. A leitura de Flávio Saes se faz necessária, tendo-se em vista que são
recolocadas as possibilidades de sobrevivência da história econômica
brasileira.
Chegamos a Fragoso e Florentino e
também a interpretação de Motta, no sentido de uma História Econômica entre a
agonia e a robustez, ou seja, perante o quadro proposto atingimos uma produção
considerável de História Econômica, que reverbera não somente nos pólos e
Escolas de São Paulo e Rio de Janeiro, mas em vários programas de pós-graduação
do Brasil e em seus respectivos departamentos de História. Cremos que a visão
de Motta é um tanto quanto pessimista, bem como a de Fragoso e Florentino, estes
em menor escala, dado que trazem mais critérios basais.
Mas pensar a crise de uma
determinada vertente é também pensar se essa crise também não se encontra em
outras áreas, no caso específico da História, por exemplo, se não há a suposta
crise em outros campos. Claro que determinadas perspectivas se ampliaram, como
é o caso das representações, história regional, escravidão, memória, a História
Social em si, algumas subdivisões como Cultura e Sociedade, mentalidades, Poder
e Sociedade, Estado, instituições, atores e pensamento político, relações
internacionais, regimes e sistemas políticos, cultura e poder, sujeitos
históricos e micro poderes, Economia e Sociedade. Há um desgaste metodológico,
bem como uma reprodução em massa de mesmas perspectivas teórico-metodológicas.
Todavia, após a curta reflexão, ainda necessitando de ressalvas, percebemos que
há sim uma tradição de História Econômica brasileira e refutamos a ideia de uma
suposta crise da História Econômica no Brasil, haja vista trabalhos de fôlego
produzidos por abnegados professores em História Econômica em todo o país. Afirmar
uma crise e colocar em xeque essas produções seria uma espécie de suicídio
acadêmico para muitos que labutam pela História Econômica.
Referências
Rodrigo Henrique Araújo da Costa está
professor efetivo de História da Rede Municipal de Educação, Graduado em
História pela UFPB, Especialista em História pela Faveni/Rede Futura, Mestre
pelo PPGH/UFPB e doutorando pelo PPGHE/USP. Agradeço ao Prof. Dr. Alexandre
Macchione Saes.
BEISER, Frederick. The German
historicist tradition. Oxford: Oxford UP, 2012.
BERSTEIN, Serge. A cultura política.
In.: RIOUX, Jean-Pierre; SIRINELLI, Jean-François (dir.). Para uma história
cultural. Lisboa: Editora Estampa, 1998.
BRUZZI CURI, Luiz Felipe.
Influências que abriram caminhos: Roberto Simonsen e a perspectiva histórica.
Informações Fipe, n. 419, 2015, pp. 49-56.
BURKE, Peter. A escola dos Annales,
1929-1989. A revolução francesa da historiografia. São Paulo: Editora Unesp,
2010.
CARDOSO, Fernando Henrique. Dos
Governos militares a Prudente-Campos Sales. In: FAUSTO, Boris (Dir.). O Brasil
republicano, v. 8: estrutura de poder e economia (1889-1930) / por Fernando
Henrique Cardoso... [et al.]; introdução geral de Sérgio Buarque de Holanda. 8ª
ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
CANABRAVA, Alice Piffer. História
econômica: estudos e pesquisas. São Paulo: HUCITEC, Ed. UNESP, ABPHE, 2005.
DOSSE, François. A História em
Migalhas. Tradução Dulce A. Silva Ramos. São Paulo: Ensaio, Campinas, SP:
Editora Universidade Estadual de Campinas, 1992.
FRAGOSO, José Luis e FLORENTINO,
Manolo. “História Econômica”. FLAMARION e CARDOSO. Domínios da História.
Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
HODGSON, G. How economics forgot
history. The problem of historical specificity in social Science. London:
Routledge, 2001.
IGLÉSIAS, Francisco. Situação da
história econômica no Brasil. Anais de História. Assis: FFCL de Assis, ano II,
p. 9-64, 1970.
JEVONS, W.S. Prefaces and
Introduction. The Theory of Political Economy. McMillan and Co, London and New
York. 1888.
LANDES, David. A riqueza e a pobreza
das nações. Tradução de Lucínia Azambuja. Gradiva, 2001.
LE GOFF, Jacques. “A história nova”.
LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
KAYE, Harvey J. The British Marxist
historians: an introductory analysis. New York: Polity Press, 1984.
MOTTA, José Flávio. Agonia ou
robustez? Reflexões acerca da historiografia econômica brasileira.
Classificação JEL: N01 Economic History, artigo.
NOVAIS, Fernando & SILVA,
Rogerio Forastieri da (orgs.). “Introdução: para a historiografia da nova
história”. Nova história em perspectiva. Vol. 1. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
REIS, José Carlos. As identidades do
Brasil: de Varnhagen a FHC. 6ª reimpressão. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2012.
SAES, Alexandre. “A
institucionalização da história econômica”. SAES, Alexandre, SAES, Flávio &
RIBEIRO, Maria Alice. Rumos da história econômica no Brasil: 25 anos da ABPHE.
São Paulo: Alameda, 2017.
SAES, Flávio Azevedo Marques de. A
historiografia econômica brasileira: dos pioneiros às tendências recentes da
pesquisa em história econômica do Brasil. Revista Territórios e Fronteiras.
Vol.2 (1), 2009, pp.182-204.
SCHUMPETER, Joseph. Fundamentos do
pensamento econômico. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
SUZIGAN, Wilson. Industrialização
brasileira em perspectiva histórica. História Econômica & História de
Empresas. Hucitec/Abphe, São Paulo, vol. III, 2000, p. 7-27.
SZMRECSÁNYI, Tamás. Retomando a
questão do início da historiografia econômica no Brasil. Nova Economia. Belo
Horizonte, 14 (1), p.11-37, janeiro-abril de 2004.
THEO, Santiago (Org). Do feudalismo
ao capitalismo: uma discussão histórica. 5ª Ed. Rev. São Paulo: Contexto, 1996.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.